PONTOS DE VISTA
Acreditamos que a resolução de alguns problemas de ordem ambiental e de desgaste físico e psíquico que nos afectam, toldando a nossa qualidade de vida, passa pelo incremento do transporte público. A par de melhores condições de serviço dos diversos meios empregues, impõe-se uma redimensionação das vias de comunicação, hoje obsoletas e incapazes de proporcionar uma eficaz drenagem do trânsito. Tudo o que se fizer, sem agarrar o problema de fundo, não ultrapassa a dimensão de panaceia, de remendo. E a questão agrava-se, malgrado as intenções…
Entretanto, o discurso oficial não se cansa de propalar a necessidade de se incrementar a utilização do transporte público. Mas mais nos parece uma oratória de circunstância, vazia, sem calor e força dinamizadora.
Concretamente, não há incentivos que cativem uma mudança de hábitos dos potenciais utilizadores nem uma eficácia que satisfaça aqueles que não têm alternativa.
Os desincentivos são mais que muitos!...
Apenas um caso que chegou ao nosso conhecimento recentemente:
O caminho-de-ferro de Cascais, que é, apesar de tudo, um dos mais regular meios de transporte que serve os concelhos de Cascais e Oeiras, regista insuficiências que dificilmente se entendem. É o caso da estação de Caxias, onde existe uma só bilheteira que encerra à hora do almoço, apesar de, como é óbvio, a circulação de comboios continuar a efectuar-se. Poder-se-á alegar que existe o recurso à máquina de bilhetes – também apenas uma! E quando esta se avaria?... E não se pense que esta situação é remota. Ainda, pelo menos, sem referir vezes anteriores, nas manhãs dos dias 27 de Novembro e de 2 de Dezembro (tão próximo uma da outra!), tal se verificou. Neste último dia, para além do movimento habitual acrescia coincidir com o limite para a necessária renovação do passe e havendo somente o recurso à única bilheteira, a bicha era enorme e várias foram as pessoas que perderam o comboio em que deveriam embarcar!
Também não se entende por que as máquinas fornecem bilhetes de extensão de percurso e as bilheteiras não o podem fazer!
Estas pequenas falhas de funcionamento têm o efeito de desincentivo à utilização do transporte público. Remam contra a maré e revelam o desinteresse e negligência dos responsáveis.
Jorge Miranda
jorge.o.miranda@gmail.com
Acreditamos que a resolução de alguns problemas de ordem ambiental e de desgaste físico e psíquico que nos afectam, toldando a nossa qualidade de vida, passa pelo incremento do transporte público. A par de melhores condições de serviço dos diversos meios empregues, impõe-se uma redimensionação das vias de comunicação, hoje obsoletas e incapazes de proporcionar uma eficaz drenagem do trânsito. Tudo o que se fizer, sem agarrar o problema de fundo, não ultrapassa a dimensão de panaceia, de remendo. E a questão agrava-se, malgrado as intenções…
Entretanto, o discurso oficial não se cansa de propalar a necessidade de se incrementar a utilização do transporte público. Mas mais nos parece uma oratória de circunstância, vazia, sem calor e força dinamizadora.
Concretamente, não há incentivos que cativem uma mudança de hábitos dos potenciais utilizadores nem uma eficácia que satisfaça aqueles que não têm alternativa.
Os desincentivos são mais que muitos!...
Apenas um caso que chegou ao nosso conhecimento recentemente:
O caminho-de-ferro de Cascais, que é, apesar de tudo, um dos mais regular meios de transporte que serve os concelhos de Cascais e Oeiras, regista insuficiências que dificilmente se entendem. É o caso da estação de Caxias, onde existe uma só bilheteira que encerra à hora do almoço, apesar de, como é óbvio, a circulação de comboios continuar a efectuar-se. Poder-se-á alegar que existe o recurso à máquina de bilhetes – também apenas uma! E quando esta se avaria?... E não se pense que esta situação é remota. Ainda, pelo menos, sem referir vezes anteriores, nas manhãs dos dias 27 de Novembro e de 2 de Dezembro (tão próximo uma da outra!), tal se verificou. Neste último dia, para além do movimento habitual acrescia coincidir com o limite para a necessária renovação do passe e havendo somente o recurso à única bilheteira, a bicha era enorme e várias foram as pessoas que perderam o comboio em que deveriam embarcar!
Também não se entende por que as máquinas fornecem bilhetes de extensão de percurso e as bilheteiras não o podem fazer!
Estas pequenas falhas de funcionamento têm o efeito de desincentivo à utilização do transporte público. Remam contra a maré e revelam o desinteresse e negligência dos responsáveis.
Jorge Miranda
jorge.o.miranda@gmail.com
O Oeiras Local agradece ao Autor e ao Jornal Costa do Sol a cedência do artigo assim como à revista municipal Oeiras Actual pelo uso da foto.
3 comentários:
Amigo Jorge Miranda;
Uma bilheteira CP que encerra à hora do almoço (Caxias) só não é cómico porque é trágico...
Não consigo entender porque estão a acabar com as bilheteiras. Ou por outra até entendeo. Seriam mais postos de trabalho, por um lado,(diz o governo que é preciso abrir novos empregos) melhor acompanhamento dos utentes por outro.
Por exemplo: as bilheteiras da carris ficam fechadas nos fins de semana aqui em Algés.
Transportes públicos?! Aqui em Oeiras a mobilidade é um susto.
Clotilde
Tomei a liberdade de enviar este post com o artigo do Dr.Jorge Miranda ao Presidente da JF de Caxias. Pode ser que se interesse pelo assunto.
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