quarta-feira, 25 de junho de 2008

Fundição de Oeiras


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Jornal de Oeiras, Nº 210, de 24 de Junho / 2008

13 comentários:

Unknown disse...

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Muito aqui se falou do destino da Fundição de Oeiras, o maior, mais imponente, mais importante, e dos poucos que restam, vestígio da história da Oeiras Industrial.

Apesar da notícia dar conta de que o edifício administrativo vai ser poupado, mantêm-se os nossos receios, que a notícia não clarifica, sobre o destino de outros elementos arquitectónicos e decorativos daquele complexo industrial.

Referimos, p.ex., o enorme alto-relevo comemorativo do pátio de entrada, o grande painel figurado no mesmo pátio e toda a azulejaria presente naquela zona. O que lhes vai acontecer ?

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Jorge Pinheiro disse...

Para além dessas legítimas preocupações, outras há de contexto urbanístico e cultural. Duas torres de 25 andares e n prédios de enorme volumetria tudo a despejar mais gente para a estação e mais carros para a Marginal. Há aspectos positivos: o arranjo da largo da estação, com remoção de bomba de gasolina e o prometido estacionamento no antigo picadeiro. A consulta pública está para breve. Derradeira hipótese de se colocarem essas questões.

Unknown disse...

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Caro expressodalinha,

"... tudo a despejar mais gente para a estação e mais carros para a Marginal..."

É correcto. Só esqueceu a auto-estrada e a respectiva variante de acesso à portagem de Carcavelos - que liga também à Marginal - e os acessos à portagem de Oeiras.
Tenho a convicção que estas vias também vão passar a ser 'entupidas'. Mais ainda, não podemos esquecer o trânsito local nas vias que servem os pólos empresariais, como o Lagoas ou o Tagus.

A habitação prevista no projecto não vai ser económica.
Muita dela vai ser de condomínios de luxo, logo direccionada para uma franja social com poder de compra, quadros de empresa, com 'bons' empregos e que não anda de comboio ou de camioneta (até porque estes transportes 'cheiram a povo'...)

Sobre a remoção da estação de serviço do Largo Henrique de Paiva Couceiro, estamos de acordo.
Já várias vezes aqui defendi essa ideia, até por razões de segurança.
A dita, além da estação e alguns prédios a curta distância, tem num destes, talvez a uns 30 metros de distância uma escola com infantário, a Princesa Isabel.
Um acidente ali poderia tornar-se uma tragédia de proporções incalculáveis.

Cheguei mesmo a imaginar aquele largo prolongado por sobre o Picadeiro com uma plataforma, constituindo esta a cobertura dum silo automóvel com ligação pedonal por túnel à Estação. Esta plataforma serviria de terminal rodoviário e teria ela também acesso ao silo e ao túnel para a Estação, reduzindo-se o tráfego pedonal à superfície.

Porque aqui se está a falar de habitação, e não é a primeira vez que o fazemos, além de que já houve quem comentasse que a CMO tem construído para os jovens... sic... há dias disseram-me que um prédio novo há pouco tempo construído no centro da vila de Oeiras - não lembro o nome da rua, mas é paralela à do auditório Eunice Muñoz - esse prédio dizia, que julgo seja condomínio privado, tem apartamentos a CEM MIL CONTOS !!!
Se isto é uma política de construção para fixar os jovens no concelho, vou ali e já venho. Só se forem jovens empresários bem sucedidos na vida... e com veleiro no Porto de Recreio... e Ferrari na garagem...

Este é o género de construção que se está a fazer em Oeiras.
A Fundição não vai ser excepção.

Cumps

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Anónimo disse...

José António,

Não esteja contra a construção de prédios em Oeiras. Há falta de casas nesta Municipio. Parece que a N/ excelência é tão ouvida lá fora que os suevos e cartagineses vão voltar outra vez a este cantinho sossegado à porta do Atlântico.
Já repararam que não há nenhuma rua que tenha um andar para vender ou alugar? Está tudo cheiinho e então eles, cheios de visaõ estão a cimentar o Municipio para arranjar lugares.

José António: desculpe-me, mas estou tão irritada que não consigo falar a sério.

Um abraço
Clotilde

Unknown disse...

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Cara Clotilde,

Confesso que, apesar de perceber a sua ironia, fiquei na dúvida sobre se acha mesmo que sou contra a construção de prédios - em Oeiras ou noutro lugar qualquer.
Nunca afirmei tal coisa, como sabe.


"Já repararam que não há nenhuma rua que tenha um andar para vender ou alugar?"

Tenho que consultar um médico. Devo estar a sofrer de alguma ilusão ou alucinação... :)
Aqui na zona onde habito, Qta. do Marquês, e ao lado na Qta. das Palmeiras, o que não falta são casas para venda e arrendamento.
Razoavelmente acessíveis, na medida em que são urbanizações com mais de 20 anos pelo que os preços não são inacessíveis para a maioria.


