quarta-feira, 30 de julho de 2008

Processo de loteamento da Fundição de Oeiras

2008/7/30 jc neves

Cara Isabel,

Venho, novamente, pedir-lhe o favor de publicar o seguinte:

No seguimento de um requerimento de prorrogação do prazo de consulta pública do processo de loteamento da Fundição de Oeiras, que entreguei a 23 de Julho com outras 4 pessoas – e cujo texto, por curiosidade, envio em anexo - foi prorrogado o referido prazo até 31 de Agosto. É, evidentemente, uma má altura pois muita gente vai para fora, mas há que continuar a tentar mobilizar as pessoas.

Consultei o processo e ainda fiquei mais assustado do que estava anteriormente. Afinal o processo é composto por 13 volumes (e não pelos 3 que estiveram disponíveis até agora, tendo sido, aliás, a incompletude do processo o fundamento principal do requerimento de prorrogação apresentado) e quando se lêem todos de uma ponta a outra percebe-se que o processo sofreu sucessivas correcções devido a vários erros repetidamente cometidos por parte dos promotores. Mas o que é realmente impressionante é estudar os pareceres técnicos e os desenhos de pormenor e perceber, finalmente, o que vai realmente acontecer nos acessos e na zona envolvente, que é – como já fora possível perceber no geral – uma autêntica razia de zonas verdes, árvores, passeios e espaço livre e público – para além, evidentemente, do exagero esmagador que representa a urbanização propriamente dita. Parece-me que, particularmente os moradores da zona, vão ficar muito incomodados quando examinarem os desenhos de pormenor e puderem compreender como se vai modificar, de forma marcada, o espaço público do lugar onde vivem e como, por exemplo, em muitos casos, as estradas ficarão mais perto dos edifícios de habitação..

Os pareceres juntos ao processo, de cidadãos comuns, da Associação de Moradores de Nova Oeiras, do arquitecto responsável pelo Galnov – Gabinete de Apoio Local de Nova Oeiras (gabinete afecto à CMO!), da Quercus, das entidades consultadas, nomeadamente o exército e as empresas de camionagem, são todos fortemente negativos. No entanto a sensação com que se fica, da leitura das respostas dos técnicos da CMO e do artigo de jornal que envio em anexo, é que a CMO quer edificar a urbanização sem qualquer alteração, contra tudo e contra todos.

É pois necessário e muito importante continuar passar a palavra e fazer com que o maior número possível de pessoas se dirija à Câmara, consulte, de facto, o processo completo e emita a sua opinião sobre o mesmo.

(...)

Mais uma vez, muito obrigado pelo seu interesse por este assunto.

Cumprimentos,

João Carlos Neves

2 comentários:

Anónimo disse...

Em 23/7 na sessão pública da CMO uma senhora falou sobre este assunto, mas não consegui perceber bem o que foi dito. O que me apercebi é que a CMO ficou incomodada, sentindo-se que até depois adoçou e remeteu para os "procedimento/circuitos" oficiais. Mas lá que incomodou, incomodou...
Clotilde

Jorge Pinheiro disse...

E ainda falta a NATO...