segunda-feira, 31 de março de 2008

A governança de Rosto Humano...

Se, por acaso, lhe pareceu que alguns "monges Tibetanos" eram muito violentos...

Beijing orchestrating Tibet riots
[Chineses a orquestrar/manipular tumultos no Tibete]

SE AINDA NÃO ASSINOU...

Petição a favor da aprovação pela Assembleia da República de uma moção que condene a Violação dos Direitos Humanos e da Liberdade Política e Religiosa no Tibete

Fundação Marquês de Pombal



Galeria de Arte Fundação Marquês de Pombal
Dia 5 de Abril de 2008 pelas 18:00 horas
Palácio dos Aciprestes, Av. Tomás Ribeiro, 18 - Linda-a-Velha
Telefone 21 415 8160

Simão César DÓRDIO GOMES - 1890/1976
gadanheiro - ceifeiro

Com os meus agradecimentos a

Barcarena

www.adade.pt


Associação de Pais pinta instalações da escola

A Associação de Pais, efectua as pinturas necessárias à conservação das instalações da velha escola de Barcarena. Foi o executivo da Junta de Freguesia de Barcarena que ofereceu as tintas, mas tiveram de ser os pais e efectuar as pinturas de manutenção do espaço onde funciona o ATL da escola EB1 Manuel Vaz de Barcarena, uma velha escola com mais de 75 anos de actividade educativa.

domingo, 30 de março de 2008

A PRAGA DOS CONDOMÍNIOS

A propósito do artigo intitulado "Sinto-me inseguro" de Mário Crespo, postado por Isabel Magalhães (ver), nomeadamente quando diz... "Quando vejo as cidades portuguesas encherem-se de condomínios fechados, sinto-me inseguro." Gostava de ser optimista e não pensar que esta moda é passageira e não fruto de tempos difíceis em matéria de sentimentos e situações de insegurança experienciadas.

"Condomínios fechados são um tipo de organização habitacional em que diversos prédios e casas numa vizinhança cercam e fecham, sob sistema de vigilância, o terreno à sua volta.
A construção de condomínios fechados é prática comum em subúrbios, cidades de veraneio e áreas de aberrações urbanísticas como a Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro."



Também as cidades romanas foram reforçadas com muralhas quando o Império começou a sentir-se ameaçado pelas invasões de outros povos. A cidade reduz progressivamente a sua área, a urbe é substituída pelas "vilae", depois pelo burgo, a caminho dos castelos e das cidades fortificadas da Idade Média (época por excelência de insegurança).

Uma cintura de muralhas rodeava completamente a povoação a que os romanos chamaram Barcino (actual Barcelona); tinham nove metros de altura e 3,5 de largura e um comprimento de 1270 metros.

(ver)

A cidade de Conímbriga, cujas ruínas podemos observar em baixo, é fundada cerca de 138 aC e só cerca de 260 dC, com o início das primeiras invasões, é construída a muralha.
Um exemplo de "condomínio étnico" (!)

A DUQUESA VERMELHA E PORTUGAL

Mapa de Andaluzia (para vêr mais clique aqui)

Em 1641, ocorreu na Andalucía uma conspiração nobiliárquica contra o reinado de Felipe IV.
Nem sempre temos presente que a nossa independência ocorre num momento em que outras partes da Espanha Filipina procuram alcançar a sua própria autonomia e independência. Ou seja, não será fácil compreender 1640, sem relevar a aliança entre as Casas de Bragança e Medina Sidónia, pelo casamento do Duque de Bragança, D. João, com D. Luisa de Gusmán (irmã do Duque de Medina Sidónia) e a conspiração que ocorre após a aclamação D. João IV. Do mesmo modo as revoltas na Catalunha e possessões italianas, as guerra com a Holanda, França e Inglaterra, acabariam por desviar o esforço bélico e fazer pender para outro lado o reforço das opções hegemónicas de Madrid.

