Quanto ganhará? Quantos ordenados mínimos? Quantas reformas mínimas? Será que foi penalizado por ser reformado a meio da sua carreira contibutiva e activa? Quantos anos tem? 46? 47?... E eu continuo a ser "matraquilho"! como digo no post no Cu de Oeiras. Enfim...
Para lhe ter sido atribuída a reforma em função do relatório da junta médica, e atendendo a idade que suponho a meio da carreira, - e do período normal dos descontos - a coisa deve ser mesmo muito grave!
Já agora gostava de saber de que doença se trata para cabal limpeza do seu bom nome. E se não se podia ter mantido na mesma entidade patronal reconvertido noutra função com tarefas apropriadas à sua incapacdade. Segredos que o banco tece.
Mas no fim de contas o senhor recebeu ou não? Pelas suas declarações parece que não... A ND do jornal "O Público" ainda vem confundir mais as pessoas. Mas eu entendo que as indemnizações eram merecidíssimas pelo BRILHANTISMO da sua acção na OPA sobre o BPI, pelo encobrimento das off-shores, pelos perdões de milhões de euros a pobresinhos, etc. etc. Só sei que as acções que chegaram a ser transacionadas a €4,22 estão agora a €2,05!!! Mas para quando a nomeação do senhor para Presidente de alguma grande empresa? Porque não para o Banco de Portugal?...Ainda lá há algum ouro.
Só pode ser um mal 'terrível e raríssimo' (que Deus nos livre e guarde) para uma junta médica lhe conceder uma reforma tão rápida num país em que doentes terminais de cancro, e outros com incapacidades motoras, não têm a mesma sorte.
"Atão" não sabe que o dito já tem trabalho numa grande empresa (que não é do ramo bancário...que esta gente é muito séria)e que foi convidado por uma notória oirganização de caridade para colaborar (certamente cargo não remunerado). É que não se pode desperdiçar tanto saber...
Ao Fernando Lopes: Que tamém pudia ser euuuu, porque tamém sou Lopes. Vivam o F.L. Boa informação a sua. O homem já se antecipou ao Victor/BP e ao Abílio/PJ e a outros. Seriamente: isto seria para rir, se se passase noutro país, mas sendo no nosso é simplesmente lamentável e para chorar. Para quando a abertura de olhos dos portugueses? Gostaria de ter gravado os comentários do Prof.Doutor Marcelo R. de Souza de hoje. Daria para um BOM assunto no blogue. Abraço
Amigo "O Lopes" (para não haver confusão), Tudo o que descreve é certamente criticável, quer ética quer moralmente... Mas todos sabemos como "param as modas" no mundo das administrações de empresas públicas e, sobretudo, da Banca em Portugal! Deixo-lhe apenas um termo comparativo: O meu conterrâneo, Ronaldo, merece receber 800 mil euros/mês de ordenado, qualquer coisa como ganhar num mês o que eu ganho em 40 ANOS? E nem sou dos portugueses mais mal pagos...! Acho que não!
O seu conterrâneo, Ronaldo, ainda tem a tal «desculpa» da profissão de desgaste rápido...! Aqui,o que está em causa, é «uma reforma atribuída em função de relatório de uma junta médica». Qual será a doença incapacitante que vitima o pobre senhor?
A questão da discussão de quanto ganha quem - principalmente na actividade privada - foi tema que sempre me desagradou, por "esquisita"... por entender que "os outros nunca ganham muito, eu é que ganho pouco...", digamos assim.
Mas a discussão tem, quanto a mim, razão de ser se se verificarem casos escandalosos na Administração Pública, Regional ou Local, principalmente nas Empresas Públicas (onde os escândalos têm sido demasiados), isto é, nos serviços oficiais do Estado e, mesmo assim, há casos em que se justifica o "investimento" - veja-se o do Director-Geral dos Impostos, que deu a volta ao fisco, o que ninguém antes fora capaz de fazer, mas que o país inteiro reclamava - à excepção dos prevaricadores, claro!, e, com essa volta, tornou as coisas muito mais justas e criteriosas. Ou seja, foi um investimento extraordinariamente barato e que teve um retorno verdadeiramente excepcional, de longe o melhor de há, talvez, meio milénio para cá.
