domingo, 19 de outubro de 2008

Prémio para reutilização de água nos autoclismos

19.10.2008
PÚBLICO

Um produto inovador adaptado por cinco alunos universitários que reutiliza a água dos lavatórios nos autoclismos das casas de banho foi o grande vencedor do concurso de empreendedorismo da Universidade Nova de Lisboa (UNL).
A ideia de adaptar o sistema Aqus, da norte-americana WaterSaving Technologies, à realidade portuguesa nasceu durante o ano lectivo, quando o docente de Marketing pediu a todos os alunos da turma que definissem um plano empresarial para uma tecnologia existente no estrangeiro. Cinco alunos juntaram-se e começaram uma pesquisa na Internet em busca de um produto inovador para apresentar. Depois de terem apresentado o projecto, tiveram conhecimento de que a UNL estava a promover a primeira edição do concurso E-Teams, sobre ideias de negócio inovadoras, e decidiram participar com a sua ideia. Arrecadaram um prémio de 2000 euros. A ideia premiada consiste na instalação de um reservatório de água por baixo dos lavatórios das casas de banho - com uma capacidade de 15 a 20 litros - que, por meio de uma bomba eléctrica e de uma tubagem, bombeia o líquido para o receptor do autoclismo. Esta tecnologia, que utiliza apenas dois tubos, não implica qualquer tipo de obras ou canos especiais e pode ser utilizada em qualquer casa de banho, apesar de o mercado alvo apontado pelos jovens serem os edifícios públicos.
Lusa

10 comentários:

Unknown disse...

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Acho óptimo que os jovens, estudantes ou não, se envolvam em projectos inovadores e úteis, que possam melhorar a qualidade de vida e contribui, como neste caso, para algumas poupanças de bens escassos como a água potável.

Contudo esta parece-me uma ideia 'peregrina'.

Não necessita de obras?! Então onde fica a canalização entre o reservatório e o autoclismo?
Passa por cima do chão, dificultando a mobilidade? Sobe a parede e atravessa o tecto?
Ter duas mangueiras a atravancar o chão não é lá muito agradável. Só será exequível se tanto o lavatório como o autoclismo estiverem na mesma parede, do mesmo lado, o que não acontece na maioria das casas de banho.

E o reservatório debaixo do lavatório? Mais uma coisa a atravancar. Num local onde muita gente tem um armário para guardar toalhas, papel, e as tralhas de que necessita.

Gostava de ver desenhos do projecto para o compreender melhor. Assim, parece-me apenas mais uma ideia para a gaveta do esquecimento.

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Anónimo disse...

Caros Amigos,

A reutilização das águas dos banhos, é recorrente, e tem sido empregue de diferentes formas.

Só não se compreende, é porque motivos, não se industrializam aplicações, fáceis, até sem sistemas de bombagem, para que essas sejam as águas exclusivamente empregues na limpeza das sanitas.

Haja um fabricante de sanitas que faça isso e quebre a barreira de negligência e laxismo.

Oeiras, um povo oprimido

Isabel Magalhães disse...

Há já umas largas dezenas de anos que o Austríaco HUNDERTWASSER 'falava' sobre este assunto não só para recuperação das águas dos banhos mas ainda um sistema mais completo que as aproveitava também para rega dos jardins dos edifícios.

No meu blog 'à rédea solta' publiquei algum material sobre o Artista Plástico e este assunto em particular.

antonio manuel bento disse...

É uma questão de bom senso e de poupança de recursos o aproveitamento das águas do autoclismo. Pessoalmente considero um desperdicio o que se faz com etes litros de água de qualidade. Há uns anos largos vi decomentário onde num pais nórdico as pessoas punham um tijolo dentro do autocolismo, poupando assim o volume em água correspondente à dimenssão do tijolo. Segui este exemplo pertinente e há anos que tenho, não um tijolo, mas uma garrafa de espumante, que assim vai envelhecendo; a baixa temperatura proporcionada pela água fria associado ao não contacto da rolha com o oxigénio, são factores importantes para o bom envelhecimento do vinho.
Julgo que não é preciso ser-se jovem e andar-se em universidades do estrangeiro para se fomentar e puxar um poucio pela inteligência e encontrar soluções que aproveitem e optimizem os recursos que em nossas casas temos.
Outro bom aproveitamento que com essa água podemos fazer é quando se quer demolhar o bacalhau. Muito prático e uma forma muito interessante de se poupar água.

António Manuel Bento, um cidadão ao serviço da comunidade

Anónimo disse...

não percebi a sugestão.

demolha-seo bacalhau na sanita? antes ou depois de descarregar o autoclismo? acompanhado com espumante? que se vaza na sanita depois de envelhecido em casco de plástico do autoclismo? raposeira, serve? ou tem que ser murganheira?

antonio manuel bento disse...

Crao anónimo,

Naturalmente que se é dentro do autoclismo não é dentro da sanita...
Acredite que colocar uma garrafa dentro do mesmo poupa água, mesmo estando a garrafa apenas cheia de água - para não flutuar. A que tenho no meu está de com o gargalo virado para o fundo do deposito de água que alberga o autoclismo, assim ela ocupa uma extremidade do mesmo. Pode parudiar e lançar ironias e afins mas tem que reconhecer que é um método eficaz. Pouopa-se quase um litro de água de cada vez que se puxa o autocolismo, faça as contas a quantas vezes o puxa por dia e veja os litros de água que poupa. Eu poupo á anos e orgulho.-me disso. Faço-o não para pagar menos na conta da água mas sim porque efectivamente me preocupo com estes assuntos e a água é um bem muito valioso. Sabe, isto de se ter preocupações ambientais não é só uma vez por ano, no lavar de consciências da marginal sem carros e dizer-se nesse evento que o amiente é importante. É nos pequenos gestos e actos do dia a dia que se vê quem de facto tem um espirito eco.
Quanto ao bacalhau é lá deixar a demolhar, puxando o autoclismo muda-se pois a água e assim mais rapidamente sai o sal.
Quanto ás marcas de espumante que menciona de forma irónica gostaria de lhe dizer que não cedo a provocações e tenha uma atitude mais construtiva, ao invés de lançar provocações vis.

António Manuel Bneto, um cidadão ao serviço da comunidade

Anónimo disse...

A casa de banho do «Bneto» deve ter cá um smell! lol

Anónimo disse...

o bacalhau de molho no autoclismo... o espumante a envelhecer... as azeitonas a temperar no bidé... o cabrito em vinha d'alhos na banheira...

vai ser uma bonita ceia de natal!

Isabel Magalhães disse...

Retomando o assunto do post e pegando no comentário do leitor [20 de Outubro de 2008 8:02] essas medidas deveriam ser, à partida, consideradas nos projectos dos edifícios, com normas impostas pelas câmaras municipais, até porque há o caso dos tanques de água dentro da parede que não permitem à posteriori um aproveitamento como o sugerido no artigo.

Anónimo disse...

Não é o «Zé» que faz falta, é o António Bento. Desculpem que vos diga que este sítio fica mais divertido quando ele aparece. Já pensaram erigir-lhe uma estátua no banner?