Actual bandeira do país andaluz (ver) . Eram estas as cores dos revoltosos à época de 1641

Vem esta nota a propósito do recente passamento (07.03.2008) de D. Luisa Isabel Álvarez de Toledo, Duquesa de Medina Sidónia, Grande de Espanha, lutadora contra o franquismo, defensora das causas populares e ambientais, escritora e historiadora, foi também organizadora de um dos mais importantes arquivos europeus. À perseguição da ditadura e ao seu carácter insubmisso se ficou a dever o epíteto de "Duquesa Vermelha". Polémica em vida ainda o será na hora e depois da sua morte.



Ver aqui um post interessante

Perguntarão alguns, o que tem este assunto a ver com Oeiras. Só indirectamente, admito. Sabemos que esta senhora viveu e privou com a família real espanhola no Estoril, aqui perto.
Se por um lado recordamos a sua pessoa e o contributo voluntário ou involuntário dos seus ancestros para a afirmação da nossa "autonomia", também, por outro, reavivamos a nossa memória relativa ao contributo do nosso Concelho para a causa da independência. Porque falamos da Restauração, não podemos esquecer o papel do sistema de defesa costeira, reforçado ou melhorado, ao longo da margem ribeirinha, de que realçamos a Fortaleza de S. Julião da Barra, "A Chave do Reino".
Como vemos, o mundo é pequeno e a História é uma trama que envolve, quantas vezes, tudo e todos...

Foto do autor do post obtido no decurso de um passeio organizado pela Associação Cultural de Oeiras Espaço e Memória

JUSTIÇA, DEMOCRACIA E CIDADANIA


Jornal Público 17 de Março de 2008

Sinto-me inseguro

8:00 Segunda-feira, 17 de Mar de 2008

QUANDO UM ACONTECIMENTO desportivo em tempo de paz mobiliza mais meios de segurança que a defesa do perímetro de Cabora Bassa na guerra colonial, sinto-me inseguro.

Quando vejo a tolerância dos clubes de futebol pelos seus grupos organizados de agitadores, sinto-me inseguro.

Quando um colega meu é atacado por um bando de marginais de cara tapada à entrada do meu local de trabalho, sinto-me inseguro.

Quando a principal artéria da capital de Portugal é encerrada para deixar passar hordas fanatizadas de claques de futebol que marcham entoando cânticos javardos, sinto-me inseguro.

Quando vou na rua e em vez de um polícia vejo um tipo com uma camisola e um capuz sinto-me inseguro.

Quando tenho de meter combustível a meio da noite e sou forçado a romper uma barreira de cabeças rapadas e embuçados que se acotovelam frente a um caixa sitiado atrás de grades, sinto-me inseguro.

Quando tenho que esgrimir o direito de arrumar o meu carro com gente esquisita que embrulha um instrumento afiado num jornal e me tenta guiar para onde não quero ir, sinto-me inseguro.

Quando tenho que pagar ao parquímetro e ao drogado, sinto-me inseguro. Quando ando na rua e vejo um grupo a injectar-se indiferente a quem passa, sinto-me inseguro.

Quando o meu governo me diz que não há cura para os vícios das drogas, sinto-me inseguro.

Quando o organismo do Estado encarregado do combate à droga se chama Instituto da Droga, sinto-me inseguro.

Quando na página deste organismo dedicada aos jovens leio nas perguntas e respostas "P: É possível acabar com a droga? R: Talvez não", sinto-me inseguro.

Quando se mata a tiro à porta de casa, na rua e nos parques de estacionamento, sinto-me inseguro.

Quando mensagens tribais de morte, ameaça e injúria aparecem da noite para o dia pintadas nos muros da minha terra, sinto-me inseguro.

Quando vejo as cidades portuguesas encherem-se de condomínios fechados, sinto-me inseguro.

Quando vejo as empresas de segurança privadas a cumprir funções de que a ordem pública abdicou, sinto-me inseguro.

Quando não conheço ninguém que não tenha na família uma história de assalto, de roubo, de brutalidade no trato quotidiano, sinto-me inseguro.

Quando oiço o responsável pelo Gabinete Coordenador de Segurança do governo dizer que as estatísticas mostram que as coisas estão muito melhores, aí, sinto-me mesmo muito inseguro.

