Caso das contas na Suiça
Processo de Isaltino suspenso
O julgamento de Isaltino Morais está suspenso. Um dos arguidos - Floripes, a irmã do presidente da Câmara de Oeiras - apresentou um recurso ao Tribunal Constitucional, que tem efeitos suspensivos imediatos. Isaltino deveria começar em breve a ser julgado por corrupção, abuso de poder, branqueamento de capitais e fraude fiscal
Floripes, a irmã do presidente da Câmara Municipal de Oeiras, remeteu, hoje mesmo, um recurso para o Tribunal Constitucional, alegando ter existido violação da lei fundamental no despacho de pronúncia, proferido, já por duas vezes, pelo Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa.
O recurso agora apresentado tem efeitos suspensivos imediatos sobre o andamento do processo, que já tinha sido encaminhado para o Tribunal de Oeiras, onde Isaltino Morais e os outros quatro arguidos deveriam começar a ser julgados no início de 2009.
A entrada deste recurso no TC impede, agora, que seja marcado o julgamento, devendo qualquer decisão sobre o futuro do processo ter de aguardar pela decisão do Constitucional, que não tem prazos-limite para responder.
Recorde-se que, por exemplo, o processo do chamado ‘caso dos sobreiros’ está ‘à espera’ de uma decisão semelhante do Tribunal Constitucional há cerca de um ano, não tendo, por isso, também, sido marcado o respectivo julgamento.
O recurso agora interposto diz respeito a matéria que já tinha sido alvo de contestação pela irmã de Isaltino tanto para o TCIC como para o Tribunal da Relação, mas que, em ambos, fora recusada.
O seu advogado arguira um conjunto de nulidades no despacho de pronúncia, que nem o juiz de instrução nem o da Relação de Lisboa aceitaram. Agora, Floripes invoca uma violação da Constituição na leitura que ambos os magistrados fizeram da lei, quando responderam assim aos seus anteriores recursos.
Contas bancárias na Suiça indiciam corrupção
Isaltino começou a ser investigado em 2003, quando se descobriu que tinha contas bancárias na Suiça com rendimentos não declarados, tendo sido acusado em 2006 pelos crimes de corrupção, participação económica em negócio, branqueamento de capitais, abuso de poder e fraude fiscal.
O processo tem outros quatro arguidos: para além da irmã, o jornalista Fernando Trigo e os empresários João Algarvio e Mateus Marques. Os mesmos arguidos foram todos pronunciados em Junho deste ano pelos mesmos crimes.
Tudo indicava, entretanto, que o julgamento iria começar nos primeiros meses de 2009, em Oeiras, podendo estar a decorrer quando se dessem as próximas eleições autárquicas.
Isaltino apresentou a sua candidatura à Câmara de Oeiras na semana passada, não tendo feito qualquer referência ao processo. No entanto, sempre disse querer ser julgado o mais depressa possível.
«O processo chegou aonde nunca pensei, pois nunca pensei ser acusado, nunca pensei ser pronunciado, mas é preferível um julgamento do que um arquivamento duvidoso» , declarou à agência Lusa, quando foi pronunciado, acrescentando: «Sempre disse que quanto mais depressa melhor, porque vou ter a oportunidade de responder a perguntas que nunca me fizeram».
Na mesma altura, sublinhou que nunca praticou os actos que lhe são atribuídos, alegando que «tudo não passa de suposições, não há uma única prova contra mim. Se alguém tiver provas, que as apresente em tribunal», disse.
graca.rosendo@sol.pt
Processo de Isaltino suspenso
O julgamento de Isaltino Morais está suspenso. Um dos arguidos - Floripes, a irmã do presidente da Câmara de Oeiras - apresentou um recurso ao Tribunal Constitucional, que tem efeitos suspensivos imediatos. Isaltino deveria começar em breve a ser julgado por corrupção, abuso de poder, branqueamento de capitais e fraude fiscal
Floripes, a irmã do presidente da Câmara Municipal de Oeiras, remeteu, hoje mesmo, um recurso para o Tribunal Constitucional, alegando ter existido violação da lei fundamental no despacho de pronúncia, proferido, já por duas vezes, pelo Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa.
O recurso agora apresentado tem efeitos suspensivos imediatos sobre o andamento do processo, que já tinha sido encaminhado para o Tribunal de Oeiras, onde Isaltino Morais e os outros quatro arguidos deveriam começar a ser julgados no início de 2009.
