domingo, 2 de novembro de 2008

Eu não diria melhor !

in Jornal Público de 02-11-2008

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6 comentários:

Oeiras disse...

Como diria o Prince, sign of the times...

Conheço pessoas da minha geração que foram estudar para os Estados Unidos e dizem que o Liceu lá era tão fácil como dar uma voltinha de bicicleta, por isso se calhar nós é que fomos tendo um ensino muito exigente durante muito tempo. Não sei, é só uma ideia...

Penso que cada vez mais temos que tender para educar as nossas crianças com generalidades e depois, as que se interessarem e quiserem continuar a estudar, deverão ser bem "puxadas" entre o 10º ano e o final da faculdade.

Quanto ao ensino obrigatório, não concordo com facilitismos mas penso que se calhar baixar um pouco a fasquia fará com que menos alunos desistam da escola e, em última análise, com que o nosso povo seja efectivamente mais culto daqui a uma ou duas gerações, para que os jornalistas não "confudam milhares com milhões" no futuro.

Anónimo disse...

Foi MILAGRE do 'Bom Jesus de Vilar da Maçada'.

Blog de Castelo de Vide, Vilar da Maçada

Isabel Magalhães disse...

Nos USA os alunos da 'Junior High School' que passam de ano com algumas notas baixas, - abaixo de 'C' que equivale ao 10 - são obrigados a frequentar a chamada 'Summer School' para não chegarem tão 'coxos' ao ano lectivo seguinte.

(Não sei se na 'Senior High School' o processo é idêntico.)

meninaidalina disse...

É sempre de saudar uma análise inteligente de alguém que de forma independente, olha para a realidade portuguesa sem “palas” e a consegue descodificar. Portugal precisa de rigor na educação.... Não precisa de estatísticas manipuladas.

Mais, o abandono escolar dos jovens é um fenómeno multidimensional e portanto não pode ser analisado só por uma única causa, como aqui foi referido.

A educação sempre foi uma bandeira no populismo dos votos, jogando-se com um desejo projectado e inconsciente dos pais de quererem os melhores para os filhos e a educação poder eventualmente ser o meio de lhes dar um futuro melhor.

Mas, o populismo e a democratização do ensino criou problemas associados, que ninguém tem coragem de analisar e tocar.

Hoje, a educação tem um valor relativo e muitos licenciados ou jovens com a educação obrigatória encontram-se num modelo de organização social em que é muito valorizado a competição e o dinheiro. A noção que a sociedade transmite aos jovens nomeadamente no alcançar uma vida melhor, nada tem a ver com competência ou rigor, com ética.
Transmite-se a ideia de facilitismo e que têm direito a..., sem esforço ou mostrar competências. Os jovens acham que nesta sociedade é um direito andarem na escola, mas é um dever do professor passá-los mesmo que nada saibam....
Mas, o nosso primeiro ministro tem um curso de engenharia cujos os exames foram feitos por fax. Percebem?

Clotilde Moreira disse...

"Mas, o nosso primeiro ministro tem um curso de engenharia cujos os exames foram feitos por fax. Percebem?"
Gostei de quase tudo o que diz e da última proponho: no lugar de Magalhães é melhor adquirir um fax.

Clotilde

Anónimo disse...

Pode ser que a ideia pegue e que o «nosso» Primeiro arranje um fax de contrafacção a que chame Vasco da Gama.