Deixámos de ver no que nos estamos a tornar.

Mário Crespo


[Enviado pela Leitora M.A.R.]

Deus dá a roupa conforme o frio?


sábado, 29 de março de 2008

LAVEIRAS - ESPAÇOS E MEMÓRIAS

Vista parcial de casa térrea, com portal de entrada para pátio interior



Casa de dois pisos, com portal de entrada e acesso ao pátio interior de onde se vislumbra uma escada exterior que conduz ao piso superior.
As casas em cima são representativas da arquitectura popular (saloia) e estão situadas nas imediações do Largo Conde de Rio Maior, no Centro Histórico do Lugar de Laveiras, Freguesia de Caxias. A existência de pátios e portais traduz uma expressão típica desta arquitectura e aponta para o estatuto social e económico do proprietário.
Dizem-nos os especialistas João Pedro Cabral e Guilherme Cardoso em Actas do VI Encontro de História Local do Concelho de Oeiras, já aqui mencionados, que "...o pátio constitui o centro do quotidiano da casa onde decorrem as actividades rotineiras e resguarda a intimidade do proprietário, garantindo-lhe a sua segurança." Mais adiante, dizem-nos estes conhecedores que "...a arquitectura popular é também a simbiose com a natureza, encontrando soluções para o seu enquadramento, conferindo ao espaço do aglomerado características singulares."
Que falta nos faz hoje esta perspectiva da arquitectura, diria eu!

COERÊNCIA OU FALTA DELA


[Clique na imagem para aumentar]

ELEIÇÕES NA SCMO

.
Venceu a LISTA E


PARABÉNS à lista vencedora e à
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE OEIRAS

quinta-feira, 27 de março de 2008

LISBOA - Livro de Bordo


Praça de D. Pedro IV - 1944
CARLOS BOTELHO


“Que fazemos nós, Lisboa, os dois aqui
Na terra em que nascemos e eu nasci”

Perguntava Alexandre O’Neill, de ombro na ombreira, a olhar o Imperador Maximiliano do México que está na estátua do Rossio a fingir que é o Dom Pedro IV de Portugal.
Hoje da Igreja de Arroios já não voam anjos sobre os bêbados, mas há mistérios que continuam a animar a cidade e o Dom Pedro do Rossio é um deles. Verdade ou mentira, ainda se está para saber porque razão é que o escultor francês encarregado de figurar o nosso rei em bronze de primeiríssima não esteve com mais aquelas e despachou para Portugal um Maximiliano qualquer que tinha lá para um canto do atelier.
Enigmas destes comprometem a paisagem e, muito sinceramente, não só caem mal nas pessoas de sentimentos como são difíceis de desculpar à luz da inteligência. Os eruditos, então, ainda hoje perdem o sono com este parágrafo da nossa História e quando passam pela estátua do falso rei baixam os olhos num silêncio de pudor que só lhes fica bem.
O lisboeta corrente é que não se deixa embrulhar em desmandos desta espécie, o lisboeta corrente tem cá uns traquejos e um deixa-andar que lhe permitem dar a volta aos azares de estremeção e às complicações mais solenes. Se levanta a cabeça e vê o imperador transviado a escorrer verdete lá do alto, até é capaz de achar graça. Dom Pedro? Dom Maximiliano? Que se lixe, seja o Dom Pedro, porque não? Assim como assim, o país fica na mesma e o Rossio ainda ganha mais um caso para entreter.
O’Neill reagiria tal e qual, estou mesmo a vê-lo, um riso pronto, um bocejar, e ia à vida porque de monumentos errados e escultores de mão canhestra está a nossa capital a transbordar (...)

José Cardoso Pires

Reestruturação do Combus


Jornal da Região - OEIRAS, 25 a 31 Março 08

O FIM DA FUNDIÇÃO

Jornal da Região - OEIRAS, 25 a 31 Março 08

O FIM DA FUNDIÇÃO - Jornal da Região /OEIRAS

Há uns que dizem que sim,
Há outros que dizem que não,
Mas eu… Ou vai ou racha
Fica Lisboa no meio do chão!


