CM, 27 Julho 2009 - 09h00
Estado do sítio
Estado do sítio
O melhor mesmo é oferecer um espelho ao presidente do Conselho e desejar-lhe um merecido descanso depois de 27 de Setembro.
Está visto que quatro anos e meio de Governo com maioria absoluta provocam danos irreparáveis no sítio, na vidinha das pessoas e, claro, na cuca dos senhores e senhoras que, por mero espírito de missão e sem qualquer outro interesse mesquinho, presente ou futuro, aceitaram o ciclópico desafio de governarem os desgraçados destinos dos indígenas.
Os sinais já tinham aparecido em alguns ministros do Governo do senhor presidente do Conselho. Declarações contraditórias, recuos inesperados em reformas importantes e irritações incompreensíveis perante situações absolutamente normais em democracia, em que, felizmente, há oposição e diferentes pontos de vista sobre as mais diversas matérias. Mas o copo acabou por transbordar com a enorme banhada do partido do senhor presidente do Conselho nas Europeias de 7 de Junho.
Manifestamente ninguém na máquina socialista acreditava que o seu grande líder pudesse ser derrotado por uma senhora que odeia espectáculos, marketing, não usa teleponto, não contrata criancinhas para figurantes em acções de propaganda e detesta mentiras. A partir daí foi a desbunda, com o ministro Jaime Silva a ser desmentido em pleno Parlamento pelo senhor presidente do Conselho e o ministro da Economia a ser despedido em directo no meio de um debate sobre o estado do sítio. Apesar disto, imaginava-se que a cuca do senhor presidente do Conselho ainda estivesse a funcionar com alguma regularidade, dentro dos parâmetros normais. Puro engano. A coisa está mais negra do que se imagina e agora é preciso ter muito cuidado com tudo o que se escreve e o que se diz. É que nestas situações nunca se sabe o que pode acontecer e mais vale prevenir do que remediar.
Quando o presidente do Conselho deste sítio manhoso, pobre, triste, deprimido, cheio de larápios e obviamente cada vez mais mal frequentado afirma que ainda está por nascer um presidente do Conselho como ele em matéria de défice das contas públicas é recomendável recolher aos abrigos e deixar o homem a falar sozinho. É que esta frase só pode ter dois significados. Ou o senhor presidente do Conselho imagina que só daqui a uns quarenta anos haverá alguém capaz de o substituir como presidente do Conselho ou caiu de alguma cadeira sem ninguém dar por isso. Seja como for, o melhor mesmo é oferecer um enorme espelho ao senhor presidente do Conselho e desejar-lhe um merecido descanso depois de 27 de Setembro. Bem precisa.
António Ribeiro Ferreira, Jornalista
Os sinais já tinham aparecido em alguns ministros do Governo do senhor presidente do Conselho. Declarações contraditórias, recuos inesperados em reformas importantes e irritações incompreensíveis perante situações absolutamente normais em democracia, em que, felizmente, há oposição e diferentes pontos de vista sobre as mais diversas matérias. Mas o copo acabou por transbordar com a enorme banhada do partido do senhor presidente do Conselho nas Europeias de 7 de Junho.
Manifestamente ninguém na máquina socialista acreditava que o seu grande líder pudesse ser derrotado por uma senhora que odeia espectáculos, marketing, não usa teleponto, não contrata criancinhas para figurantes em acções de propaganda e detesta mentiras. A partir daí foi a desbunda, com o ministro Jaime Silva a ser desmentido em pleno Parlamento pelo senhor presidente do Conselho e o ministro da Economia a ser despedido em directo no meio de um debate sobre o estado do sítio. Apesar disto, imaginava-se que a cuca do senhor presidente do Conselho ainda estivesse a funcionar com alguma regularidade, dentro dos parâmetros normais. Puro engano. A coisa está mais negra do que se imagina e agora é preciso ter muito cuidado com tudo o que se escreve e o que se diz. É que nestas situações nunca se sabe o que pode acontecer e mais vale prevenir do que remediar.
Quando o presidente do Conselho deste sítio manhoso, pobre, triste, deprimido, cheio de larápios e obviamente cada vez mais mal frequentado afirma que ainda está por nascer um presidente do Conselho como ele em matéria de défice das contas públicas é recomendável recolher aos abrigos e deixar o homem a falar sozinho. É que esta frase só pode ter dois significados. Ou o senhor presidente do Conselho imagina que só daqui a uns quarenta anos haverá alguém capaz de o substituir como presidente do Conselho ou caiu de alguma cadeira sem ninguém dar por isso. Seja como for, o melhor mesmo é oferecer um enorme espelho ao senhor presidente do Conselho e desejar-lhe um merecido descanso depois de 27 de Setembro. Bem precisa.
António Ribeiro Ferreira, Jornalista
2 comentários:
O António Ribeiro Ferreira, tenha ou não razão, faz um serviço à nação. Como escreve todas as semanas a mesma coisa, com as mesmas personagens, os mesmos adjectivos, as mesmas conclusões, escusamos de perder tempo a lê-lo. Lá coerente ele é.
Amen (ao ARF e ao AFS)
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