A entrada deste recurso no TC impede, agora, que seja marcado o julgamento, devendo qualquer decisão sobre o futuro do processo ter de aguardar pela decisão do Constitucional, que não tem prazos-limite para responder.
Recorde-se que, por exemplo, o processo do chamado ‘caso dos sobreiros’ está ‘à espera’ de uma decisão semelhante do Tribunal Constitucional há cerca de um ano, não tendo, por isso, também, sido marcado o respectivo julgamento.
O recurso agora interposto diz respeito a matéria que já tinha sido alvo de contestação pela irmã de Isaltino tanto para o TCIC como para o Tribunal da Relação, mas que, em ambos, fora recusada.
O seu advogado arguira um conjunto de nulidades no despacho de pronúncia, que nem o juiz de instrução nem o da Relação de Lisboa aceitaram. Agora, Floripes invoca uma violação da Constituição na leitura que ambos os magistrados fizeram da lei, quando responderam assim aos seus anteriores recursos.
Contas bancárias na Suiça indiciam corrupção
Isaltino começou a ser investigado em 2003, quando se descobriu que tinha contas bancárias na Suiça com rendimentos não declarados, tendo sido acusado em 2006 pelos crimes de corrupção, participação económica em negócio, branqueamento de capitais, abuso de poder e fraude fiscal.
O processo tem outros quatro arguidos: para além da irmã, o jornalista Fernando Trigo e os empresários João Algarvio e Mateus Marques. Os mesmos arguidos foram todos pronunciados em Junho deste ano pelos mesmos crimes.
Tudo indicava, entretanto, que o julgamento iria começar nos primeiros meses de 2009, em Oeiras, podendo estar a decorrer quando se dessem as próximas eleições autárquicas.
Isaltino apresentou a sua candidatura à Câmara de Oeiras na semana passada, não tendo feito qualquer referência ao processo. No entanto, sempre disse querer ser julgado o mais depressa possível.
«O processo chegou aonde nunca pensei, pois nunca pensei ser acusado, nunca pensei ser pronunciado, mas é preferível um julgamento do que um arquivamento duvidoso» , declarou à agência Lusa, quando foi pronunciado, acrescentando: «Sempre disse que quanto mais depressa melhor, porque vou ter a oportunidade de responder a perguntas que nunca me fizeram».
Na mesma altura, sublinhou que nunca praticou os actos que lhe são atribuídos, alegando que «tudo não passa de suposições, não há uma única prova contra mim. Se alguém tiver provas, que as apresente em tribunal», disse.
graca.rosendo@sol.pt
16 comentários:
Trata-se de uma situação completamente inaceitável para o Concelho de Oiras. Um verdadeiro escândalo que tem que continuar a ser denunciado. Atenção porém que quem está por detrás do bandido em referência é um vulto bem conhecido de todos, mas que, na penumbra, passa desprecebido, como se não fosse um vulto fisico, mas alguém que dos bastidores e escondido projecta, gere e ordena toda esta pouca vergonha que se chama CORRUPÇÃO e que infelizmente desgraça Portugal e com particular incidência o nosso queriso Concelho de Oeiras.~
Os bois têm que ser chamados pelo nome, este em particular - sócio cabecilha - chama-se MARTINS, sendo que o primeiro nome próprio do sujeito é o mesmo que o de um conhecido filme pronográfico Pronográfico é também a impunidade destas gentes.
António Manuel Bento, um cidadão que chama os bois pelos nomes e ao serviço da comiunidade
AH! TEM ALGUM FUNDO DE VERDADE?
Amigos,
A Nossa terra tem andado a ser roubada por uma corja de bandidos sem escrúpulos, vindos sabe Deus de onde, dos confins...
Isto está é a precisar de uma revolução, para se libertar o Povo oprimido.
Portugal e o Nosso concelho merecem melhor destino, esses bandidos roubam-nos há mais de 20 anos.
"... Os bois têm que ser chamados pelo nome, este em particular - sócio cabecilha - chama-se MARTINS, sendo que o primeiro nome próprio do sujeito é o mesmo que o de um conhecido filme pronográfico ..."
'GARGANTA FUNDA' MARTINS!?
acertei? o que é o prémio?
O FILME PORNOGRÁFICO CHAMA-SE EMANUEL.
