UMA REFERÊNCIA
Faleceu José Maria da Ponte e Horta Gavazzo da Fonseca Magalhães da Costa e Silva (Almarjão), mais conhecido, simplesmente, por Almarjão – um nome que era uma referência no mercado livreiro, nos meios bibliófilos e, especialmente, entre os investigadores na área das ciências humanas. A sua Livraria Histórica e Ultramarina, no Bairro Alto, fundada em 1956, incluía-se nos itinerários obrigatórios dos que procuravam, para o desenvolvimento dos seus estudos, desde a rara espécie bibliográfica ao singular manuscrito ou ao simples recorte de jornal ou comezinho folheto. A livraria era um autêntico alfobre de preciosas e diversificadas surpresas documentais.
Mas a alma deste invulgar escrínio era, indubitavelmente, José Maria Almarjão. Intrinsecamente afável e disponível, com o auxílio da sua vasta cultura e memória, excedia o âmbito comercial para se converter num sapiente orientador, facultando não só os elementos que possuía mas também novas e fundamentais pistas.
José Maria Almarjão muito se afeiçoou à nossa região. Ainda jovem veio residir para Carcavelos e tornou-se tão afectiva a sua ligação a esta vila que sobre ela e o seu afamado vinho agrupou uma extraordinária e única colecção de variadíssimos documentos que a Câmara de Cascais, há poucos anos, adquiriu. Também, quando ainda trabalhava com seu pai, o conde de Almarjão, foi por seu intermédio que a Câmara de Oeiras comprou o manuscrito do Memorial Histórico da Vila de Oeiras, a colecção de gravuras de Silva Oeirense sobre os promotores da Revolução de 1820 e, mais recentemente, manuscritos de muito valor histórico.
Quando o Jornal da Costa do Sol, na década de 80, elaborou alguns suplementos sobre a história de cada uma das freguesias do Concelho de Cascais, recorreu ao precioso acervo de José Maria Almarjão. Foi-nos grato, então, registar a sua boa-vontade e disponibilidade e a sua empenhada colaboração.
José Maria Almarjão, já com 88 anos, fez a sua última caminhada para o Cemitério do Alto de S. João, no sábado, dia 8. É um dever recordá-lo.
Jorge Miranda
jorge.o.miranda@gmail.com
Mas a alma deste invulgar escrínio era, indubitavelmente, José Maria Almarjão. Intrinsecamente afável e disponível, com o auxílio da sua vasta cultura e memória, excedia o âmbito comercial para se converter num sapiente orientador, facultando não só os elementos que possuía mas também novas e fundamentais pistas.
José Maria Almarjão muito se afeiçoou à nossa região. Ainda jovem veio residir para Carcavelos e tornou-se tão afectiva a sua ligação a esta vila que sobre ela e o seu afamado vinho agrupou uma extraordinária e única colecção de variadíssimos documentos que a Câmara de Cascais, há poucos anos, adquiriu. Também, quando ainda trabalhava com seu pai, o conde de Almarjão, foi por seu intermédio que a Câmara de Oeiras comprou o manuscrito do Memorial Histórico da Vila de Oeiras, a colecção de gravuras de Silva Oeirense sobre os promotores da Revolução de 1820 e, mais recentemente, manuscritos de muito valor histórico.
Quando o Jornal da Costa do Sol, na década de 80, elaborou alguns suplementos sobre a história de cada uma das freguesias do Concelho de Cascais, recorreu ao precioso acervo de José Maria Almarjão. Foi-nos grato, então, registar a sua boa-vontade e disponibilidade e a sua empenhada colaboração.
José Maria Almarjão, já com 88 anos, fez a sua última caminhada para o Cemitério do Alto de S. João, no sábado, dia 8. É um dever recordá-lo.
Jorge Miranda
jorge.o.miranda@gmail.com
O 'Oeiras Local' agradece ao Autor e ao 'Jornal da Costa do Sol' a cedência do artigo assim como à revista municipal 'Oeiras Actual' a utilização da foto.
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