domingo, 4 de novembro de 2007

Lido no "O JUMENTO"


ATROPELAMENTOS NA CAPITAL


Com quatro atropelamentos diários na capital há motivos suficientes para questionar se a autarquia tem prestado ou está a prestar a devida atenção à segurança rodoviária. Vemos radares a gerar fortunas em multas instalados em vias onde não se registam acidentes, vemos um batalhão de polícias atarefados a bloquear e rebocar carros mal estacionados, mas nunca vi um automobilista ser multado por não respeitar uma passadeira ou por andar em excesso de velocidade numa rua de um qualquer bairro de Lisboa.


A verdade é que para a autarquia da capital o sucesso da prevenção rodoviária é medido pelas receitas das multas arrecadadas.


A partir de amanhã o Jumento passará a contar com uma secção de "coices na CML" para alertar e protestar contra
o que se passa na cidade de Lisboa.

4 comentários:

Hugo Garcia disse...

Concordo completamente,

hoje apanhei transito a caminho do trabalho.

Há pouco descobri que uma senhora de idade com duas crianças de 4 e 6 anos foram atropelados numa zona com imensa visibilidade (recta do aerodromo).

Quem lá passa sabe perfeitamente como se conduz ali.

E continuam-se a preocupar com melhores estradas em vez de se preocuparem com melhores passeios e reduzir as velocidades dos automoveis para tornar mais compativeis com bicicletas, pequenos vaículos, cadeiras de deficientes e peões.

Para a via pública servir a todos, os "todos" têm de andar de forma mais civilizada.

Não é criar multas absurdas nuns locais e permitir o comportamento selvagem nos outros locais.

Isabel Magalhães disse...

Caro Hugo Garcia;

" Para a via pública servir a todos, os "todos" têm de andar de forma mais civilizada. "

Subscrevo.

Aliás, é algo tão simples, que não se percebe como há tantos que não entendem.

Saudações
I.M.

Isabel Magalhães disse...

Infelizmente o desfecho foi trágico; a criança de seis anos acabou por morrer.

Não se assiste indiferente à declaração de um dos bombeiros chamados ao local. A criança foi atropelada duas vezes; pela viatura que primeiro lhe bateu e depois por uma segunda viatura que circulava em sentido inverso. E tudo isto em cima da passadeira dos peões.

Unknown disse...

.

Após alguma reflexão sobre esta temática - trânsito, acidentes, etc. - ficou-me uma interrogação à qual não sei responder. Até porque exigiria funda análise, nomeadamente no plano legal, para além da perspectiva social, psicológica, ética e outras concorrentes.

A questão é a seguinte:
1. Alguém 'tira' a carta numa ESCOLA de condução (que supostamente o ensina a saber conduzir e a ter um comportamento cívico);
2. Este 'alguém' é submetido a um exame rigoroso por um EXAMINADOR supostamente competente para avaliar as capacidades de condução e de comportamento cívico do examinando;
3. Só após estas duas fases é que o 'encartado' pode ir para a estrada 'mostrar' que aprendeu a conduzir e a ter um comportamento cívico;
4. Este condutor tem um comportamento irresponsável, eventualmente traduzido num acidente com sérias consequências;
5. O caso, como habitualmente, vai para tribunal;
6. O condutor é sancionado (se não morreu no acidente...)

7. E aqui reside a minha questão: A responsabilidade é exclusiva do condutor e nada é dito ou feito em relação àqueles que o COLOCARAM na estrada ao volante dum automóvel - ESCOLA e EXAMINADOR.

Estes LAVAM AS MÃOS...

Claro que não proponho que sejam responsabilizados ad aeternum pelo que acontece com os condutores que ensinaram/examinaram. Seria um absurdo - Um progenitor, após o filho atingir a maioridade aos 18 anos, também deixa de ser responsável por ele (excepto em casos específicos); mas até lá aquele é responsabilizado.

Mas acredito que há uma GRANDE dose de responsabilidade destes intervenientes - ESCOLA e EXAMINADOR.
Uns porque, talvez, o que querem é ganhar o dinheiro e o resto, o que acontecer depois, já não é nada comigo... os outros... também...


Isto não é uma resposta a nada. É apenas uma ideia que me ficou a 'bater' na cabeça e que achei por bem deixar aqui para reflexão e debate.

Talvez, quem sabe, se em casos de acidente (seria necessário ver as estatísticas) em que o condutor envolvido tivesse carta há menos dum certo tempo, p. ex. 2 anos, a escola onde 'aprendeu' e o examinador que o 'examinou', fossem também chamados a 'prestar contas'... se conseguisse moralizar um pouco mais...


A bem da segurança na via pública !

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