O que me incomoda é a construção desenfreada que assalta com condomínios de luxo - horizontais ou verticais - todos os espaços que poderiam ser utilizados, p.ex., para estruturas de desporto, lazer e cultura, e estruturas necessárias ( urgentes ) à população residente, como escolas, centros de saúde, um hospital - porquois pas?! - e por aí fora.
É uma questão de prioridades. O que me parece mais importante é dotar Oeiras de equipamentos e estruturas que melhorem a qualidade de vida da população residente e não a construção de luxo cuja única consequência é trazer para Oeiras mais pessoas, aumentando a densidade populacional e a pressão urbana e social, sem contrapartidas na qualidade de vida.
O que se está a fazer é pôr a carroça à frente dos bois...

Cumps

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Anónimo disse...

José António

Claro que estou de acordo consigo. Claro que que existem milhares de casas anunciadas fora as que não têm indicação visivel. Claro que se constroi em leitos de cheia como em Paço de Arcos na Ribeira o Pimenta e Rendeiro. Claro que eu disse tudo ao contrário de propósito porque estou irritada por não resolverem outras coisas.

Vou ver se melhoro e um abraço

Clotilde

Unknown disse...

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;)

Abracinho !

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Jorge Pinheiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jorge Pinheiro disse...

Caro José António,
A rua da "habitação para jovens" é a rua da emblemática Tendinha, tasca que durante os anos da minha juventude iluminou as noites escuras e tristes de Oeiras (a célebre maldição de Gomes Freire?).
Mas, posso garantir-lhe que os preços de que fala são manifestamente exagerados. Parece que há apartamentos que não chegam aos 70 mil contos!
Quanto à Fundição, é tudo certo o que diz e "mais umas botas", sendo que a procissão ainda vai no adro... Mais uma vez a ganância imobiliária (neste caso do BES), associada à descoordenação entre a CMO e CMC e à falta de visão urbanística, impediram que se fizesse uma obra com características diferentes (mais espaço verde, mais espaços dedicados à cultura, etc). Acho que os barracões da Fundição tinham fatalmente de ir abaixo. Infelizmente o terreno não foi para o domínio público, porque não há dinheiro, nem vontade, nem visão de uma cidade sustentável. São 14 hectares que poderiam ser de jardim, sem poetas! Oeiras tem de parar já toda e qq construção e dedicar-se a "arrumar a casa". Este devia ser o programa base da próxima vereação.
Abraço.

Unknown disse...

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Caro expressodalinha,

R. Rodrigues de Freitas.

Ai a Tendinha...
Belas e divertidas noitadas lá passei com os amigos, nos tempos em que ainda se podia andar sozinho a pé à noite em Oeiras..

Tendinha, Barrote, Macias... não falhávamos uma capelinha! :)

Quanto aos preços limitei-me a vender o peixe como me venderam.
Mas... 70 mil, 100 mil... para um jovem em início de vida...
Quanto é que terá que ganhar para pagar um crédito bancário desses? 300/400 cts só para a casa?
Empregos assim não abundam.

No resto, estou de acordo.

Só uma nota final.
Os hangares da Fundição, que são muitos, são em betão. Vai ser necessário demolir aquilo tudo, o que vai custar uma pipa de massa, e transportar aquele entulho para algum lado. Será que eles já sabem onde vão depositar aquelas, certamente centenas se não forem milhares, de toneladas de entulho?
Espero que esteja previsto e com o menor impacto possível.
Não basta abrir um buraco e pôr o entulho lá dentro. No betão nada cresce, além de impermeabilizar os solos e reter os lençóis friáticos impedindo a livre circulação das águas subterrâneas.
Por outro lado em quanto é que isto irá encarecer a construção?

Fico curioso para saber por quanto irão ser postas à venda aquelas habitações... fico, fico...

Abraço

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Jorge Pinheiro disse...

Pois, a procissão ainda vai no adro...

Anónimo disse...

QUE ESCÂNDALO. E OS OEIRENSES NADA DIZEM. LINDO.....

Unknown disse...

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Apenas umas achas para a fogueira:

Falaram-me em cerca de 3500 moradores para a urbanização.

Se a zona comercial vai ter cinemas e tudo... quer isto dizer qua esta vai ser um centro comercial ?

Ou seja, vai ser um corrupio de gente a entrar e a sair... por ONDE ?!

Onde estão as vias para suportar a pressão do trânsito que isto vai gerar ?

Para se ter uma ideia do que vai acontecer, um conhecido meu com quem falei e que trabalha na Fundição referiu-me que demora todos os dias, por volta das 8h20, cerca de 15 minutos de carro desde a rotunda onde se faz a feira de Carcavelos até à Fundição, via Lombos... um percurso de cerca de 1300 m... o que dá a estonteante e perigosa velocidade de 5,2 km/h !!

E a urbanização ainda não está construída...

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