Estamos a uma semana das eleições europeias. Tem-se discutido de tudo menos a Europa. Mais ainda, temos candidatos que, qual peixeiras, vão debitando pregões porque acham que assim vendem o seu peixe.
Mas será que o seu voto é assim tão importante? Claro que é! Mas não só porque dá um "tachinho" a quem se candidata.
O seu voto rende aos partidos 3,15 euros a multiplicar pelos quatro anos da legislatura dado que a subvenção do Estado é atribuída anualmente. Vota uma vez de 4 em 4 anos mas eles recebem anualmente. Assim, no total terá contribuído com 12,60 euros para os cofres partidários. Pois é, tudo se compra e vende.
Acresce ainda que todos pagamos os ordenados dos ditos, que geralmente são chorudos, o financiamento aos grupos parlamentares, as subvenções especificamente destinadas às campanhas eleitorais que variam segundo as eleições em causa, e os "et caeteras".
Por cada voto recebe-se 1/135 do salário mínimo nacional, no valor fixado para o ano de 2008 (426 euros). Feitas as contas é um acréscimo de 40 cêntimos sobre os 2,75 que receberam nas últimas eleições em 2005. Ou seja, eles sempre conseguem aumentar condignamente os seus proventos.
Este é o custo da democracia, dizem eles, um custo demasiadamente elevado para um país tão pobre como o nosso e com tão poucos recursos, digo eu...
Mas se isto me incomoda no que toca à disparidade de recursos consumidos em detrimento de outras necessidades, o fundamental é que o voto tem consequências.
Exctamente! Portanto, VOTE EM CONSCIÊNCIA.
Vá votar, mesmo que o anule com um risco de alto a baixo de protesto. Tempos houve em que só podiamos votar num partido. Nunca se esqueça!