quarta-feira, 21 de novembro de 2007

AUTO-RETRATO DO "CIDADÃO HONESTO" AO SERVIÇO DA COMUNIDADE

CIVISMO por Diogo Castro em Oeiras Pública

Penso que é consensual o reconhecimento geral de que existe um défice de civismo entre a população portuguesa. Vou um pouco mais longe e considero mesmo que a falta de civismo é um dos grandes males que afecta transversalmente a nossa sociedade, com consequências nefastas para Portugal tanto a nível social como económico. (...)



Vem também este tema e muito a propósito de um outro que se passou com um conhecido também de Oeiras - um cidadão honesto e que muito prezo - que nos contou um abuso cívico que ocorria - pois que já não ocorre - na sua zona de residência - que não interessa aqui mencionar - e que a todos nos deixou extremamente indignados e diria mesmo revoltados.
Pois que o referido cidadão tem um vizinho que abusivamente se considera “deficiente” tendo por isso um dístico no carro alusivo ao seu padecimento que ao mesmo tempo lhe confere um lugar de estacionamento para deficientes na sua rua - a mesma do meu conhecido.
Tal facto seria compreensível e é mesmo bom que assim seja, já que todos devemos respeitar os deficientes - portadores de efeméride. Ora passa-se - passava-se - que o referido sujeito - auto intitulado abusivamente de “deficiente” - não tem mais deficiências do que eu ou do que muitos outros colegas de bairro assim como membros da colectividade. Um pouco coxo, é certo, mas nada a que se possa chamar de deficiência no sentido real do termo - Eu também vejo mal e não sou deficiente, já se fosse cego seria pois deficiente. É importante saber distinguir os graus de padecimentos e compreender que se o sujeito não tivesse uma perna ou mancasse demasiado a situação seria pois de deficiência, ora não é esse o caso.
Sabedores desta realidade muitos cidadãos, como este meu conterrâneo, por vezes - e revoltados com o abuso - estacionam o carro no lugar do sujeito, o qual achando-se dono da verdade e do poder absoluto chama a policia que já rebocou algumas viaturas. Quando a policia não vem o sujeito atravessa vilmente o seu carro em segunda fila impedindo que o outro saia - alguns casos de longas horas.
Ficando pois ao corrente desta situação e respeitando muito os verdadeiros “deficientes” julgo ser inqualificável a atribuição de lugar de estacionamento a um sujeito deste nível - que não nasceu em Oeiras certamente - por parte da CMO. Compreendendo também que quem lá está apenas se preocupa em atentar ao contribuinte - espoliado em seus impostos - e em encher os bolsos - nomeadamente o bandido e o sócio cabecilha.
Por tudo isso e após ouvirmos o cidadão repusemos a legalidade actuando a bem da verdade e da causa pública. Assim chamámos uns conterrâneos mais novos de colectividade e com uma chave inglesa retirámos uma das placas indicadoras da matricula vil de um dos extremos do referido lugar (deixando o poste). Assim e deste modo não está definido se o lugar do “dificiente” é à direita ou à esquerda e assim e perante a lei o denominado “auto de noticia” é inválido e ilegal. Assim e deste modo hoje já ninguém liga ao sujeito e a policia não pode mesmo MULTAR - não há sinalética…
Se fossemos uma país de gente séria e honesta o povo não teria necessidade de descer à rua para pôr na ordem certas situações, mas ao estado de descalabro a que a sociedade chegou o que é preciso é agir e exercer o direito em acção popular. Não é tempo de complexos esquerdistas, é tempo de combater demagogias sociais impostas vilmente!
Viva Portugal! Viva Oeiras! Viva o Oeiras Local!

António Manuel Bento, um cidadão ao serviço da comunidade.
20 de Novembro de 2007 17:13

10 comentários:

Isabel Magalhães disse...

Se o que está subentendido não fosse tão GRAVE, e se as considerações do tal 'cidadão' não fossem tão ABJECTAS seria de ir às lágrimas com algumas das passagens, por ex.

"já que todos devemos respeitar os deficientes portadores de efeméride"

PORTADORES DE EFEMÉRIDE???!!!

e ainda, e aleatoriamente,

" - que não nasceu em Oeiras certamente - " ???!!!

Lança-se daqui um apelo ao Sr. PCMO: - Atribuição de lugares a deficientes só com o ATESTADO abalizado do douto "S'tôr-eco-cidadão-ao-serviço-da-comunidade" (como diz e bem o meu amigo Rui Freitas) e com CERTIDÃO DE NASCIMENTO no concelho de OEIRAS!

E mais não digo.

(Estas coisas deixam-me 'a alma parva e o espírito taralhouco'.)

Unknown disse...

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Ir ao médíco assistente gastar tempo e dinheiro, para obter um relatório e uma credencial, para quê ?!