Sabem quando e onde isto foi dito, sabem a propósito de quê???

Bem a Fundição vai abaixo porque há muita falta de casas no Concelho de Oeiras e porque vamos concorrer ao recorde da betão “per” metro quadrado. Gostava de saber quantas casas estão vazias – novas acabadas de construir, velhas em bom estado e velhas em maus estado. Será que o n/ Município sabe? E o parque escritório: quanto está vazio. E.. já agora: quantos alvarás, projectos, parcerias publico/privadas … etc… estão a ser trabalhadas avidamente para depois, se alguém reclamar, dizerem que tinha potencial para ser construído no hipotético valor de X milhões, que são direitos!!!! Adquiridos e devidamente autorizados.



É o meu contributo para a dor do fim da Fundição que foi a alegria de tantos trabalhadores.

Clotilde Moreira, Algés

quarta-feira, 26 de março de 2008


Novos cartoons do Workshop da Ar.Co,
dirigido por Nuno Saraiva
Tibete © Vasco Martins
.

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE OEIRAS

Lista E

ASSOCIATIVISMO - UMA RIQUEZA A ESTIMULAR

Na sequência do excelente artigo de Jaime Casimiro sobre a Academia Recreativa de Linda-a-Velha, deixo-vos aqui uma, também, excelente reflexão (e apelo) do Dr. Jorge Miranda em favor do associativismo, em geral, e da Sociedade de Educação e Recreio "Os Amigos de Leceia", em particular.
"PONTOS DE VISTA



ASSOCIATIVISMO


A vida está difícil. Tais são as contrariedades que a decantada esperança, atávica do Português, vai fenecendo. Não se vislumbra solução para os problemas que ensombram o nosso quotidiano. E preocupados com a sobrevivência, com a incógnita do dia seguinte, andamos ensimesmados e cada vez mais fechados sobre nós próprios. A falta de um horizonte claro desmobiliza-nos, retira-nos ânimo, retrai-nos. E a actividade emperra ou abranda, por falta de estímulo e à-vontade. O tradicional trabalho comunitário, em obediência a naturais impulsos gregários, tão importante para a organização do lazer e da solidariedade, na base do voluntariado, consequentemente também estiola. Será, com certeza, neste cenário, que se poderá enquadrar a crise que atravessa o associativismo.
Entre as colectividades que tropeçam no desânimo e atravessam dificuldades que põem em risco a sua estabilidade e sobrevivência, encontra-se a prestigiada Sociedade de Educação e Recreio “Os Unidos de Leceia”, segundo lemos em A Voz de Tercena, na sua edição do dia 14.
Na sua assembleia geral, realizada a 22 de Fevereiro, destinada a discutir o relatório e contas relativos ao exercício de 2007 e eleger os novos corpos sociais, não teve êxito o que se refere ao segundo ponto: nem uma única lista foi apresentada! E assim a colectividade continuará a ser gerida por uma comissão administrativa até à assembleia que, desde logo, ficou marcada para o próximo dia 28 deste mês. Se nesta reunião magna não surgir uma só lista salvadora, a colectividade, conforme regista aquele nosso colega, “fica em risco de atingir o seu abismo”.
“Os Unidos de Leceia” foi fundada a 27 de Abril de 1949 e dispõe de um amplo pavilhão multiusos onde se desenvolve intensa actividade desportiva e recreativa. Preenche um espaço de conviviabilidade multicultural deveras importante e significativo que não pode ser desprezado. O seu eventual desaparecimento eliminaria uma ponte indispensável ao diálogo e equilíbrio social.
Não gostaríamos que fosse esta a realidade que tolda o associativismo. É, sem dúvida, mais um sintoma dos maus tempos que decorrem. Será que veremos ainda a luz ao fundo do túnel?... Desejávamo-lo muito!
Jorge Miranda
(jorge.o.miranda@gmail.com) "
Com os agradecimentos ao Jornal da Costa do Sol, de Março de 2008
EDUARDA GODINHO
PROVEDORA DA
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE OEIRAS


Jornal de Oeiras, 25 de Março de 2008

CRISE ORÇAMENTAL



Oposição não entende optimismo de Sócrates


A oposição considera que o Governo não tem razões para festejar, com o PSD, CDS, PCP e BE a não entenderem o optimismo de José Sócrates para afirmar que está ultrapassada a crise orçamental e que a economia portuguesa está agora «blindada» a uma recessão.


