5 – O MASA GANHOU. Os Cidadãos organizados ganharam!
No Jornal da Costa do Sol de 8 de Agosto de 2002 (LUSA) foi publicado um artigo informando que o «Concelho de Oeiras é o município do País com maior número de carros por pessoa, um dado estatístico em consonância com os perto de cem atropelamentos registados no ano de 2001 pela PSP de Oeiras» dando conta do problema das passadeiras, da melhoria do tráfego com a construção de rotundas, os investimentos previstos em parqueamento – cerca de 40 milhões de Euros para criar 7500 lugares enterrados e 2500 de superfície.
O Noticias da Amadora de 10 de Outubro informava que na Assembleia Municipal do dia 14 ia ser debatida a construção do auto-silo de Algés e que “segundo os moradores o silo elimina os cerca de 140 lugares usados actualmente pelo residentes. Mas o pior «é a poluição sonora e atmosférica a que vamos ser submetidos», observa Patrícia Botelho, do MASA.”
Em 12 de Outubro a Comissão fez distribuir um comunicado informando “que em reunião efectuada em 11/10/2002 na CMO, foi-nos comunicado pela Sra. Presidente Teresa Zambujo que, tendo em atenção a vontade expressa pelos residentes, já não será construído o silo automóvel previsto para o Largo Com. Augusto Madureira. Esta informação será publicamente comunicada na sessão da Assembleia Municipal de 14 de Outubro…” E terminava:
“Valeu a pena, assim, o interesse e esforço dos moradores de Algés, que desta forma se constituíram como um exemplo de maturidade e cidadania na participação cívica na vida da sua comunidade”
O assunto ainda foi referido no Local do Jornal Público do dia 14/10 e o Notícias da Amadora de 17/10 com o título “Moradores levam Câmara a travar construção de auto-silo” faz um relato alargado deste assunto até ao desfecho a favor dos moradores.
Venceu o bom senso, a boa organização de um grupo empenhado de cidadãos representativos da vontade de todos.
Tinha havido, entretanto, a participação monetária de 1 morador com Euros 950 e de 55 outros com Euros 50 para ajudar não só as despesas correntes de faxes, levantamento de documentos oficiais, correios, fotocópias e convocatórias, etc, mas também na expectativa da necessidade de contratação de um advogado.
Em 25 de Novembro de 2002 foi-nos devolvido a importância da nossa participação diminuída de 1 Euro. Tinham gasto apenas… apenas Euros 56 neste trabalho todo!
Hoje a área continua muito bem alcatroada, as árvores cresceram e estão frondosas e há muito sítio para estacionar
Para mim, este é um exemplo marcante que vale a pena organizarmo-nos e lutar pelo que consideramos ser qualidade de vida. Isto é CIDADANIA na sua expressão de excelência. Um grande obrigada à Comissão de Residentes do Largo Comandante Augusto Madureira – Algés.