Ir ao subdelegado de saúde a uma junta médica gastar tempo e dinheiro, para aferir a deficiência para obter um relatório, um certificado de deficiência permanente, para quê ?!

Caros portadores de deficiência, Poupem o vosso tempo e o vosso dinheiro !!

Dirijam-se antes ao 'dr. eco-cidadão-especialista-em-medicina' que ele com um simples olhar de alto a baixo diz logo se sois portadores de deficiência e qual o seu grau - dentro dos critérios dele, está claro... que os médicos são umas bestas de ignorância...

Depois peçam-lhe para passar um papelinho e assinar e cumpram o resto dos trâmites legais - ir à câmara entregar a papelada (que não é só esta).
Nesta fase o 'dr. eco-cidadão-especialista-em-medicina' já não vos pode ajudar. Terão mesmo que gastar tempo e dinheiro.

Mas pelo menos na fase clínica a poupança pode ser substancial, e o que pouparam sugiro que o doem para a gloriosa campanha, orquestrada e dirigida pelo Marreta de serviço, "Fim À Marginal Sem Carros Já !"

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Unknown disse...

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Voltei só porque me lembrei de algo que uma pessoa, portadora de deficiência, me comunicou há dias:

Os parques de estacionamento junto à Estação de Oeiras não têm os obrigatórios lugares para deficientes, cuja existência a LEI determina.

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Unknown disse...

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No meu primeiro comentárío, onde se lê deficiência permanente leia-se incapacidade permanente.

Desculpem.

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Rui Freitas disse...

Amigos Isabel e Zé António,
De facto, uma "efeméride" destas apenas merece o nosso gozo...
O "sô-dr-eco-cidadão-honesto-e-cumpridor", a partir de hoje, não mais poderá ostentar nos seus "títulos" os de "honesto" e "cumpridor"... já para não falar da áurea de "civismo" que pretende demonstrar.
Eu explico: como pode um cidadão comentar favoravelmente o excelente "post" de Diogo Castro no "Oeiras Pública" e, de imediato, cometer um acto anti-cívico... retirando ou mandando retirar ou sendo conivente com a retirada de um sinal de trânsito?
Caíu a máscara, ao "sô-dr-eco-cidadão"!
No entanto, a GRAVIDADE do que descreve o dito cujo, pode levá-lo a ser acusado, julgado e eventualmente preso (ou, no mínimo, alvo de pesada coima...) pelo cometimento do CRIME DE DANO, previsto no Código Penal. Agravado, aliás, por o mesmo ter sido perpetrado "sobre coisa pública" ("sobre a coisa privada", a Lei é um pouco mais branda. Não me perguntem porquê, mas é!).
A atribuição e colocação de um sinal de trânsito (no caso, o de parqueamento de deficiente), é um ACTO ADMINISTRATIVO CAMARÁRIO, tomado após ponderação e análise das muitas vertentes e documentos legais que são tidos em conta para a decisão.
Como Autarca e ex-presidente de Junta, permito-me informar o "sô-dr-eco-cidadão" agora "desonesto" e "incumpridor" do seguinte: Não é por acaso que a Lei prevê que nem as próprias Juntas de Freguesia podem proceder à colocação de "novos" sinais de trânsito, mas apenas substituí-los, caso estejam danificados (por vandalismo, "velhice" ou acidente que os tenha destruído ou derrubado). E não o pode fazer, porque TODOS OS SINAIS DE TRÂNSITO estão cadastrados e são numerados, razão pela qual, muitas vezes, as companhias de seguros se baseiam na ausência ou inadequada colocação dos mesmos, para se furtarem a assumir responsabilidades...
Estou a lembrar-me de um local em Paço de Arcos, onde - na qualidade de presidente - pretendia que fosse colocado um sinal de "STOP", sendo que o mesmo só foi colocado, de facto, após análise e aprovação da Divisão de Trânsito.
Não, "Sô Bento", não é "por dá cá aquela palha" que se colocam ou retiram sinais de trânsito.
Desconheço a situação real que o "Sô" descreve e, até vou ao ponto de admitir que o cidadão que refere "não seja deficiente". Isso NÃO LHE DÁ O DIREITO (nem a ninguém mais do que a Edilidade) de o retirar "pela calada da noite".
Aquilo que o "sô-dr-eco-cidadão" cometeu, mandou cometer ou foi conivente, assemelha-se - perante a Lei (que o "Sô" tanto diz respeitar") -, por exemplo, ao crime de um "corte de estrada".
Sabia, "Sô Bento"?
Então, acautele-se...!

Anónimo disse...

Sr. Bento: Tenho lido algumas das coisas que enviou para este blog. Sugiro que, de futuro, pense duas vezes antes de mandar o que quer que seja. Acredite que todos poderemos vir a ganhar com isso. Atenciosamente, M.Amélia

antonio manuel bento disse...