Mas essa foi uma excepção, muito excepcional, à regra que tem que ser geral.
Transportar essa "exigência" para o plano da actividade privada, parece-me exagero e, mais, intromissão pouco avisada de quem defende sociedade democrática, portanto em que a sociedade civil é livre de actuar como entender, desde que não afronte as leis gerais do país.
Ora, pagar principescamente ao presidente de um banco privado, é algo que não sai do foro do próprio banco e em que, portanto, o resto da sociedade não tem que se meter. Porque, ou queremos uma sociedade livre, sem "planeamentos autocráticos, tipo sovietes" ou não. Com todas as consequências.
Não estou, com isto a criticar que alguém tal critique e se sinta muito "magoado" com isso; estou apenas a dizer que considero que eu - e tantos como eu - nada tenho que ver com os ordenados alheios da iniciativa privada. E os montantes de tais ordenados só me afectam por não ter sabido ou conseguido a eles ter acesso.
Entre a posição do "americano" que, chegado a casa, olhando para a garagem do vizinho e vendo que ele tem lá carro novo, um espadalhão de alto lá!, promete a si mesmo que nem que se esfarrape todo há-de trabalhar e ganhar para comprar um ainda melhor, e a do "português" que, também ele chegado a casa, olhando para a garagem do vizinho e vendo que ele tem lá carro novo, um espadalhão de alto lá!, logo se interroga sobre "onde é que o pulha" foi roubar as massas para aquilo ou em que posição terá a desavergonhada mulher do pulha ganho as massas para aquilo, e logo ali promete solenemente a si próprio durar-lhe os quatro pneus, assim que o apanhe desprevenido, decididamente sou "americano".
Concordo com a Isabel Magalhães, porém, quanto à reforma. Parece-me, na verdade, demasiado cedo, a menos que o senhor tenha ficado lélé da cuca, depois de todas aquelas trocas e baldrocas. Mas volto à mesma, isto é, se essa reforma não for paga por qualquer organismo oficial, que tenho eu que ver com o assunto?
Eu estou de acordo consigo, - tb me sinto 'americana' - mas gostaria muito de saber qual a doença do senhor e que entidade médica o considerou incapaz, independentemente de quem lhe paga a pensão de reforma, claro. Talvez me saiba dizer quem são as 'entidades' que decidem a reforma/incapavcidade dos privados já que da F.P. eu sei.
Pois eu discordo em absoluto. Esteve mal o caro Ruben. Nem numa perspectiva rousseauniana (do bom selvagem) eu estaria de acordo...
Escreveu muito, mas a única coisa que fez foi 'lavar as mãos como Pilatos'.
Sabemos que muito do enriquecimento de muitos portugueses não é à custa do trabalho. Ninguém enriquece a trabalhar. Indique-me UM...!
A maioria enriquece - e compra espadalhões de alto lá! - à custa de fuga ao fisco e de negócios ilícitos e/ou paralelos: tráfico de droga, tráfico de armas, tráfico de mulheres, tráfico de crianças, tráfico de influências, etc., etc., etc. E mesmo os altos ordenados que alguns privados pagam, são cobertos por um manto de trafulhices que prejudicam a sociedade civil.
A questão não tem a ver com 'inveja' ou ser 'americano' ou 'português'. Aliás o exemplo do 'americano' foi mau. Devia ter escolhido outro. É que o 'americano' não trabalha mais para ter um espadalhão de alto lá! melhor que o do vizinho. Compra mas é uma 6.35, mata o vizinho, rouba-lhe o espadalhão de alto lá! e foge para a Califórnia... com a mulher do vizinho... depois de, pelo caminho, assaltar um banco...
A questão, seja no sector público ou privado, tem a ver com justiça e equidade. Com Ética - não digo Moral porque é um conceito que não gosto de usar dada a conotação religiosa, a qual deixa de fora quem o não é.
