REINALDO Edgar de Azevedo FERREIRA (1922-1959)
…Era filho do jornalista Reinaldo Ferreira, o célebre “Repórter X”. Foi para Moçambique (para a cidade, então de Lourenço Marques, hoje Maputo), em fins de 1941, onde completou o curso secundário (7º ano dos liceus) e onde se conservou, salvo poucas vindas a Portugal, até Junho de 1959, altura do seu falecimento.Alguns dos seus amigos e admiradores resolveram reunir e fazer publicar, na Imprensa Nacional de Moçambique, em 1960, o melhor dos seus versos, fazendo-os acompanhar de uma “Introdução” e “Notas Explicativas”. Poemas, assim ficou sendo chamado o livro do autor: “(…) obra inteligente e procurada, talvez sempre provisoriamente acabada, aguardando uma perfeição maior” -, diz-se, dela, nessa “Introdução”
…Em 1966, a Livraria Portugal, de Lisboa, voltou a editar essa obra, com um prefácio de José Régio que refere:” Ninguém ousaria dar outro título a essa reunião de poesias pertencentes a livros diferentes e inacabados, para os quais já o poeta sonhara títulos bastante pessoais. Sem dúvida, pelo menos para quem entenda que toda a verdadeira poesia implica profundas e originais vivências humanas, constituíram os Poemas de Reinaldo Ferreira inesperada revelação de um grande poeta português (…) uma obra que, mesmo chegando até nós fragmentada, pela sua densidade substancial e a sua beleza formal já entrou como peça de rara qualidade no tesoiro da nossa poesia.”
In: Biblos - Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa – 1995
http://www.inforarte.com/cantando2/ReinaldoFerreira1.html
…Era filho do jornalista Reinaldo Ferreira, o célebre “Repórter X”. Foi para Moçambique (para a cidade, então de Lourenço Marques, hoje Maputo), em fins de 1941, onde completou o curso secundário (7º ano dos liceus) e onde se conservou, salvo poucas vindas a Portugal, até Junho de 1959, altura do seu falecimento.Alguns dos seus amigos e admiradores resolveram reunir e fazer publicar, na Imprensa Nacional de Moçambique, em 1960, o melhor dos seus versos, fazendo-os acompanhar de uma “Introdução” e “Notas Explicativas”. Poemas, assim ficou sendo chamado o livro do autor: “(…) obra inteligente e procurada, talvez sempre provisoriamente acabada, aguardando uma perfeição maior” -, diz-se, dela, nessa “Introdução”
…Em 1966, a Livraria Portugal, de Lisboa, voltou a editar essa obra, com um prefácio de José Régio que refere:” Ninguém ousaria dar outro título a essa reunião de poesias pertencentes a livros diferentes e inacabados, para os quais já o poeta sonhara títulos bastante pessoais. Sem dúvida, pelo menos para quem entenda que toda a verdadeira poesia implica profundas e originais vivências humanas, constituíram os Poemas de Reinaldo Ferreira inesperada revelação de um grande poeta português (…) uma obra que, mesmo chegando até nós fragmentada, pela sua densidade substancial e a sua beleza formal já entrou como peça de rara qualidade no tesoiro da nossa poesia.”
In: Biblos - Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa – 1995
http://www.inforarte.com/cantando2/ReinaldoFerreira1.html
MENINA DOS OLHOS TRISTES
Reinaldo Ferreira
Menina dos olhos tristes
O que tanto a faz chorar?
- O soldadinho não volta
Do outro lado do mar.
Senhora de olhos cansados,
Por que a fatiga o tear?
- O soldadinho não volta
Do outro lado do mar.
Vamos senhor pensativo,
Olhe o cachimbo a apagar.
- O soldadinho não volta
Do outro lado do mar.
Anda bem triste o amigo,
Uma carta o fez chorar.
- O soldadinho não volta
Do outro lado do mar.
A lua, que é viajante,
É que nos pode informar,
- O soldadinho já volta
Do outro lado do mar.
O soldadinho já volta
Está quase mesmo a chegar,
Vem numa caixa de pinho.
Desta vez o soldadinho
Nunca mais se faz ao mar.
6 comentários:
Tenho um CD do José Afonso onde canta este poema com música também dele. É lindíssimo
e lindo e muito mais, ouvido na voz do "Zeca"!
Um abraco azul e branco do amigo dalgodrense.
Vou tentar postar o vídeo do 'Zeca'... (assim o encontre)
:)
Viva, Isabel!
O meu poeta preferido.
O Reinaldo, não o Zeca...
Malgré tout, descansem em paz. Ambos.
[]
Ruben
Ruben;
Tenho sempre dificuldade em eleger 'O' preferido mas na poesia digo, peremptoriamente, que é o DAVID MOURÃO-FERREIRA.
Do Reinaldo Ferreira o poema que mais gosto, - não sei se conhece - é:
Quero um cavalo de várias cores,
Quero-o depressa, que vou partir.
Esperam-me prados com tantas flores,
Que só cavalos de várias cores
Podem servir
(...)
[]
I.
Nota-se uma preocupação e interesse na divulgação do que é nosso.
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