Uma nova urbanização pode inviabilizar o actual heliporto do Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide. Em risco estão transplantes e assistência médica a casos urgentes que necessitem de helicóptero para transporte de órgãos ou doentes. Durante quase três meses Isaltino Morais não deu respostas ao hospital, mas depois do caso ter chegado a tribunal, o presidente da Câmara de Oeiras garantiu à SIC que não quer fechar o heliporto.
As obras não deixam dúvidas a ninguém: estás prestes a nascer uma imensa urbanização a dois passos do Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide.
O projecto contempla quase 750 fogos divididos por 49 lotes. Um dos lotes interfere directamente com o normal funcionamento do hospital. Fica exactamente num dos dois corredores aéreos de acesso ao heliporto do hospital.
E, praticamente metade do prédio terá que desaparecer para não prejudicar o transporte de doentes e órgãos por helicóptero para a pista do Hospital de Santa Cruz. O prédio tem cinco pisos a mais do que o permitido para o funcionamento do heliporto.
O problema, diz o centro hospitalar, é que depois de uma carta à câmara foram informados que quem está mal é o heliporto.
O heliporto está aprovado pelo Instituto Nacional de Aviação Civil, mas uma formalidade burocrática por cumprir parecia de repente mais importante que o serviço prestado pelo heliporto.
No processo há uma carta de 14 de Julho com o centro hospital a pedir esclarecimentos sobre a urbanização. A câmara respondeu a 8 de Agosto, propondo a relocalização do heliporto e uma reunião para encontrar alternativa.
A 29 de Agosto o hospital recusou a relocalização e pediu uma reunião urgente. A 8 de Setembro informou que não percebia porque motivo um assunto de tanta importância e urgência não tinha tido resposta.
Certo é que as obras de terraplanagem da futura urbanização continuam a avançar. Estão autorizadas pela Câmara de Oeiras, apesar da urbanização não estar aprovada. Já a colocação de infra-estruturas, como postes de electricidade ou lancis, é ilegal.
No tribunal administrativo de Sintra uma primeira parte da providência cautelar foi, entretanto, recusada. Ao saber da providência cautelar, a câmara respondeu ao tribunal que ia suspender de imediato o processo de licenciamento da urbanização e atribuição do alvará. À SIC, Isaltino de Morais garantiu que afinal o heliporto não esteve nem está em causa.
in SIC - Jornal da Noite de 03-10-2008
7 comentários:
É o Helvético no seu melhor.
Volto a este blogue. Esta notícia é preocupante. Não tive oportunidade de ver o Jornal da Noite referido. Mas os esclarecimentos aqui de *uma imensa urbanização* obrigam-nos a concluir que no Concelho de Oeiras a Construção Civil é que dá as cartas.
Vou estar atento e obrigada pela atenção e cuidado que dão à vida desta terra.
José da Mota Carvalho
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Isto não é grave.
Grave é que após sucessivos e galopantes acontecimentos de puro 'surrealismo' como este, o labrêgo vai ser eleito de novo...
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O Helvético ou anda a gozar com isto tudo ou está a ficar senil, pois o gajo já não dá uma para o pacote. Este mandato é só palhaçadas, incompetência e dolce fare niente.
Ao anónimo das 17:05,
Pois palhaçadas mas o pior é que as palhaçadas podem nunca mais ser recuperáveis.
Clotilde
Eu gostava de perceber , porque vi com atenção o vídeo porque é que o sr. Isaltino Morais num primeiro momento diz que o heliporto é que está ilegal ( embora esteja lá há 30 anos) e nas reuniões com o Hospital nada avança e depois de terem metido uma providência cautelar em Tribunal, ele muda logo de opinião e até falou com o empreiteiro .... e tá o assunto resolvido . O prédio de 13 andares passará para a volumetria adequada etc e tal?
O sr Isaltino é um verdadeiro arttista português, vai recandidatar-se e até afirma poder votar PS. Está tudo dito.
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