quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A TERRA

[Contra a falta de cuidado que muitas vezes se tem no uso da Terra.]


A TERRA

Não enterres, desenterres
nem aterres.
Aceita a TERRA como está:
Alta, rochosa, escarpada
Apenas ondulada,
Árida e desértica
Funda, profunda
Plana...
Não alteres
Não a mates.
Convive com ela, ama-a
Porque a TERRA, transfigurada,
um dia acorda
E reporá o seu corpo
Em torrentes de lama,
Em rios de água,
Semeando a dor
E a morte.

Clotilde Moreira

3 comentários:

Fernando Lopes disse...

Bravo amiga Clotilde

Telúrico e Belo.

FL

antonio manuel bento disse...

Senhora Clotilde,

Os meus enormes parabéns pela arte que com tanta mestria e eloquência transmite por essa sua pena, veiculo “uno” por onde a aflorada sensibilidade do poeta é transferida pelo emocional “alma” para a folha branca, formando um poema; essa palavra ouvida por muitos mas sentida por poucos.

António Manuel Bento, um cidadão ao serviço da comunidade e com grande admiração por Senhora Clotilde, uma Senhora de Oeiras certamente.

Anónimo disse...

Senhora Clotilde???!!!

é preciso ser muito básico...!!!