Ó diabo! Isto está animado. Alguma razão deve haver.Será poque somos todos ums "inbejosos"? Será porque temos pena de não ter tido a oportunidade deles. Será porque refinámos a cultura da cunhazinha e da trapaça. Diz a voz do povo (que é voz de Deus)"Quem não faz pelos seus?". De facto precisamos de reeducar (-nos), de legislar a favor do interesse dos cidadãos (para não dizer público, t´arrenego), de pôr as polícias e os tribunais a cumprirem o seu papel. Quanto ao Ronaldo (esta é para o caro conterrânio do star)está perdoado só pelo golo que lhe vi marcar a partir de um livre. E depois numa entrevista recente dizia com aquele ar cândido..."o dinheiro ajuda muito". Depois, ele não ficou no colchão (espero que não se lembrem dele para uma campanha..."olha se eu tivesse estudado"). Quanto ao exemplo da prática nos Estado Unidos...pelo contrário, eles bem tentam, mas estão sempre à perna dos accionistas, da opinião pública (tiro-lhe o chapéu). Mas isto não são os States. Não há muito tempo o Expresso trazia um quadro comparativo dos vencimentos pagos na Europa. Todos sabemos que países atrazados como a Suécia ficavam atrás no pagamento de chorudos ordenados. Em alguma coisa seremos os primeiros!
O José António teceu aqui um comentário desadequado, criticando o amigo Ruben de forma inadequada! O Sr. é invejoso, claro está, e isso lê-se no seu comentário... se quer mais trabalhe, se não quer trabalhar, continue na função pública, pois aí ganha-se menos mal e não se trabalha... veja-se casos de técnicos municipais, directores de departamentos, chefes de divisão vários, enfim, para não começar a falar de profissões diversas de grandes vantagens sociais... sempre endeusadas pelo povo estúpido, mas felizmente só algum, a outra parte já acordou... Em jeito de conclusão... uma entidade privada paga aquilo que bem entende a quem bem entende e ponto final! Não há Josés nem Antónios para dessertar seja aquilo que for sobre este tema, proponho outro, o da falta de produtividade de muitos funcionários PAGOS com os impostos de todos nós, esse sim, um tema de primordial importância... Respeito e bom senso são essenciais num tema delicado como este...
Concedo que tenha escrito muito e mal e também que tenha lavado as mãos, se bem que não precisasse na oportunidade, uma vez que acabara de o fazer. Concedo tudo isso. Sem esforço.
Ora vamos lá a ver.
Seria levado a concordar com o que o José António diz, se eu tivesse - minimamente que fosse - defendido os fujões ao fisco e as outras espécies de aves que refere. Mas, livre-me Deus de defender tais alimárias! Logo eu... que pago para o fisco a "doer mesmo"!!!
Limitei-me, isso sim, a dizer, com o muito que escrevi - mas, que quer, sou prolixo! - que aprecio a máxima que aconselha a viver e deixar viver, desde que quem se deixa viver não afecte, com a sua prática comportamental, uma vida em sociedade geralmente aceite em cada conjuntura, nem afronte as leis legítimas em vigor.
E, em minha opinião, das duas uma: ou adoptamos esse modo de vida ou entramos numa espiral de "dedagem", digamos assim, que, sem remédio, nos leva até ao afago da mais espúria das ditaduras.
Porque, não tenhamos dúvidas, as ditaduras - as espúrias, que são todas - nascem assim, dão os primeiros passos na "dedagem" - repisemos isto - que fazemos do nosso vizinho, do nosso primo, do nosso irmão, do nosso pai, do nosso filho.. que tem mais anéis do que nós e o desgraçado hábito de os exibir, de tal forma que até parece ser apenas para nos provocar pesadelos da mais danada das invídias!...
Quando o meu vizinho ganha mais do que eu, a única reacção que me acontece é ter vontade de algo fazer para a ele me igualar. Será, a partir daí e até que o consiga, mais do que um vizinho, um émulo a quem, mesmo que ele o não saiba, muito agradeço, pelo facto de me ter "obrigado a fazer pela vida" e, por conseguinte, a... melhorá-la.
