domingo, 15 de junho de 2008

eles 'andem' aí...

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Hoje à tarde encontrei o Adérito (nome fictício) sentado à porta dum local que ambos frequentamos, talvez para aproveitar o agradável Sol que aquecia e equilibrava a nortada fresca.

Dirigi-me a ele e cumprimentei-o como é hábito.
Achei-o triste e macambúzio, além de estranhar as mazelas que ele tinha no rosto.
Questionei-o, claro, com um "estás triste rapaz?!"
Respondeu-me, antecipando o relato que se seguiria, "atão não hei-de estar...?" e lá prosseguiu no relato do que lhe ocorrera na noite anterior.

Segundo me contou, cerca das 22h., após ter estado com amigos num café a assistir ao jogo Holanda-França, seguia ele pela rua a caminho de casa, quando dois indivíduos, "um preto e um mulato" segundo as suas palavras, que se deslocavam mais à frente, pararam e quando ele ia a passar por eles, lhe intersectaram o passo e pediram-lhe cigarros. Coisa que ele não deu porque nem tinha.
De imediato os indivíduos atacaram-no ao soco e ao pontapé, deitando-o ao chão e imobilizando-o.
Quando o conseguiram, gritaram-lhe pelo dinheiro, ele repondeu-lhes que estava no bolso das calças. Arrancaram-lhe a carteira - com 30 € - e fugiram, não sem antes lhe terem 'pregado' mais um ou dois pontapés, em especial nas pernas, certamente para se certificarem que não conseguiria correr atrás deles.

Há dias de azar para uns e sorte para outros.
Entre os amigos com quem ele tinha estado e que tinham ficado no café, demasiado longe para o ouvirem se gritasse por auxílio, contam-se uns dois ou três latagões de 90 kg. habituados a brigas de bares e discotecas, para além dum agente de autoridade de folga...

O local onde tudo se passou fica a cerca de 50 metros da entrada do Jardim Municipal de Oeiras, onde ao mesmo tempo decorria a feira, cheia de polícia municipal por todos os cantos.
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1 comentário:

Isabel Magalhães disse...

Este é um lamentável caso entre os muitos que ocorrem pelas ruas das nossas localidades.

É uma crise dos tempos, dirão uns. Será, mas é também falta de leis que protejam os cidadãos e de mais policiamento nas ruas. Sabemos que não é, de todo, possível haver um agente para cada cidadão mas estamos no outro extremo, o de uma notória falta de efectivos nas ruas.