( 23:15 / 25 de Março 08 )


A oposição não entende para quem é que está ultrapassada a crise orçamental. PSD, CDS, PCP e BE comentam, assim, a afirmação do primeiro-ministro.


Numa declaração durante a tarde desta terça-feira, José Sócrates disse acreditar que o Governo conseguiu mesmo «blindar» a economia nacional a um cenário de recessão.


Uma confiança de José Sócrates que não encontra eco na leitura do PSD, com Patinha Antão a afirmar à TSF que não tem dúvidas de que para os reformados e desempregados, a crise continua «bem patente».


Também o CDS/PP tem dúvidas sobre o optimismo do do primeiro ministro. Diogo Feyo diz que «de parabéns estão apenas os portugueses que cumprem com os impostos».


Ouvido igualmente pela TSF, Francisco Louçã lembra os números do desemprego para contrariar as declarações de José Sócrates.


Do lado do PCP, Vasco Cardoso diz igualmente não ver motivos para «festejar».

TSF online

RIBEIRAS E CHEIAS


Jornal Público de 25 de Março de 2008

terça-feira, 25 de março de 2008

UMA QUESTÃO DE FEL

A quem diz que vai impõe-se contar o que viu. As imagens estão ainda na televisão e nos jornais e os comentadores já opinaram. Um ressuscita Alberoni para explicar a manifestação como um estado amoroso com zénite e nadir, ou alfa e ómega, ou princípio e fim. A ver vamos. Outro continua a libertar a verbosidade azeda com largos traços conclusivos, aparentemente tão clarividentes que destroem à nascença qualquer reflexão sobre o verdadeiro problema. Isto para falar apenas de dois daqueles que têm público garantido nos jornais e nas televisões.
A minha visão da manifestação é, como sabem, parcelar e instável, mas duas circunstâncias factuais são inegáveis: a onda de manifestantes professores que desaguou no Terreiro e o céu cinzento ameaçando chuva.
Se esta segunda circunstância parece irrelevante, embora a tópica romântica lhe atribua valor suficiente para explicar uma atmosfera de inquietação, a primeira deverá ser sem dúvida objecto de análise desapaixonada, apesar de estar em causa um objecto de muitas paixões. Não cabe aqui essa análise que vai sendo esgrimida nas televisões por aquela que diz estar aberta ao diálogo e todos aqueles que por direito ou por interesse assinam opiniões. No entanto, parece razoável entender que é preciso parar para pensar, apesar da inflexibilidade do gesto de quem diz estar aberto ao diálogo. Que vai continuar a trabalhar, acredito. Os que desceram ao Terreiro continuarão também, certos de que estar aberto ao diálogo é um chavão para português ver.
Amanhã todos eles regressarão ao horário oficial de trabalho. A realidade das escolas públicas exige-lhes a frieza de raciocínio e a estratégia dos afectos que as universidades não ensinaram mas que as vivências impuseram. O grito “ao terreiro” foi o exercício de um direito que é de todos, a manifestação foi bonita, e uma dúvida pairou no ar: com quem dialoga a que diz estar aberta ao diálogo?