A correcção das desigualdades materiais e a reposição da justiça e da equidade fazem-se legitimamente pela via fiscal. Como, aliás, acontece, por exemplo, na, chamada à colação, Suécia.
Não corresponde à verdade, como sabe, que "o americano" faça isso que diz, ou seja, compre a 6.35 e tudo o resto com que armou o ramalhete, caro José António. Mas, se o fosse, só diferia do português, porque este último não teria "balls" para fazer o mesmo, porque, a ter, protagonizaria filme semelhante, talvez um tanto mais avacalhado.
Não creio que o José António tenha estado mal, uma vez que defendeu os seus pontos de vista e isso nunca foi estar mal. Muito pelo contrário.
Agradeço-lhe a delicadeza de responder ao meu comentário intempestivo. Em especial na forma como o fez. Admito que eu possa ter interpretado mal as suas palavras. A questão é que há certas afirmações e ideias que me fazem 'saltar a tampa'. É o meu temperamento.
Admito que o 'privado' tenha a liberdade de pagar como entender. Até porque tal advém em larga medida da capacidade financeira da empresa. Mas tem que existir um mínimo de ética e equilíbrio para não agravar o fosso social. É inadmissível que em funções iguais existam as diferenças abissais que tantas vezes constatamos. E não é por falta de empenho de quem trabalha. É porque as empresas fazem o que querem e bem lhes apetece e ninguém se rala (os governos, os sindicatos, o patronato...), ou pelo menos, não se ralam o suficiente. Repare no caso escandaloso dos recibos verdes. É pegar ou largar... Trabalhei numa grande empresa - Correio da Manhã - que com os maquetistas só funcionava nesse regime... entre muitas outras onde as imposições eram do mesmo tipo. E os ordenados... curtinhos, claro! "Queres, queres! não queres, há muito quem queira!"
Sei bem (ou mal...) do que falo porque sempre trabalhei em empresas privadas, nas quais sempre dei 'o litro', e hoje... estou a pagar isso bem caro. Mas o 'como' agora não interessa.
A questão é que o 'fazer por isso' - p.ex. um emprego melhor - não está ao alcance de todos como bem sabe. Não basta trabalhar mais ou procurar um 'bom' emprego onde paguem mais. Há muitos factores que condicionam que seja possível fazê-lo, nomeadamente em pé de igualdade com os outros candidatos.
Nem todos conseguem acesso a formação, e não é por não se esforçarem... Nem todos têm as famigeradas cunhas, que não deviam existir numa sociedade justa... Etc...
Em resumo, nem todos nascem em berço de oiro ou com o cu virado para a Lua.
O sr. Mário Andrade conhece-me de algum lado ? É que não reconheço o seu nome de parte nenhuma.
Com que direito vem o sr. tecer essas considerações a meu respeito ? Acaso conhece a minha vida para me mandar trabalhar ?!
O que eu disse do Amigo Ruben no meu primeiro comentário aplica-se agora a si: ESTEVE MAL !! MUITO MAL !!
Para sua informação - ISTO NÃO É PARA TEREM 'PENINHA' DE MIM ! - após 20 anos a trabalhar, há 12 anos atrás sofri um AVC, durante uma intervenção clínica num hospital público, de que resultou 2 meses de internamento e ter ficado deficiente motor e visual ( hemiparesia direita e hemianopsia homónima ), em consequência do que me reformei e recebo ca. 250 € de pensão de invalidez ( com um grau de 79% de invalidez ); mas como sou um homem que gosta MESMO de trabalhar, a pensão é 'curta' e não gosto de viver à custa de ninguém, faço um part-time num jornal, que devia ser de 4 h. mas onde chego a trabalhar 8 h., gasto 3 h. em transportes públicos ida e volta, para além de em transportes e comida gastar ca. 1/2 do que recebo... para part-time não está mal, full seriam 16 h..., nele recebo 300 € por mês a recibo verde, sujeitos a impostos que tenho que pagar é claro. Entre outras dificuldades que nem vou mencionar para não fazer chorar as pedrinhas da calçada, mas quem priva comigo conhece bem o meu ordálio.
n.b., já agora: Como Designer Gráfico e Ilustrador que sou profissionalmente, sou considerado um Quadro Altamente Qualificado, segundo a classificação que me foi atribuída pelo SQTD. Olha se não fosse...
