quinta-feira, 27 de novembro de 2008

POLÍTICO PASSE-PARTOUT

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"Apoio" têm de apoiar, porque se não apoiar, não pode apoiar quem deve apoiar.
Mas ao apoiar apoios, eticamente duvidosos, fica sem o apoio daqueles que podem e devem apoiar a "Apoio". Obviamente não falamos do apoio daqueles que apoia, já que este é garantido pela necessidade.

O apoiar não é discriminar apoios. Apoiar é uma dádiva sem retorno contabilistico. Mais, a "Apoio" tem de apoiar todos aqueles que necessitam de apoio, independentemente de quem estes efectivamente apoiam.

Porém, devia bastar o apoio que faz às pessoas que apoia, para lhes ser devido o apoio institucional e reinvindicarem esse direito. Não era preciso apoiar quem lhe faculta o apoio institucional, numa troca mercantil de apoios.

E se não apoiasse os apoios, será que ficaria sem apoios?

E será que o apoio institucional cedido reconhece que o apoio que a "Apoio" dá, a quem lhes pede apoio, é socialmente útil e imprescindível ?

Frenéticos mercadores de carências e dependências, passivamente aceitaram que o PCMO os utilize, na sua estratégia de propaganda.

Agora podemos dizer que não há folheto, jornal, revista, do concelho de Oeiras em que o PCMO não apareça a dar a sua palavrinha de apreço. O Isaltino passe-partout, everywere and always.


Até uma instituição de Solidariedade Social, nesta teia insensata de servilismo, se obrigou no seu boletim n.º 1 - após vinte anos a apoiar a comunidade - a ter um artigo deste senhor.

Esta simples opção, torna uma instituição higiénicamente limpa, acéfala, amorfa e anémica. Agora, terão de ser tolerantes com a usurpação; terão de ser doces com a hipocrisia; terão de ser servis com a prepotência; terão de ser indiferentes à humilhação, terão de ser condescendentes com as necessidades e terão de ser permeáveis a pedidos.

Ficaram reféns, em vez de serem independentes, porque socialmente imprescindíveis.

E assim se tornaram perfeitos, aos olhos gulosos de um apoio, dado em troca de outro apoio.

Nem perceberam que a tristeza emanada de uma pose forçada para a foto, nos revela que são indiferentes à esperança e à dignidade.

6 comentários:

Anónimo disse...

O homem está em todas.

Anónimo disse...

E o frio que lá faz?
Gigi

meninaidalina disse...

As instituições de solidariedade, salvo raras excepções , que também as há , são a forma que o estado encontrou para se desresponsabilizar das suas responsabilidades.

Aposto que também nesta instituição , por causa da tão famigerada rentabilidade, o apoio domiciliário é apenas uma hora por dia, sem corresponder às necessidades dos utentes - isto para com aquelas situações que são subsidiadas pela Segurança Social,porque para as ricas cunhas, não deve haver problemas a registar .

Tirando isto, e outras tantas coisas, estes politicos utilizam-nas e é por isso que, os responsáveis são sempre beneméritos ...leia-se gente de confiança dos partidos.

ososilva disse...

Político que está em todas e faz obra. Quem negar mente.

Isabel Magalhães disse...

Caro ososilva;

Assino em baixo. ;)

Anónimo disse...

E o frio que lá faz?
Gigi