quinta-feira, 7 de agosto de 2008

PONTOS DE VISTA por JORGE MIRANDA







ECONOMICISMO

O economicismo é a onda avassaladora do presente. Tudo se subordina ao económico. A potenciação do lucro é determinante e tudo justifica. Do Estado ao privado, o ditado é este. Os valores humanos e os princípios relacionais são negligenciados. Porquê pensar no outro, enquanto pessoa? Porquê considerá-lo no topo das categorias e centro da aplicação da ética. Só interessa enquanto “pagante” e objecto de produção e de consumo. E ética para quê? Não dá dinheiro! Valores para quê? Não enchem a conta bancária nem têm expressão numérica nos resultados finais do exercício! Tudo se reduz a cifrões, a ganhos pecuniários.
Monta-se um negócio e, na fase de captação de clientes, investe-se na imagem, no bom acolhimento, nas facilidades, etc. Mas, depois, fidelizada a massa de usuários, só se salvaguarda a… imagem, mantida por campanhas de “markting”.
Se se duvida do que acabamos de expor, visite-se a delegação da TMN (a dos telemóveis) situada no complexo Oeiras Parque, em Oeiras. Em função do movimento que alcançou, as instalações são exíguas, o que implica um reduzido número de trabalhadores dedicados ao atendimento (de dois ao máximo de cinco) que, por muito diligentes que sejam (e são) não conseguem dar vazão às numerosas solicitações, sem que o tempo de espera possa atingir mais de duas horas! E o cliente tem de suportar, durante tanto tempo, uma temperatura elevada, uma vez que não dispõe (ou encontra-se avariado) de sistema de ar condicionado (pelo menos assim aconteceu na tarde do dia 29 de Julho). E de pé, pois não há um único lugar sentado disponível! Este “privilégio” só pode ser gozado aquando do atendimento.
A agravar este rol de desgraças, no dia referido, encontrava-se avariado o mostrador electrónico de chamada de senhas de registo para atendimento!
A incomodidade e a demora a que implacavelmente se sujeitam os clientes são inqualificáveis. Ultrapassam os limites de toda e qualquer tolerância. Por isso se assiste a uma ou outra explosão de revolta que, infelizmente, não chega aos ouvidos de quem tem poder para sanar as anómalas situações – a administração. Mas esta talvez chegue…
O Oeiras Local agradece ao Autor e ao Jornal da Costa do Sol a cedência do artigo.
Foto: Oeiras Actual

4 comentários:

Anónimo disse...

Boa Tarde,

Acabei de criar um novo o site, o "escritores de blogues" (para visualizar o site basta clickar no meu nome). Este site é uma rede social destinada a todos os escritores de blogues que o fazem em português. O objectivo é criar um espaço comum a todos para que seja facilitado o contacto e a visibilidade de novos projectos independentemente da ferramenta (blogspot, sapo, wordpress) que utilizam.

Neste sentido gostava de o convidar, e a todos os escritores de blogues que estiverem interessados. Para tal basta seguir o link e carregar onde diz "Join this network".

Muito obrigado pela atenção,

Melhores Cumprimentos,

Stran

Ruvasa disse...

Viva, Isabel!

Jorge Miranda tem razão. Mas a coisa é pior ainda.

Porquê? Porque a TMN ainda tem balcões espalhados por tudo quanto é sítio e a gente, pelo menos, vê a a cara dos empregados do patrão.

E aquelas outras de quem estamos completamente dependentes, com avarias constantes e que a gente só consegue contactar por telefone, com gente que está sediado no Brasil, na Argentina, por vezes e com sorte em Miranda do Douro? É uma dor de cabeça e uma frustração. Até porque quantas vezes a chamada cai ao fim de me4ia hora de conbversa para tentar resolver o assuinto e, quando se religa, já o/a atendedor/a é outro/a, que nos obriga a nova identificação e repetida explicação daquilo a que viémos?

Um exemplo muito concreto? A TVCabo. Se um dia apanho um tipo desses a jeito, numa esquina escura... Os patrões, não os empregados que apanham também cada seca...

Bj

Ruben

Unknown disse...

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Há cada vez mais empresas sem rosto...

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Isabel Magalhães disse...

Não sei se conhecem a Repartição de Finanças de Algés... bom, fica num edifício de 3º ou 4º andar, sem elevador, - eu pelo menos nunca vi que tenha - no último piso, o que é destinado aos assuntos do IRS, tem 2 ou 3 cadeiras próximo do balcão de atendimento mas, as muitas pessoas fazem fila pelas escadas durante horas. Assim, muito rapidamente e como tópico, quero focar o desconforto das pessoas de idade, das mães (e até pais com crianças ao colo) das grávidas, pessoas menos bem de saúde, e da total falta de acesso para deficientes.