quarta-feira, 22 de julho de 2009

"Algés: O Entroncamento de Oeiras"

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Boa noite Isabel e parabéns ao 'Oeiras Local' pelo serviço prestado na divulgação dos problemas do Concelho e das Freguesias.

Agradeço publicação deste texto e foto. E nada como um título apropriado: "Algés: O Entroncamento de Oeiras".


Após a sequência de reparos sobre a minha freguesia no OL e esta última notícia da "derrocada" na comunicação social fiquei sem dúvidas:

Algés está transformada no 'Entroncamento de Oeiras' tal a quantidade de aberrações apontadas.

Importa apurar de quem é a responsabilidade. Será da Junta de Freguesia de Algés?

Penso que não.

A Junta de Freguesia não tem qualquer competência de relevo delegada para além do recenseamento dos mancebos (já nem isso, julgo saber), dos atestados de residência e pouco mais.

A JF não tem autonomia para colocar um simples pino para limitar o estacionamento abusivo.

Pode reclamar, fazer ofícios e mais ofícios à CMO, mas pouco adianta (fui disso testemunha no caso do Alto de Algés).

Dou mais alguns exemplos de situações caricatas (a somar as já referidas no OL) que não me parecem ser da responsabilidade da Presidente da Junta de Freguesia de Algés e que são do conhecimento dos moradores de Algés.

1º Fenómeno do 'Entroncamento de Oeiras':

Existem em Algés pelo menos 3 tipos (!) diferentes de calcetamento de passeio em ruas contíguas. Sem qualquer nexo. Falamos de ruas com a mesma tipologia. Temos Calçada Portuguesa, tipo tijolo e pedra rústica (junto da capela de Nª Senhora do Cabo e no condomínio em frente). Na rua Luís de Camões há poucos anos levantaram a calçada e colocaram tijolo. Veja-se o nojo que está. Previsível claro! O tijolo absorve toda a sujidade. Não tem descrição.

2º Fenómeno do 'Entroncamento de Oeiras':

A quantidade de candeeiros públicos diferentes. Há para todos os gostos: modernos, retro, quadrados, redondos, desligados, só os postes, de tudo existe.

3º Fenómeno do 'Entroncamento de Oeiras':

A recolha dos RSU (resíduos sólidos urbanos) no Alto de Algés e o abandono do porta-a-porta.

Apesar dos pareceres negativos da Quercus ao abandono do porta-a-porta, da opinião do Secretário de Estado do Ambiente (o vereador dr Carlos Oliveira pode confirmar) a nosso favor, das conclusões do seminário da Sociedade Ponto Verde, dos elogios das oposições ao nosso exercício de cidadania em plena assembleia municipal (sem interesse para nós, pois em boa verdade não quiseram saber do assunto pois ninguém nos contactou excepto, honra lhe seja feita, o deputado municipal do BE, Francisco Silva), apesar de tudo isto dizia, impuseram-nos as ditas 'Ilhas Ecológicas' e avisaram da 'selagem' das nossas casas-do-lixo.

Fomos entretanto recebidos, a nosso pedido, pelos responsáveis do ambiente da CMO e obtivemos uma informação que nos deixou confusos (ou não...): no Alto de Algés vão manter-se 2 sistemas (até às eleições, digo eu, ou acaba de imediato depois deste comentário público...) de recolha em simultâneo.

Os residentes podem optar por depositar os seus resíduos nas Ilhas ou no interior das casas-do-lixo...
Supostamente estamos a adaptarmo-nos...

Decerto para nos 'adaptarmos' mais depressa, verificámos o

4º Fenómeno do 'Entroncamento de Oeiras':

Os contentores interiores (como na foto) aparecem misteriosamente virados com a abertura para baixo e algumas fechaduras das portas das casinhotas do lixo começaram a ter estranhas avarias e deixaram de abrir facilmente ou não abrem mesmo.

Se isto não é um fenómeno o que é?...

Terão sido gastos aqui no Alto de Algés - deitados ao lixo digo eu - cerca de 100.000€.

Numa freguesia carente deste tipo de equipamento repetidamente reclamados pela presidente da Junta da Freguesia, foi a CMO colocá-los onde não faziam falta.

A quem interessa que Algés seja o 'Entroncamento de Oeiras'?