ÁGUA VIVA


MARCAS DO TEMPO - Crónica de Alexandre Gonçalves


Agradecemos ao Jornal de Oeiras, 25 de Março de 2008 e ao seu Director

ELUCIDÁRIO DE ALGUMA OEIRAS - Jaime Casimiro


























Agradecemos ao Jornal de Oeiras, 25 de Março de 2008 e ao Autor

Fundação Marquês de Pombal - Abril



Programação Abril

Exposição
Exposição Colectiva de Fotografia e Pintura
De Sofia Rebelo de Sousa e Sérgio Correia
De 5 a 24 de Abril
Segunda à sexta das 15.00h às 18.00h
Sábados das 15.00h às 18.00h
Inauguração: dia 5, sábado pelas 18.00h
Galeria de Arte Fundação Marquês de Pombal
Palácio dos Aciprestes


Concerto
12 de Abril às 16.00h
Escola de Música de Linda-a-Velha
Palácio dos Aciprestes


Lançamento do Livro
12 de Abril às 18.30h
Lançamento do Livro “Diálogo com o Ser”
De Graça Patrão


Recital
19 de Abril às 17.00h
Escola de Musica de Linda-a-Velha
Palácio dos Aciprestes


Concerto
20 de Abril às 17.00h
Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras
Palácio dos Aciprestes


Fundação Marquês de Pombal
Instituição de Utilidade Pública
Palácio dos Aciprestes
Av Tomás Ribeiro, 18
2795-183 Linda-a-Velha
email:
fmpombal@mail.telepac.pt
http://www.fmarquesdepombal.pt/

Pinto Monteiro pede autoridade para os professores

Violência escolar 2008-03-25 00:05

O Procurador-Geral da República está contra violência e o “sentimento de impunidade” nas escolas.
O mais recente caso de violência escolar, em que uma aluna da escola Carolina Michaelis no Porto agrediu uma professora por causa de um telemóvel, leva o Procurador-Geral da República (PGR) a retirar uma conclusão: “Impõe-se que seja reforçada a autoridade dos professores e que os órgãos directivos das escolas sejam obrigados a participar os ilícitos ocorridos no interior das mesmas”. O que, “até agora, raras vezes, tem acontecido”, diz Fernando Pinto Monteiro.O responsável máximo pela investigação criminal em Portugal, em declarações ao Diário Económico, garante que “nalgumas escolas formam-se pequenos ‘gangs’ que depois transitam para ‘gangs’ de bairro, armados e perigosos”. Pinto Monteiro considera que a violência escolar funciona, em alguns casos, como uma espécie de “embrião” para níveis mais graves de criminalidade. Ao contrário do Governo que insiste em desvalorizar o mediático caso da aluna do Porto filmada por colegas enquanto agredia a sua professora de francês, Pinto Monteiro considera que a violência nas escolas “existe e tem contornos preocupantes”. Esta não é a primeira vez que o Procurador-Geral da República se pronuncia sobre a violência nas escolas. »»»
DiárioEconómico.com

Palácio dos Arcos: que futuro?


(Imagem retirada do desdobrável concebido por mim no meu mandato, por ocasião dos 75 anos da Freguesia de Paço de Arcos, e editado pela CMO)


Caros leitores, tal como me comprometi em recente comentário aqui deixado, decidi abordar de novo este tema já referido no "OL" no meu próprio blog: o "Pinhanços dixit...".
Fi-lo, porque entendi não dever trazer ao "OL" qualquer "carga" político-partidária que, inevitavelmente, a minha opinião pessoal implicaria... e implicou.

É uma abordagem distinta e baseada no conhecimento pessoal que tenho sobre o assunto que, se bem prevejo, ainda "fará correr muita tinta"...

Se entenderem, podem ler AQUI o post que titulei: "Palácio dos Arcos: que futuro?".
E, claro, deixar os vossos comentários ou ainda votar na sondagem que irei disponibilizar.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Apenas para reflexão


e-mail de uma professora
De : T. S.
Alemanha
Data: 26.02.08

Caríssimos colegas;

