quinta-feira, 28 de maio de 2009

Pontos de Vista por Jorge Miranda








DIVERGÊNCIAS



Que nos recordemos, nunca, no seio do PSD de Oeiras, houve tanta controvérsia para encontrar um cabeça de lista à câmara, que obtenha o consenso das duas secções concelhias, como a que se está a verificar. Ao que parece as posições radicalizaram-se e atingiram um ponto de difícil concerto. Agora, só a autoridade das estruturas superiores do partido poderá sanar o diferendo, encontrando uma solução equidistante que congregue e não divida.

A situação é complexa e contribui para transmitir uma má imagem do partido. Além de que as divisões internas são corrosivas e deixam sequelas, especialmente quando não se tem o poder e deseja-se conquistá-lo.

A questão começou com a escolha de Pedro Simões, pela secção de Oeiras, para cabeça de lista. Algés, cautelosamente, sem que lhe agradasse a candidatura proposta, achou prematuro tomar uma clara posição. Veio a tomá-la, posteriormente, através da sua líder, a deputada Helena Lopes da Costa.

Entregue o problema à consideração da Distrital de Lisboa, a sua Comissão Política remeteu-o para apreciação da Comissão Autárquica Nacional. Só depois, a presidente do partido se pronunciará.

Na base do diferendo está o facto de muitos militantes do PSD entenderem que o actual vereador Pedro Simões encontra-se demasiado “colado” a Isaltino Morais e o ter sido escolhido pela secção de Oeiras, estrutura cuja comissão política é apontada de ser pró-Isaltino. Acresce que Pedro Simões é o único vereador do PSD que aceitou o convite do presidente da autarquia para exercer a função a tempo inteiro.

Por outro lado, consta entre os social-democratas que Helena Lopes da Costa alimentava a aspiração de regressar à vereação da Câmara de Lisboa, integrada, de novo, na equipa de Santana Lopes. No entanto, este candidato já afirmou, publicamente, que a sua vereação seria constituída por gente nova, o que frustra a pretensão da presidente da secção de Algés. E, neste quadro, pretenderia, agora, concorrer à presidência da câmara de Oeiras.

Nesta desconexão e aparente jogo de interesses, Pedro Simões já entrou em campanha. A sua presença é assídua em outdoors e apelativos anúncios (pagos) na imprensa.

O PSD de Oeiras, com este imbróglio, está a dar uma má imagem de si. Mais uma achega para o descrédito da vida partidária…



Jorge Miranda

jorge.o.miranda@gmail.com



O OEIRAS LOCAL agradece ao Autor e ao JORNAL DA COSTA DO SOL a cedência do artigo, assim como ao Boletim Municipal OEIRAS ACTUAL o uso da foto.

5 comentários:

Anónimo disse...

Se o PSD ainda não deu apoio a este Pedro Simões quem paga as despesas desta pré-campanha?

Isabel Magalhães disse...

Amigo Jorge Miranda;

Muito pertinente o seu artigo.
Esta ausência de 'notícias' poderá pressupor o não apoio a este sr vereador.

Vamos aguardar para ver...

Abraço

IM

Anónimo disse...

É por umm lado o desespero do vendido e o interesse do vendedor....Tudo se conjuga....

Anónimo disse...

Coitada da Leninha...

Andou a bater a todas as capelinhas e ninguém lhe atendeu os pedidos!

Agora queria a cadeirinha em Oeiras!

Piu...

José Casitas disse...

O PSD em Oeiras não existe. Chamar-lhes "vendilhões do templo" é pouco.
É uma comédia de muito baixa qualidade e farto orçamento pago por outros interesses.

Como diria o outro, "vão mas é trabalhar! Vão mas é fazer alguma coisa útil pela sociedade!..."

Pois...e a sopita...e as contas ao fim do mês sem ter que dar o corpito ao manifesto...

Injustiça ! o Homem patrocinou uma petição contra o Heliporto em Algés ! E...