sábado, 17 de novembro de 2007

O correio dos leitores

Os meus cumprimentos Sra D. Isabel.
Obrigado pela publicação no seu blogue.
Abra o anexo, s.f.f.
DC



Caro/a Colega:

Até este momento já recebi 335 mails para além de alguns telefonemas e mensagens de telemóvel.
Na impossibilidade de responder individualmente a cada um como tenho feito até aqui, e como gostaria de continuar a fazer, vejo-me obrigado a fazer este “agradecimento único” para poupar tempo pois tenho passado várias horas a responder a todos como é minha obrigação.
A todos agradeço as palavras de apoio e a todos digo que é preciso que escrevam ao PR a contar as histórias que me têm contado e dar os testemunhos que me confiaram. Sei que eu não posso fazer mais nada. Se o PR receber centenas de cartas vossas há-de pensar duas vezes e irá perguntar ao governo o que se passa nas escolas.
Como me disse uma Colega por telefone os professores só se queixam na sala dos professores mas não dizem nem fazem mais nada.
Eu sei que cada um sabe de si e tem os seus motivos para assim proceder. Mas o que é que nos pode acontecer por contar as verdades?
É preciso começar a agir!!!!
Vamos iniciar um movimento “bola de neve” que arrase “aquela gente” de Lisboa que nunca deve ter enfrentado uma turma de alunos deste género.
É preciso darmo-nos ao respeito se queremos ser respeitados!!!
E se algum aluno se interessar tanto pelo vosso bem-estar ao ponto de vos dizer “vá para ali!, vá para acolá!” apresentam queixa na Polícia para ver o que acontece…

Para ser totalmente honesto com vocês preciso de vos dizer que estou reformado desde o dia 1 de Novembro. Se tivesse de estar na escola mais umas semanas desataria a distribuir bofetadas a torto e a direito para suprir o elevado défice de educação destes jovens ( Será politicamente correcto dizer isto?)

Tenho outra coisa para vos dizer: por uma questão de cortesia dei o rascunho desta carta a ler à Presidente do C. Executivo da minha escola tendo eu assumido o compromisso de omitir o nome da escola onde estas cenas se têm passado (e deverão continuar a passar). Porém, uma vez que podem pensar que isto se passa na minha terra, em ÍLHAVO, e como não quero denegrir-lhe o nome, digo-vos que o que vos contei se passou na Esc. Sec. Infante D. Henrique, no Porto.

Um abraço Amigo
Domingos Cardoso

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