Este processo lesa a democracia na justa medida em que, se o sr. é culpado deveria já estar julgado e condenado ; se é inocente deveria ser devidamente publicitado . Esta demora da justiça aliada a recursos cirurgicos no tempo e no espaço que produzem determinadas consequências neste caso adiamentos , levantam legitimamente a suspeição (aliás alimentam-na).
A consequência mais nefasta é estes senhores continuarem a exercer cargos públicos .
Pois! Mas quando chegam à urna colocam lá o voto. E a Justiça está muito distraida.
Os cidadãos deste país têm o direito de exigir que a Justiça funcione, sem 'chico-espertices', sem 'coelhos na cartola', sem aproveitanços de 'buraquinhos' (propositadamente deixados a descoberto?) para que muitas situações se eternizem ou prescrevam. E, como diz a leitora Anunciação, está em causa a possibilidade de provar inocência - se disso for caso - ou de cumprir pena e ser afastado de cargos públicos.
JÁ se está a ver o final desta história, não está! vAI-se enchendo à conta do dinheiro público e fica tudo como no postal «em águas de bacalhAU»
Vivo em Oeiras há pouco tempo e venho a este blogue informar-me das coisas desta terra que agora também é minha. Mas certa linguagem de algumas pessoas/ comentadores deixa-me um bocado confusa porque me parece que não está de acordo com o conteúdo e finalidade para que terá sido criado.
Também aproveito para referir que muita informação é bastante agradável.
Maria da Graça Torres
Senhora Maria da Graça Torres,
Seja bem vinda ao nosso Concelho de Oeiras, seja bem vinda a este espaço de debate e informação de referência sobre os assuntos pertinentes e outros que se passam nesta nossa terra. A Senhora Maria da Graça, cidadã honesta certamente, merece as nossas respeitosas saudações já que é uma Oeirense de pleno direito, apesar de não ter nascido nem de ter sido criada no Concelho de Oeiras e, talvez por isso, talvez por ser uma oeirense recente não esteja a par de certas e determinadas situações que ao longo das últimas décadas aqui têm ocorrido. Essas situações que em muito lesaram e lesam a nossa terra e o bom nome das suas gentes levam a que em momentos de maior nervosismo, fruto da indignação sentida, tenhamos uma linguagem menos cordial para quem perpetra a delapidação do património do erário público com a conivência - que se vê - das autoridades legais deste pais. Pessoalmente confesso-lhe que fico extremamente perturbado quando oiço e leio estas noticias sobre o bandido e onde sistematicamente é ignorado o nome do principal mentor - sócio cabecilha - da pouca vergonha instalada na CMO. Estou certo, aliás, de que se a Senhora Maria da Graça Torres estivesse informada do que realmente acontece em Oeiras teria pensado duas vezes antes de para cá vir morar. Se tivesse consultado e analisado os artigos de denuncia que nos últimos anos aqui foram publicados, em vez de os ler apenas quando para cá veio, por certo que não estaria hoje em Oeiras, mas já que aqui está junte-se a nós, e faça parte da voz da indignação que luta afincadamente contra a pouca vergonha instalada. Com o decorrer do tempo vai ver que por vezes é difícil encontrar contenção para a linguagem...
Atentamente,
António Manuel Bento, um cidadão ao serviço da comunidade.
D. Maria da Graça Torres,
Ao Hitler e Mussulini, ao Baptista, Franco, Salazar, Mobuto e muitos outros, não foram dispensadas palavras agradáveis.
O mesmo acontece ao fim de quase 25 anos, com o sr. isaltino Morais e com os seus apoiantes.
Infelizmente é assim, e o Povo de Oeiras não teve culpa, porque quem votam nesta gente, são infelizmente os imigrantes, muitos deles estrangeiros, que aqui no vem colonizar.
.
Ó anónimo (27 de Outubro de 2008 18:12),
Tire lá o 'Baptista' dessa lista que a minha família nada tem a ver com o assunto.
O homem chamavasse BATISTA, sem P.
Fulgencio Batista y Zaldívar. Veja AQUI.
.
.
errata:
onde está 'chamavasse' leia-se 'chamava-se'
.
Venho contribuir para a lista:
Estaline e Ceausescu.
Para o anónimo [28 de Outubro de 2008 1:42];
Bem lembrado! As ditaduras não são como o colesterol, não há ditaduras boas e ditaduras más. Há ditaduras, ponto.
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