Se o sr tivesse usado da 'receita' que 'prescreveu' a terceiros, - "Respeito e bom senso são essenciais num tema delicado como este..." - não teria feito a triste figura supra.
E se for uma pessoa de bem, estou certa que não deixará de apresentar ao visado um pedido de desculpas.
Claro que cada privado paga o que quere, mas se quizer ser respeitado deve - a bem da moral e da ética, etc - que haja equilibrio com os ordenados de todos os seus colaboradores. As empresas têm, também, uma função social: é com a mão de obra dos seus colaboradores que faz a riqueza que muitas vezes só é para alguns. Bem... MAS AFINAL QUAL É A DOENÇA DO TAL SENHOR, NOVO AINDA QUE ATÉ JÁ ESTÁ A TRABALHAR E QUE EU SAIBA NÃO É EM VOLUNTARIADO??
Quando escrevi, referi-me à generalidade dos casos, não a qualquer em particular que, aliás, nem conheço.
Ora, todos bem sabemos - e ingénuos não somos - como o português tem esse terrível defeito da inveja, já de si tremendamente desprestigiante, mas que, ao fim e ao cabo, ainda poderia ser causa de avanço, quanto mais não fosse para causa de inveja de outros; mas não, muito pelo contrário, a inveja portuguesa apenas tem um pretexto, que, afinal, é um fim: o de nivelar... por baixo. "Se eu não posso ser/ter, tu também não tens esse direito"!... Ora, isto parece-me uma visão profundamente distorcida e errada do que deve ser o mundo, do que devem ser as relações entre os seres humanos, principalmente em sociedade civilizada e democrática.
É contra esta visão pequena, estreita e tortuosa que me rebelo, porque apreciaria muito que não fôssemos assim. Mas somos. Trata-se de uma evidência absolutamente indisfarçável.
Para terminar, compreendo o desabafo contido no comentário de Mário Andrade. Por vezes, estamos com pouca paciência para ouvir ou ler certas coisas. O que é humano, porque, sim, se queremos ser entendidos e aceites, temos primeiro que entender e aceitar.
A vida é isto mesmo. Por isso tomo para mim como bom o lema a que me referi no comentário anterior. E tomo-o no pressuposto de que estão reunidas e garantidas as condições para que a acção de alguém não lese intencionalmente outrem, isto é, vive e deixa viver, se queres ser livre e respeitado.
Quando escrevi, referi-me à generalidade dos casos, não a qualquer em particular que, aliás, nem conheço.
Ora, todos bem sabemos - e ingénuos não somos - como o português tem esse terrível defeito da inveja, já de si tremendamente desprestigiante, mas que, ao fim e ao cabo, ainda poderia ser causa de avanço, quanto mais não fosse para causa de inveja de outros; mas não, muito pelo contrário, a inveja portuguesa apenas tem um pretexto, que, afinal, é um fim: o de nivelar... por baixo. "Se eu não posso ser/ter, tu também não tens esse direito"!... Ora, isto parece-me uma visão profundamente distorcida e errada do que deve ser o mundo, do que devem ser as relações entre os seres humanos, principalmente em sociedade civilizada e democrática.
É contra esta visão pequena, estreita e tortuosa que me rebelo, porque apreciaria muito que não fôssemos assim. Mas somos. Trata-se de uma evidência absolutamente indisfarçável.
Para terminar, compreendo o desabafo contido no comentário de Mário Andrade. Por vezes, estamos com pouca paciência para ouvir ou ler certas coisas. O que é humano, porque, sim, se queremos ser entendidos e aceites, temos primeiro que entender e aceitar.
A vida é isto mesmo. Por isso tomo para mim como bom o lema a que me referi no comentário anterior. E tomo-o no pressuposto de que estão reunidas e garantidas as condições para que a acção de alguém não lese intencionalmente outrem, isto é, vive e deixa viver, se queres ser livre e respeitado.
