sábado, 28 de junho de 2008

A construção civil como motor da economia é um erro trágico


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Enviado por Clotilde Moreira / Algés

1 comentário:

Anónimo disse...

Durante 50 anos, a economia portuguesa este quase que exclusivamente assente em 3 aspectos:

- especulação imobiliária,
- endividamento das famílias à banca, por crédito à habitação durante mais de 25 a 30 ou 50 anos,
- concentração de urbes, e massas humanas, para exploração através de serviços e comércio,

Quem ganhou com esta política de loucos, foram a corrupção nas autarquia, os bancos que crescem em lucros, com a miséria do povo, e os bimbos (provincianos ingénuos…) manipulados e explorados pelos buçais construtores civis, apoiantes do regime e políticos.

Criaram o CAOS urbano e social em Portugal.
Em 45 anos apenas, concentraram 1/3 da população numa só região, desviaram 87% da população para viver (vegetar…) no litoral e desertificaram o resto do país.
Tudo isto com consequências ao nível da ecologia social e urbana, que resultam naquilo que hoje se vê (miséria e crimes), acicataram outras formas de colonialismo contra os povos africanos, mas a inovação é a de que eles (africanos …) agora vivem na Europa (importaram os colonizados…).

Deixou de se dar prioridade e de investir na educação (com formação mas com qualificação e competências …), depois do 25 de Abril de 1974 deixou-se perder toda a industria (e agricultura também…) da que Portugal dispunha e poderia ter evoluído, da metalomecânica à naval, da electromecânica à electrónica, das telecomunicações (tudo passou a ser importado, quando antes se fazia, com os meios e técnicas de então).

O importante é a bola, alimentar o sucesso pessoal (incluindo a corrupção…e classes com privilégios …), ver e consumir, muitas telenovelas, adormecendo o povo, para lhe dar uma falsa ilusão de sucesso social, ou ainda: plantando uma árvore, ao lado daquela que em 1971 existia num bairro, algures em Oeiras (depois de ter destruído tudo o resto…da reserva agrícola e ecológica…através de PDM’s modificados a toda a hora ou mal adaptados a modelos ecológicos e urbanos coerentes).

Com tudo isto, colocaram Portugal e o futuro dos portugueses, na cauda dos restantes países da União Europeia. Com um atraso estrutural de mais de 75 anos.

Gerações e gerações de portugueses nasceram e viveram nos últimos 75 a 100 anos, na pura miséria, trabalhando como escravos, sem os mínimos direitos humanos, nem ao pluralismo, nem ao direito à saúde e ao trabalho digno, incluindo a formação e qualificação ao longo da vida.

Jovens trabalham hoje, em empregos precários, durante 6 a 8 horas, sem um intervalo para uma refeição (almoço …), e mulheres proibidas até durante o período menstrual, de poderem ao longo de 4 ou 6 horas ininterruptas de um turno, cuidar da sua higiene, a isto à quem chamam «progresso», é maldade ou pura demagogia, paga pelo sistema ou pelo regime…

Joaquim Sena