domingo, 4 de outubro de 2009

Aterro Sanitário: Vila Fria vai entrar numa "fria"?







Boa noite;

Depois de anos ao serviço do Concelho como depósito de lixos indiferenciados (apesar do Plano Regional de Ordenamento do Território da AML - Relatório Vol. IV de 09/2001 se referir à mesma, quanto ao seu uso, "para transferência de sucatas"), a lixeira de Vila Fria foi selada há alguns anos.

Cumpridas regras de construção, segurança e controlo adequadas um Aterro Sanitário como o de Vila Fria, depois de selado, poderá coexistir sem grande perigo para as populações vizinhas durante bastantes anos. Esta instalação chegou inclusive a ser estudada para aproveitamento de Biogás (ver as chaminés de respiração nas fotos).

Esta é informação que qualquer um de nós poderá recolher facilmente na Internet.

Problemas com graves repercussões na saúde pública e no ambiente podem colocar-se em qualquer Aterro Sanitário se não forem acauteladas algumas regras básicas de segurança e manutenção.

Refiro apenas duas:

1ª - Isolamento.

Um isolamento deficiente poderá provocar, entre outros problemas, infiltrações dos lixíviados nos terrenos e, claro, contaminação dos aquíferos.

2ª - Limitação das cargas sobre os terrenos que cobrem o Aterro.

Também aqui facilmente se percebem as consequências se se ultrapassarem as cargas permitidas. Imagine-se um vulgar saco de plástico contendo um qualquer líquido e pressionado até ao seu limite. Entrará em ruptura e derramará o seu conteúdo.

Chegados a este ponto introduzo mais um exemplo de senso comum.

Se realizarmos uma obra de média dimensão um dos problemas que sempre se coloca é a remoção das terras (vulgo entulho ) e o seu destino, sabendo de antemão que a distância onde os mesmos serão depositados terá relação directa com os custos que iremos suportar.

Imaginemos agora uma obra de grande dimensão como a do futuro Centro de Congressos de Oeiras; Segundo informação que recolhi, iniciadas as obras verifica-se que as zonas adjacentes à construção já não suportam (limite de altura?) o depósito das terras removidas.

Onde colocá-las agora? Em Sintra, Mafra? E a que custos de transporte?

E se, em alternativa, pudessem ser depositadas a 4/5 Km?

Por exemplo em Vila Fria e em pleno Aterro Sanitário?

Pois...

Alguém conhecedor do processo fez-me chegar as fotos que junto. Aparentemente já se iniciou a deposição dos entulhos em cima do Aterro e com os perigos inerentes. Terão sido efectuados testes de carga e existirá mesmo um parecer técnico interno da CMO a desaconselhar a colocação daquelas terras em cima do Aterro.

Pretendo com este Post alertar as forças vivas da zona, munícipes directamente afectados no imediato (seremos todos mais cedo ou mais tarde), bloguers residentes nas freguesias mais próximas para que tentem obter mais informação e que a tragam aqui ao OL para divulgação e eventual encaminhamento às autoridades competentes da administração central.

Poderemos estar perante um atentado ambiental de grande dimensão.

Do conteúdo deste post foi dado nesta data conhecimento à Quercus.


5 comentários:

Tiazoca de Oeiras disse...

João:
Conte comigo para o que der e vier!
I'm speechless!

Unknown disse...

Já tínhamos referenciado esse problema em Porto Salvo.

Apelidamos de Montes Urais

Isabel Magalhães disse...

"Impavidamente"(?) vamos consentindo!

CiCi Urtiga disse...

Meus caros,

Claro que é consentido. Está tudo comprado! E ainda queriam fazer ali um jardim!!!No comments!

Para a CMO Porto Salvo é o depósito de tudo o que é mau...

Heterónimo Sousa disse...

Companheiros, é por essas e por outras que Leceia tem que ser concelho!!! Vamos devolver Oeiras aos...coisinhos.....

Leceia apoia o casamento heterosexual!!!!!

Eu aconselho, Leceia a concelho!!!

http://leceiaconcelho.blogspot.com/