Paulo T. Pinto, aposentado por insuficiência paga pelo erário público, além da colaboração com o grupo Champalimaud no Brasil, que iniciou depois de ter abandonado o BCP, vai trabalhar com a Eurogroup, em consultoria de estratégia e organização de empresas; vai também integrar o Conselho Geral do Grupo Lena e vai ainda assumir o cargo de consultor de um grande escritório de advogados - Abreu Advogados.
Nada teriamos a opor a esta actividade técnica-profissional mas! como aceitar que tenha sido considerado inapto e como aceitar que sejam empregues fundos públicos para pagar aquilo que se afigura uma benesse fraudulenta?
29 comentários:
Pois é. Provavelmente estará a ser pago por um dos tais fundos. Pelo que a coisa é legal...mas IMORAL
Quanto ganhará?
Quantos ordenados mínimos?
Quantas reformas mínimas?
Será que foi penalizado por ser reformado a meio da sua carreira contibutiva e activa?
Quantos anos tem? 46? 47?...
E eu continuo a ser "matraquilho"! como digo no post no Cu de Oeiras.
Enfim...
Para lhe ter sido atribuída a reforma em função do relatório da junta médica, e atendendo a idade que suponho a meio da carreira, - e do período normal dos descontos - a coisa deve ser mesmo muito grave!
:)
Já agora gostava de saber de que doença se trata para cabal limpeza do seu bom nome. E se não se podia ter mantido na mesma entidade patronal reconvertido noutra função com tarefas apropriadas à sua incapacdade. Segredos que o banco tece.
Clotilde
Mas no fim de contas o senhor recebeu ou não?
Pelas suas declarações parece que não...
A ND do jornal "O Público" ainda vem confundir mais as pessoas.
Mas eu entendo que as indemnizações eram merecidíssimas pelo BRILHANTISMO da sua acção na OPA sobre o BPI, pelo encobrimento das off-shores, pelos perdões de milhões de euros a pobresinhos, etc. etc.
Só sei que as acções que chegaram a ser transacionadas a €4,22 estão agora a €2,05!!!
Mas para quando a nomeação do senhor para Presidente de alguma grande empresa? Porque não para o Banco de Portugal?...Ainda lá há algum ouro.
Só pode ser um mal 'terrível e raríssimo' (que Deus nos livre e guarde) para uma junta médica lhe conceder uma reforma tão rápida num país em que doentes terminais de cancro, e outros com incapacidades motoras, não têm a mesma sorte.
Ao fernando que não sou eu
"Atão" não sabe que o dito já tem trabalho numa grande empresa (que não é do ramo bancário...que esta gente é muito séria)e que foi convidado por uma notória oirganização de caridade para colaborar (certamente cargo não remunerado). É que não se pode desperdiçar tanto saber...
Ao Fernando Lopes:
Que tamém pudia ser euuuu, porque tamém sou Lopes. Vivam o F.L.
Boa informação a sua.
O homem já se antecipou ao Victor/BP e ao Abílio/PJ e a outros.
Seriamente: isto seria para rir, se se passase noutro país, mas sendo no nosso é simplesmente lamentável e para chorar. Para quando a abertura de olhos dos portugueses?
Gostaria de ter gravado os comentários do Prof.Doutor Marcelo R. de Souza de hoje. Daria para um BOM assunto no blogue.
Abraço
Isto é que vai uma 'confusão' de Fernandos, e de Lopes, e de Fernandos Lopes... :)))
Amigo "O Lopes" (para não haver confusão),
Tudo o que descreve é certamente criticável, quer ética quer moralmente... Mas todos sabemos como "param as modas" no mundo das administrações de empresas públicas e, sobretudo, da Banca em Portugal!
Deixo-lhe apenas um termo comparativo:
O meu conterrâneo, Ronaldo, merece receber 800 mil euros/mês de ordenado, qualquer coisa como ganhar num mês o que eu ganho em 40 ANOS? E nem sou dos portugueses mais mal pagos...!
Acho que não!
Amigo Rui Freitas;
O seu conterrâneo, Ronaldo, ainda tem a tal «desculpa» da profissão de desgaste rápido...!
