From: Clotilde Moreira
Sent: sábado, 17 de Novembro de 2007 13:27
To: 'Isabel Magalhães'
Em Junho de 2006 escrevi este texto para o Público, mas nunca tiveram oportunidade de o publicar. Parece-me, no entanto, que continua actual. (...)
Em Junho de 2006 escrevi este texto para o Público, mas nunca tiveram oportunidade de o publicar. Parece-me, no entanto, que continua actual. (...)
Um abraço
Maria Clotilde
Maria Clotilde
CLARO, QUE A CULPA É DOS PROFESSORES
Há dias que lemos coisas que fazem acreditar que ainda existem pessoas lúcidas e sabedoras, que nos dão Esperança. Isto vem a propósito do “O Titanic” de São José Almeida, no Público de 17 de Junho 2006 que tão bem enuncia parte dos problemas do ensino e das escolas.
Na verdade já há algum tempo que a classe dos professores é acusada de ser responsável pela degradação do ensino, do abandono escolar, dos maus resultados dos nossos jovens, etc. desautorizando, completamente os docentes, abrindo caminho às agressões que tem ocorrido por parte de alunos e familiares. Também as teorias de que os jovens não podem ser castigados e as famílias responsabilizadas porque, ou o seu comportamento é resultante de traumas ou o castigo lhes pode causar transtornos, têm sido capa para muitos disparates.
Agora apareceu esta senhora ministra que se dispôs a ser o executor de uns tais que, com blás blás de secretária, dão uma imagem terrível do ensino público e apresentam medidas de salvação que mais não têm sido que de destruição e desmotivação dos professores e educadores.
Todos sabem que há turmas problemáticas, com excesso de alunos, que os horários dos professores não se resume ao número de aulas mas a mais um triplo de horas para a sua preparação, às reuniões, aos projectos da escola, etc. A Senhora Ministra saberá disto? Os seus assessores têm saído dos gabinetes e têm conhecimentos do que tantas escolas e professores têm desenvolvido com os seus alunos e motivado os seus encarregados de educação? Claro que não, pois caso soubessem não tinha, criado esta instabilidade. Ou sabem e existem outros interesses que ditam toda esta estratégia. Os ataques até surgem escondidos em decisões que parecem correctas, como o prolongamento das actividades escolares ou da permanência dos professores nas escolas para aí realizarem a preparação das aulas. Mas muitas escolas continuam sem pessoal especifico ou não têm instalações apropriadas.
Há coisas a corrigir; por exemplo é muito importante a redução dos horários de docência visto tratar-se de uma profissão de desgaste rápido.
As informações da Jornalista deixa-nos numa angústia: estaremos perante um bem orquestrado plano de desmoralizar o ensino público e nos empurrar para um ensino privado? Estaremos, então, a caminhar para a degradação do ensino público para todos e abrir caminho para a educação privada de alguns privilegiados? E o apoio ao ensino para deficientes que cada vez encolhe mais?
Estamos num país que já viu a promessa do sol nascer para todos e que, agora, uns tais querem que ele aqueça apenas alguns.
Há dias que lemos coisas que fazem acreditar que ainda existem pessoas lúcidas e sabedoras, que nos dão Esperança. Isto vem a propósito do “O Titanic” de São José Almeida, no Público de 17 de Junho 2006 que tão bem enuncia parte dos problemas do ensino e das escolas.
Na verdade já há algum tempo que a classe dos professores é acusada de ser responsável pela degradação do ensino, do abandono escolar, dos maus resultados dos nossos jovens, etc. desautorizando, completamente os docentes, abrindo caminho às agressões que tem ocorrido por parte de alunos e familiares. Também as teorias de que os jovens não podem ser castigados e as famílias responsabilizadas porque, ou o seu comportamento é resultante de traumas ou o castigo lhes pode causar transtornos, têm sido capa para muitos disparates.
Agora apareceu esta senhora ministra que se dispôs a ser o executor de uns tais que, com blás blás de secretária, dão uma imagem terrível do ensino público e apresentam medidas de salvação que mais não têm sido que de destruição e desmotivação dos professores e educadores.
Todos sabem que há turmas problemáticas, com excesso de alunos, que os horários dos professores não se resume ao número de aulas mas a mais um triplo de horas para a sua preparação, às reuniões, aos projectos da escola, etc. A Senhora Ministra saberá disto? Os seus assessores têm saído dos gabinetes e têm conhecimentos do que tantas escolas e professores têm desenvolvido com os seus alunos e motivado os seus encarregados de educação? Claro que não, pois caso soubessem não tinha, criado esta instabilidade. Ou sabem e existem outros interesses que ditam toda esta estratégia. Os ataques até surgem escondidos em decisões que parecem correctas, como o prolongamento das actividades escolares ou da permanência dos professores nas escolas para aí realizarem a preparação das aulas. Mas muitas escolas continuam sem pessoal especifico ou não têm instalações apropriadas.
Há coisas a corrigir; por exemplo é muito importante a redução dos horários de docência visto tratar-se de uma profissão de desgaste rápido.
As informações da Jornalista deixa-nos numa angústia: estaremos perante um bem orquestrado plano de desmoralizar o ensino público e nos empurrar para um ensino privado? Estaremos, então, a caminhar para a degradação do ensino público para todos e abrir caminho para a educação privada de alguns privilegiados? E o apoio ao ensino para deficientes que cada vez encolhe mais?
Estamos num país que já viu a promessa do sol nascer para todos e que, agora, uns tais querem que ele aqueça apenas alguns.
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