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Este post é apenas uma curiosidade.
Estes três Plátanos estão no talude que, desde a Estação de Oeiras, acompanha a Fundição de Oeiras até à entrada desta.
São exemplares de grandes dimensões e provavelmente já com alguma idade. Tenho ideia de sempre os ter visto ali.
A curiosidade deles está na forma como estão enraizados.
Do lado do passeio as raízes estão por baixo deste e nada se nota, mas no talude são visíveis grandes e grossas raízes fora da terra, que sobem por ele acima no esforço de manter as árvores de pé.
É fantástica, é fascinante, a Natureza e o modo engenhoso como os seres vivos se agarram à Vida!
fotografias: © josé antónio - CLIQUE PARA AMPLIAR
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3 comentários:
Olhar atento ao património e à natureza.
Todos precisamos fazer isso, não só por que o tempo passa e o esquecimento se instala.
Estes fenómenos são interesantíssimos. Neste caso as raízes parecem dizer.
- Vejam lá...tratem-me bem,não me cortem...eu até respeito o passeio por onde vocês passam distraídos ou se apressam a beneficiar da minha sombra em dias de canícula!
Em boa verdade, casos há em que as raízes parecem sair em fúria rompendo o alcatrão ou o cimento. Revolta! Quem sabe?
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Caro Fernando,
Nem mais !
A questão que levanta também me interessa e merece uma resposta que não tenho, infelizmente, e sobre a qual só posso especular.
Sabemos a 'força' da Natureza.
Já todos vimos em construções antigas que foram abandonadas e ficaram em ruínas, plantas que cresceram por entre as pedras dos muros e literalmente os rasgaram.
Basta que uma semente transportada pelo vento caia entre duas pedras e pronto. Outros, muitos, casos que não envolvem a mão do Homem ocorrem p.ex. em escarpas onde se olharmos atentamente observamos que as plantas afastam as pedras e rochas para arranjarem espaço para si mesmas. Para se "agarrarem à Vida."
Acontece com facilidade, porque as raízes têm uma força descomunal quando se projectam em busca de alimento.
"Vai tudo à frente..."
E quando 'não vai' contornam e procuram um caminho mais fraco que ofereça menos resistência.
O projecto brasileiro da estrada transamazónica ( ainda existe ? ) deparou-se com um problema danado do género do que falamos.
Eles construíam um troço da estrada e quando lá voltavam no ano seguinte para continuar o que tinham deixado, estava tudo destruído. A floresta rebentara com a obra e voltara a tomar conta do solo. Foi esta a história que ouvi e li e conto-a assim.
Quando tiver oportunidade de falar com algum arquitecto paisagista, se me lembrar procurarei averiguar alguma coisa.
Suspeito que o problema que refere possa ter a ver com o facto da árvore ser anterior à estrada e ao passeio ou outras construções e não ter sido acautelado o espaço necessário para o desenvolvimento e crescimento (previsível) da planta.
Ou no 'vice-versa' a planta ser posterior e também não ter existido esse cuidado.
Já em tempos AQUI no Oeiras Local apresentei o caso da Avenida das Descobertas na Medrosa, em que o passeio esquerdo está cheio de árvores que datam maioritariamente da construção daquele bairro ( inaugurado em 18 Maio 1971) e que destruíram a calçada nos locais onde estão implantadas, tornando o passeio intransitável.
Claro que não se pode chegar lá e simplesmente arrancar as árvores. Elas desempenham um papel importante, quer fornecendo sombra, quer no arrefecimento da atmosfera no Verão e aquecimento no Inverno, gerando um clima 'local' mais ameno. Talvez a sua substituição faseada pudesse ser uma solução.
Penso que actualmente há uma maior sensibilidade a esta questão e que quando se plantam árvores se acautele o espaço (horizontal e vertical) que necessitam para crescer, sem porem em causa o espaço edificado envolvente.
Abraço
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Este fenómeno das árvores é muito curioso.
Na estrada alcatroada que segue mais perto da Costa Alentejana...ali por Pinheiro da Cruz, se bem me recordo, estava cheia de lombas provocadas por raízes de pinheiros mansos.
Outro fenómeno. As pesssoas aqui no meu bairro desataram há uns anos a plantar palmeiras. Passados mais de 10 anos creceram imenso e ocupam, em certos casos, o jardim.
Agora alguns moradores tiveram que promover o arranque das mesmas.
Creio que a autarquia deveria ter um papel mais pedagógico.
Eu próprio, tenho uma série de árvores num pequeno jardim. Sou muito criticado pelos meus vizinhos que só têm relva. Não me arrependo eu nem a passarada.
Tenho várias árvores (uma delas, a amendoeira, já aqui publiquei em época de floração)que, admito, não serão as mais adequadas. Tal acontece com uma nogueira explêndia, que até dá nozes, mas que não pára de crescer e alargar o tronco.
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