Aqui,o que está em causa, é «uma reforma atribuída em função de relatório de uma junta médica».
Qual será a doença incapacitante que vitima o pobre senhor?
Viva, O Lopes!
A questão da discussão de quanto ganha quem - principalmente na actividade privada - foi tema que sempre me desagradou, por "esquisita"... por entender que "os outros nunca ganham muito, eu é que ganho pouco...", digamos assim.
Mas a discussão tem, quanto a mim, razão de ser se se verificarem casos escandalosos na Administração Pública, Regional ou Local, principalmente nas Empresas Públicas (onde os escândalos têm sido demasiados), isto é, nos serviços oficiais do Estado e, mesmo assim, há casos em que se justifica o "investimento" - veja-se o do Director-Geral dos Impostos, que deu a volta ao fisco, o que ninguém antes fora capaz de fazer, mas que o país inteiro reclamava - à excepção dos prevaricadores, claro!, e, com essa volta, tornou as coisas muito mais justas e criteriosas. Ou seja, foi um investimento extraordinariamente barato e que teve um retorno verdadeiramente excepcional, de longe o melhor de há, talvez, meio milénio para cá.
Mas essa foi uma excepção, muito excepcional, à regra que tem que ser geral.
Transportar essa "exigência" para o plano da actividade privada, parece-me exagero e, mais, intromissão pouco avisada de quem defende sociedade democrática, portanto em que a sociedade civil é livre de actuar como entender, desde que não afronte as leis gerais do país.
Ora, pagar principescamente ao presidente de um banco privado, é algo que não sai do foro do próprio banco e em que, portanto, o resto da sociedade não tem que se meter. Porque, ou queremos uma sociedade livre, sem "planeamentos autocráticos, tipo sovietes" ou não. Com todas as consequências.
Não estou, com isto a criticar que alguém tal critique e se sinta muito "magoado" com isso; estou apenas a dizer que considero que eu - e tantos como eu - nada tenho que ver com os ordenados alheios da iniciativa privada. E os montantes de tais ordenados só me afectam por não ter sabido ou conseguido a eles ter acesso.
Entre a posição do "americano" que, chegado a casa, olhando para a garagem do vizinho e vendo que ele tem lá carro novo, um espadalhão de alto lá!, promete a si mesmo que nem que se esfarrape todo há-de trabalhar e ganhar para comprar um ainda melhor, e a do "português" que, também ele chegado a casa, olhando para a garagem do vizinho e vendo que ele tem lá carro novo, um espadalhão de alto lá!, logo se interroga sobre "onde é que o pulha" foi roubar as massas para aquilo ou em que posição terá a desavergonhada mulher do pulha ganho as massas para aquilo, e logo ali promete solenemente a si próprio durar-lhe os quatro pneus, assim que o apanhe desprevenido, decididamente sou "americano".
Concordo com a Isabel Magalhães, porém, quanto à reforma. Parece-me, na verdade, demasiado cedo, a menos que o senhor tenha ficado lélé da cuca, depois de todas aquelas trocas e baldrocas. Mas volto à mesma, isto é, se essa reforma não for paga por qualquer organismo oficial, que tenho eu que ver com o assunto?
Cumprimentos
Ruben
Olá, ruvasa;
Eu estou de acordo consigo, - tb me sinto 'americana' - mas gostaria muito de saber qual a doença do senhor e que entidade médica o considerou incapaz, independentemente de quem lhe paga a pensão de reforma, claro.
Talvez me saiba dizer quem são as 'entidades' que decidem a reforma/incapavcidade dos privados já que da F.P. eu sei.
Abraço.
I.
.
Pois eu discordo em absoluto.
Esteve mal o caro Ruben.
Nem numa perspectiva rousseauniana (do bom selvagem) eu estaria de acordo...
Escreveu muito, mas a única coisa que fez foi 'lavar as mãos como Pilatos'.
Sabemos que muito do enriquecimento de muitos portugueses não é à custa do trabalho. Ninguém enriquece a trabalhar. Indique-me UM...!