Cara Isabel Magalhães,
Trocou os textos? Parece-me que o texto que lhe envie para publicação em lado principal de blog era outro que não o que aparece. Sim, um outro texto pertinente sobre defesa do consumidor. Não consigo compreender porque se negou e nega a publicar o tal texto, sugerindo mesmo alterações de conteúdos e depois e ao invés, publica sem o meu consentimento uma opinião que emiti no blog do Senhor Provedor. Aceito, a bem do debate não considero o seu acto vil e agradeço a divulgação que fez ao escândalo que denunciei em blog. Tenho recebido apoios de outros cidadãos também.

António Manuel Bento, um cidadão ao serviço da comunidade

antonio manuel bento disse...

Caro José António,

Pessoa que muito prezo e admiro - cidadão honesto - e com o qual divirjo em opinião. Não vou entrar em polémicas, até porque cada caso é um caso e o caso que mencionei é certamente uma excepção. Como tal e fruto da indignação cívica teve pois um acto cívico correspondente mas paralelamente de cidadania.

António Manuel Bento, um cidadão ao serviço da comunidade

Unknown disse...

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Sr. Bento,

PONHA OS ÓCULOS QUE É PARA LER BEM !!!

É a 2.ª - SEGUNDA - vez que lhe digo que é escusado dirigir-me a palavra, porque NÃO QUERO CONVERSAS CONSIGO !

Mas o sr. continua a insistir - e com uma prosa pejada de FALSIDADES e, mais grave ainda, armado em VÍTIMA, quando o sr. é vítima apenas das suas próprias palavras.

Mas para que não fique no ar a ideia de que NÓS somos o LOBO MAU e o sr. Bento é o CAPUCHINHO VERMELHO - papel que em calhando...- vamos lá esclarecer as coisas.
Vamos por partes:

1. O seu comentário está publicado num blog PÚBLICO onde pode ser lido por TODA a gente.
Por que carga de água é que alguém tem que lhe pedir AUTORIZAÇÃO para o reproduzir noutro blog ?!
Acaso julga que os bloggers que reproduzem nos seus blogs notícias que saem nos jornais, antes de o fazerem escrevem ou telefonam para os jornalistas a pedir autorização !? Tenha JUÍZO !!!

2. Quanto ao seu 'pertinente' texto, que na qualidade de co-administrador deste blog, tive oportunidade de ler, em primeiro lugar o sr. pede - aliás EXIGE... - que lhe façam a REVISÃO do mesmo ! Como se não tivéssemos mais nada que fazer que rever os textos do sr. Bento !!
Além disto, foi-lhe pedido que o REDUZISSE no tamanho, dada a excessiva extensão do mesmo.
Foram-lhe mesmo dadas algumas sugestões neste capítulo para que tirasse frases colaterais que nada contribuíam para a questão que queria expôr.
O que é que o sr. fez ?
Reenviou o texto EXACTAMENTE IGUAL !!!

O seu texto TEM:
3 PÁGINAS A CORPO 12 !!
1.065 PALAVRAS !!
6080 CARACTERES !!
90 LINHAS !!! NOVENTA !!!



Fica aqui registado para MEMÓRIA FUTURA que o Oeiras Local NÃO publica textos que excedam:

1800 CARACTERES ou 25 LINHAS a CORPO 12

nota: O Word tem um comando que permite fazer estas contagens. USE-O !

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Isabel Magalhães disse...

Muito gosta o sr Bento de INVERDADAR!

A resposta está onde o sr deixou a pergunta, algures numa caixa de comentários.

O alegado período de tempo - 'há semanas' - por si tb mencionado reporta-se afinal ao dia 19.11 e mereceu 3 ou 4 respostas por e-mail todas com a finalidade de lhe dizer que deveria reduzir o texto já que apreciações subjectivas ao aspecto físico da funcionária que o atendeu - e da 'chefe' - são detalhes que não trazem qualquer mais valia a um texto sobre 'defesa do consumidor'.

Outros pormenores, como aquela adjectivação em que todos o sabemos pródigo, são no mínimo desnecessários embora esteja mais tentada a dizer-lhe que são de muito mau gosto.

Corte-lhe tb o relato exagerado do périplo da sua viagem de ida e volta etc e tal e as suas considerações sobre muitos assuntos alheios ao mote em questão e ficará então com um texto que não fará os leitores desistirem às primeiras linhas.

A revisão da pontuação que me pediu que fizesse, - por alegada falta de tempo - lamento... não estou disponível.

Outros detalhes que me tenham escapado estão, certamente, na resposta do Sr. J. Baptista.

Ainda um ponto, este alheio ao seu texto mas que se prende com um comentário feito por si a uma das nossas leitoras, e em que se permite questionar a idoneidade moral de quem não conhece DE TODO, foi o mesmo devidamente remetido à " CESTA SECÇÃO "!

Tenha um excelente fim de semana.