Antes de mais, os meus mais sinceros parabéns pela organizacão do vosso movimento. Já há bastante tempo que temia ver os professores em Portugal e os professores portugueses no estrangeiro perto de cair num marasmo inoperacional relativamente às prepotências, injustiças, ilegalidades, indecências, etc, etc, etc, do nosso Ministério da Educação. Estou satisfeitíssima por ver que tal não é verdade, pelo menos no que respeita aos docentes em Portugal.
Os professores portugueses no estrangeiro encontram-se, a meu ver, ainda num estado de inacção que me custa compreender, apesar de desde 1998 terem sido penalizados de todos os modos possíveis pelo ME, a título de uma falaciosa e irreal "poupança".
Sou, desde 1982, professora de Língua e Cultura Portuguesas no Estrangeiro, e pertenço ao QND da Escola B XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Conheço bem os sistemas de ensino da Alemanha e da Suíça, os dois países em que trabalhei longos anos. Por isso, envio-vos aqui várias informações sobre os docentes e o ensino nos dois países, informações estas que poderão usar do modo que vos for mais útil, e onde poderão ver que os professores mais explorados da Europa, são, sem sombra de dúvida, os docentes portugueses.

Alemanha

Avaliação dos docentes:

Têm, de 6 em 6 anos, uma aula ( 45 minutos) assistida pelo chefe da Direcção escolar. Essa assistência tem como objectivo a subida de escalão. Depois de atingido o topo da carreira, acabaram-se as assistências e não existe mais nenhuma avaliação. Não existe nada semelhante ao nosso professor titular. Sempre gostava de saber onde foi o ME buscar tal ideia. Existem, claro, quadros de escola. Não existe diferença entre horas lectivas e não lectivas. Os horários completos variam entre 25 e 28 horas semanais. As reuniões para efeito de avaliação dos alunos têm lugar durante o tempo de funcionamento escolar normal, nunca durante o período de férias. Sempre achei um pouco preverso os meninos irem de férias e os professores ficarem a fazer reuniões… Tanto na Alemanha como na Suíça, França e Luxemburgo, durante os períodos de férias as escolas encontram-se encerradas! Encerradas para todos, alunos, pais, professores e pessoal de Secretaria! Os alunos e os professores têm exactamente o mesmo tempo de férias. Não existe essa dicotomia idiota entre interrupções lectivas, férias, etc. As escolas não são centros de recreio nem servem para "guardar" os alunos enquanto os pais estão a trabalhar. Nas escolas de Ensino Primário as aulas vão das 8.00 às 13 ou 14 horas.Nos outros níveis começam às 8 .00 ou 8.30 e terminam às 16.00 ou, a partir do 10° ano,às 17.00. Total de dias de férias por ano lectivo : cerca de 80 ( pode haver ligeiras diferenças de estado para estado)

Alunos

Claro que existem problemas de disciplina. Mas é inaudito os alunos , ou os pais dos mesmos, agredirem os professores. A agressão física de um professor por um aluno pode levar à expulsão do último. Os trabalhos de casa existem e são para serem feitos. Absolutamente inconcebível que um encarregado de educação declare que o seu filho/filha não tem nada que fazer trabalhos de casa, como acontece, ao que sei, em Portugal. É terminantemente proibido os alunos terem os telemóveis ligados e utilizarem-nos durante as aulas. As penas para tal são primeiro aviso aos pais, depois confiscação do telemóvel e por fim multa.

Suíça

Tal como na Alemanha, os professores só são assistidos durante o período de formação e para subida de escalão. Durante os períodos de férias as escolas encontram-se, como na Alemanha, encerradas. Os horários escolares são semelhantes aos da Alemanha. Até ao 4° ano de escolaridade, inclusive, não há aulas de tarde às quartas-feiras, terminam cerca das 11.30. No início das aulas os alunos cumprimentam o professor apertando-lhe a mão e despedem-se do mesmo modo. Claro que não há 28 ou 30 alunos numa classe, mas no máximo 22. O telemóvel tem de estar desligado durante as aulas.É dada grande importância aos trabalhos de casa. A não apresentação dos mesmos implica descida de nota final. Total de dias de férias : cerca de 72 ( pode haver diferenças de cantão para cantão).

Vencimentos

Só uma pequena comparação … na Suíça um professor do pré-primário no topo da carreira recebe 5.200 francos mensais líquidos, ( cerca de 3.400 euros) mais ou menos o dobro do que vence um professor em Portugal no topo da carreira…..