O grupo de cidadãos-moradores vai convidar os candidatos do PSD e PS a visitar o bairro e ver este fenómeno in-loco.

Temos o direito de ouvir a sua opinião.

João Salgueiro




[Recebido por e-mail]

6 comentários:

Isabel Magalhães disse...

Caro João Salgueiro;

Um excelente artigo e uma pertinente chamada de atenção para os pontos focados.

A alteração do sistema de recolha dos RSU é um terrível retrocesso. É também um verdadeiro "deitar dinheiro ao lixo" como muito bem diz.

Espera-se que prevaleça o bom senso e que quem "meteu os pés pelas mãos" tenha a capacidade de repensar o assunto.

O "Oeiras Local" continua ao dispor de todos os que desejem contribuir para melhorar o nosso concelho.

I.M.M.

D'Algés disse...

Vizinho de Algés.

Todos os "fenómenos" que refere são efectuados por ajuste directo pela CMO. Pense bem. Se não existirem obras quem paga as campanhas? Os donativos, os envelopes? Os camiões TIR?

Pouco lhes importa se os passeios, os candeeiros, a quantidade anormal de sinais de trânsito mal colocados, os contentores de vários tipos, formas e cores, estão integrados com a envolvente ou se cumprem boas práticas.

Lema dos nossos políticos:

"nós adjudicamos, vós pagais, nós cobramos"

Isto não é um fenómeno.

AFS disse...

Realmente há qualquer coisa de esquizofrénico na Baixa de Algés. Uma área que devia ser homogénea a nível de mobiliário urbano... é na realidade uma enorme manta de retalhos. Candeeiros com esferas brancas, outros com esferas transparentes, outros ainda mais futuristas.

Passeios com granito, outros com calçada colorida, outros normais, outros com tijolo (e há ainda aquela aberração num pequeno troço na Av. Combatentes em que o alcatrão foi substituído por pedra). Já é altura de alguém definir o que deve ser a Baixa de Algés.

João Salgueiro, quando tiver notícias dessas visitas dos candidatos informe o OL pf.

Clotilde Moreira disse...

... E ainda as placas com os nomes das ruas - a Rua António Granjo tem colocadas nos prédios, os "marquinhos" no chão encostados aos prédios ou na berma. Eu acho que sempre que possível o nome das ruas deve estar sempre que possivel nos prédios, mas há anos veio a moda dos "marquinhos" encostadinhos aos chão...

Sobre o empedrado da Av. dos Combatentes é porque faz parte de um projecto (???) para pedonal e esplanadas.

Os passeios da Calç do Rio são rosa
e largos (tiraram cerca de 7 lugares de estacionamento) para as pessoas passearem! Quando já estavam a fazer a então Presidente da Câmara veio ver a obra e lá encurtaram um bocado pois as camionetas não faziam uma curva.

E parece que querem fazer mais esplanadas na baixa.... Mas encontarem maneira de conservar, manter, reabilitar a traça original desta Vila de Algés deve ser muita areia para esta autarquia.

Clotilde

João Salgueiro disse...

De referir que o deputado Francisco Silva do BE, a seu pedido, e a presidente da JF de Algés estiveram no início deste processo no Alto de Algés com os residentes.

Fica o apontamento.

JS

Tiazoca de Oeiras disse...

João :

A minha intenção primeira, nesta série de postes foi identificar alguns problemas visiveis, por quem passou pela Baixa de Algés. Por mero acaso levava a máquina fotográfica.

Depois, até acho que a presidente da Junta de Freguesia fará o melhor que pode e sabe, pese embora estes serem os parentes pobres das autarquias.

De qualquer maneira lembro o que aconteceu com o Presidente da Junta de Freguesia da nossa amiga Isabel Magalhães que ficou com a mesada " cortada" pelo Isaltino dado a sua divergência de opiniões face ao estacionamento pago.

Porém não vi,(posso estar a cometer uma injustiça e esta que me perdoe se assim for), que a Presidente da Junta de Freguesia de Algés fosse contra, a requalificação adoptada pela CMO para a zona da Baixa de Algés.

Mas, passar por aquela zona acicata a minha veia humorista . E sabe, o rir relativiza as coisas e e ao mesmo tempo permite desmontá-las