Parecer. Projecto aprovado pelos serviços da autarquia chumbado por militares
O Exército deu parecer negativo ao projecto de loteamento para a Fundição de Oeiras, que previa duas torres de 25 andares e mais 20 edifícios, com um total de quase 500 fogos, áreas amplas de comércio e serviços, um hotel e um terminal rodo-ferroviário. Ao que o DN apurou, o projecto aprovado pelos serviços da autarquia para os 8,2 hectares da Fundição necessitava do parecer positivo do Exército por se encontrar em terrenos contíguos a instalações militares, mas esta decisão poderá inviabilizar a sua realização. A Concelhia do CDS-PP congratulou-se com a decisão do Exército, argumentando que o projecto "é um erro em termos ambientais, rodoviários e urbanísticos".
Em comunicado, o CDS-PP sublinhou o facto de o parecer do Exército se "opor liminarmente ao volume de construção previsto, aceitando apenas estudar a viabilidade de construções de um máximo de seis andares, menos de um terço do que era pretendido pela câmara".
O projecto, que deu entrada no ano de 2002 na autarquia, foi estudado e alterado várias vezes, mas acabou por ser aprovado pelos serviços camarários já este ano, tendo sido posto à discussão pública em Junho.
Na mesma nota à comunicação social, o CDS-PP manifesta-se contra o projecto por considerar que este "é um erro ambiental, pois poderia originar uma enorme carga imobiliária no local"; em termos rodoviários, "porque as infra-estruturas existentes no local não comportariam nem de perto nem de longe o acréscimo de trânsito previsto, descarregando mais de cinco mil automóveis por dia em ruas já saturadas". Por fim, é também um erro urbanístico, pois ultrapassaria em mais do triplo o índice de construção permitido na zona. "Construir edifícios de 22 andares e mais quando o máximo que existe na zona são seis é mais do que um erro - é uma agressão ao bom senso." Por isso, o CDS-PP apela aos habitantes de Oeiras que se mobilizem contra este projecto.
A autarquia de Oeiras até ontem à noite ainda não se tinha manifestado relativamente a este parecer do Exército.
Em comunicado, o CDS-PP sublinhou o facto de o parecer do Exército se "opor liminarmente ao volume de construção previsto, aceitando apenas estudar a viabilidade de construções de um máximo de seis andares, menos de um terço do que era pretendido pela câmara".
O projecto, que deu entrada no ano de 2002 na autarquia, foi estudado e alterado várias vezes, mas acabou por ser aprovado pelos serviços camarários já este ano, tendo sido posto à discussão pública em Junho.
Na mesma nota à comunicação social, o CDS-PP manifesta-se contra o projecto por considerar que este "é um erro ambiental, pois poderia originar uma enorme carga imobiliária no local"; em termos rodoviários, "porque as infra-estruturas existentes no local não comportariam nem de perto nem de longe o acréscimo de trânsito previsto, descarregando mais de cinco mil automóveis por dia em ruas já saturadas". Por fim, é também um erro urbanístico, pois ultrapassaria em mais do triplo o índice de construção permitido na zona. "Construir edifícios de 22 andares e mais quando o máximo que existe na zona são seis é mais do que um erro - é uma agressão ao bom senso." Por isso, o CDS-PP apela aos habitantes de Oeiras que se mobilizem contra este projecto.
A autarquia de Oeiras até ontem à noite ainda não se tinha manifestado relativamente a este parecer do Exército.
6 comentários:
BOAS NOTICIAS ou alguma esperança que seja travado o monstro. Srs. expressodalinha, O Lopes, André Silva, Isabel, José António etc. organizem-se... mobilizem as gentes de Oeiras, encontrem alternativas com vista a uma vida sem arranha-céus, boa mobilidade, segurança - claro que assim alguém não ganhará milhões. Muitos apoiarão.
Clotilde
Pela minha parte só posso fazer o que tenho feito; divulgar e alertar. Não sou contrária às grandes construções, - gosto de cidades projectadas para o futuro - mas sem esquecer a qualidade de vida, as infraestruturas que permitam circular, o devido enquadramento, e o tal PDM que parece que, - de vez em quando - apenas existe para ser desrespeitado...
A ideia fundamentalista 'anti-qualquer construção' remeter-nos-ía a todos para as cavernas.
Não sei qual é o mal em termos arranha-céus em Oeiras. Nos EUA estes são sinónimo de prosperidade das cidades onde estão. Nós devíamos é ter orgulho no facto de Oeiras atrair estes grandes projectos.
Ao anónimo,
Também não sou contra arranha-céus. Sou contra a densidade, a massificação só para ser grandioso e não para servir o bem estar das pessoas. As terras onde vivemos devem ser harmoniosas até porque temos já grandes zonas desertificadas mesmo aqui em Oeiras. Primeiro melhorar e manter, atrair pessoas para que as nossas terras tenham vida e depois os projectos desses que querem deixar o nome...
Clotilde
Acho que estamos todos de acordo, mais azulejo, menos azulejo. Pessoalmente, subscrevo inteiramente o que disse a Isabel.
Apaenas acrescento que, num modelo de sustentabilidade que nos querem impingir, então deviam parar todas as construções até ser feito um estudo (que até já existe em grande parte, feito pela Universidade Nova, Prof. Farinha e sua equipa) e ser implentada a dita sutentabilidade, pelo menos na vertente acessibilidades e só depois se deveria pensar como e onde se fariam novas construções. Isto é a utopia porque devemos lutar e não apenas o combate contra uma urbanização, por maior que seja.
Só pode ser a favor de arranha-céus em Oeiras quem nunca viu subúrbios de capitais como deve ser. Vão lá aos subúrbios de Londres, Berlim, Paris, já para não falar dos nórdicos, e perceberão que os dormitórios não são maus se forem construídos e mantidos com qualidade de vida.
Ninguém quer ter em Oeiras dormitórios como existem em Loures, Sintra e Amadora, mas querer transformar Oeiras numa terra que rivalize com Lisboa na atracção de empresas, pessoas e trânsito já chegou ao seu limite.
Quinta da Fonte, Taguspark e Lagoas Parque chegam perfeitamente, não queremos mais modernismos empresariais por cá.
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