Caras / Caros colegas:

Espero não ter abusado da vossa paciência com a minha exposição. Porém, acho que ficou claro que, se o ensino em Portugal se encontra em péssimo estado, a culpa não é dos professores, mas sim de um ME vendido aos empresários, que tem como objective actual a quase extinção da escola pública, para que a mesma produza analfabetos funcionais, que trabalharão sem caixa médica e sem subsídio de férias , porque nem sabem o que isso é, e se souberem, não poderão reclamar porque não saberão escrever uma carta em termos…. Isto para não mencionar as massas que se entregarão à criminalidade, prostituição, etc.


Um grande abraço para todas /todos da colega

T. S.

Para os apreciadores de café

Preparar o café com natas é uma ARTE

O que se pode fazer com café, natas, leite e imaginação...









"Algumas perguntas são excessivas"

O que o Fisco quer saber sobre casamentos

SPORTING CLUBE LINDA-A-VELHA


mandamento muito improvável...


HOTEL NO TERREIRO DO PAÇO

Fala-se na carta à Tribuna do cidadão, do Jornal Público de 23 de Março de 2008, de..." uma estrutura hoteleira de qualidade". Será mais um hotel de charme?



sábado, 22 de março de 2008

BOA PÁSCOA

"Cristo ressuscitou!", ... "Em verdade ressuscitou!".
Saudação e resposta de Domingo de Páscoa, na Tradição Oriental, ainda hoje comum em países onde as Igrejas cristãs autocéfalas se regem pelo rito ortodoxo (bizantino)
Cristo Pantocrator "Rei de Todos Nós"
Mosteiro de Santa Catarina do Monte Sinai
Constantinopla (Império Bizantino) meados do Século VI
Pintado sobre madeira 84X45,5 cm X 33,1X19,4

Com os agradecimentos a Museu Bizantino


no dia da água

O SIMBOLISMO DA ÁGUA
Fonte e Origem

A cultura humana, desde longínquos tempos pré-históricos, caracteriza-se não só por um recurso crescente a utensílios e técnicas, mas sobretudo pelo desenvolvimento simultâneo da linguagem e do pensamento simbólico. As pinturas, gravuras e esculturas paleolíticas, assim como diversos rituais funerários, apontam para uma capacidade de simbolização mágico-religiosa, inserida, plausivelmente, num sistema complexo de mitos e ritos. Essa mundivivência espiritual do homem arcaico ficou soterrada, porém, no silêncio de milénios passados, e hoje apenas nos restam conjecturas sobre o significado de escassos vestígios. Embora possamos ver na arte rupestre indícios de uma espécie de proto-escrita, só a plena manifestação civilizacional dos tempos históricos deixou um legado de documentos que lançam alguma luz sobre o mundo simbólico e mitológico dos povos ancestrais. É no universo das mais antigas narrativas mítico-religiosas que se encontram os primeiros indícios de um simbolismo aquático, profundamente enraizado no espírito humano e sob as suas três facetas mais evidentes: a água é matéria da criação e fonte de vida, substância que preserva e purifica, agente destruidor e regenerador.

in o livro da água



Isabel Magalhães, 'O Lago de Monet', 2000, 92 x 73 cm, acrílico s/tela

INGENUIDADE OU EXALTAÇÃO DA PRIMAVERA



















Há já bastante tempo que, nas minhas deambulações diárias, tenho o hábito de parar para admirar o labor de um vizinho jardineiro e observar o desabrochar de plantas e flores ao longo dos ciclos da Natureza. Trata-se de um trabalho de jardinagem, solitário, feito com sabedoria, alguma dose de ingenuidade ou provocação (direi eu) e estritamente voluntário sem quaisquer custos para o erário da CMO. Afinal, ainda há quem puxe pelo sacho.

Nesta Primavera...num tempo que, pela nossa soberba, julgamos poder tripudear o devir harmónico da intervenção humana na paisagem (construída ou natural), reflictamos...

BOA PÁSCOA A TODOS


PS: Cá para mim aquela figura de barro, saloio certamente, podia bem simbolizar o pobre do contribuinte de hoje ou o intemporal Zé Povinho, prestes a fazer um manguito.