A maioria enriquece - e compra espadalhões de alto lá! - à custa de fuga ao fisco e de negócios ilícitos e/ou paralelos: tráfico de droga, tráfico de armas, tráfico de mulheres, tráfico de crianças, tráfico de influências, etc., etc., etc.
E mesmo os altos ordenados que alguns privados pagam, são cobertos por um manto de trafulhices que prejudicam a sociedade civil.
A questão não tem a ver com 'inveja' ou ser 'americano' ou 'português'. Aliás o exemplo do 'americano' foi mau. Devia ter escolhido outro. É que o 'americano' não trabalha mais para ter um espadalhão de alto lá! melhor que o do vizinho. Compra mas é uma 6.35, mata o vizinho, rouba-lhe o espadalhão de alto lá! e foge para a Califórnia... com a mulher do vizinho... depois de, pelo caminho, assaltar um banco...
A questão, seja no sector público ou privado, tem a ver com justiça e equidade. Com Ética - não digo Moral porque é um conceito que não gosto de usar dada a conotação religiosa, a qual deixa de fora quem o não é.
Agora esteve mal, caro Ruben. Muito mal.
.
Ó diabo! Isto está animado. Alguma razão deve haver.Será poque somos todos ums "inbejosos"? Será porque temos pena de não ter tido a oportunidade deles. Será porque refinámos a cultura da cunhazinha e da trapaça. Diz a voz do povo (que é voz de Deus)"Quem não faz pelos seus?".
De facto precisamos de reeducar (-nos), de legislar a favor do interesse dos cidadãos (para não dizer público, t´arrenego), de pôr as polícias e os tribunais a cumprirem o seu papel.
Quanto ao Ronaldo (esta é para o caro conterrânio do star)está perdoado só pelo golo que lhe vi marcar a partir de um livre. E depois numa entrevista recente dizia com aquele ar cândido..."o dinheiro ajuda muito". Depois, ele não ficou no colchão (espero que não se lembrem dele para uma campanha..."olha se eu tivesse estudado").
Quanto ao exemplo da prática nos Estado Unidos...pelo contrário, eles bem tentam, mas estão sempre à perna dos accionistas, da opinião pública (tiro-lhe o chapéu). Mas isto não são os States. Não há muito tempo o Expresso trazia um quadro comparativo dos vencimentos pagos na Europa. Todos sabemos que países atrazados como a Suécia ficavam atrás no pagamento de chorudos ordenados. Em alguma coisa seremos os primeiros!
Mas afinal qual é a doença do Senhor em questão? Se calhar pega-se e poderá haver alguém interessado a que lhe peguem para se reformar cedinho!
Clotilde
«cedinho» e com a mesma reforma pois então! :)
O José António teceu aqui um comentário desadequado, criticando o amigo Ruben de forma inadequada!
O Sr. é invejoso, claro está, e isso lê-se no seu comentário... se quer mais trabalhe, se não quer trabalhar, continue na função pública, pois aí ganha-se menos mal e não se trabalha... veja-se casos de técnicos municipais, directores de departamentos, chefes de divisão vários, enfim, para não começar a falar de profissões diversas de grandes vantagens sociais... sempre endeusadas pelo povo estúpido, mas felizmente só algum, a outra parte já acordou...
Em jeito de conclusão... uma entidade privada paga aquilo que bem entende a quem bem entende e ponto final! Não há Josés nem Antónios para dessertar seja aquilo que for sobre este tema, proponho outro, o da falta de produtividade de muitos funcionários PAGOS com os impostos de todos nós, esse sim, um tema de primordial importância...
Respeito e bom senso são essenciais num tema delicado como este...
Mário Andrade, Oeiras
Viva, José António!
Concedo que tenha escrito muito e mal e também que tenha lavado as mãos, se bem que não precisasse na oportunidade, uma vez que acabara de o fazer. Concedo tudo isso. Sem esforço.
Ora vamos lá a ver.
Seria levado a concordar com o que o José António diz, se eu tivesse - minimamente que fosse - defendido os fujões ao fisco e as outras espécies de aves que refere. Mas, livre-me Deus de defender tais alimárias! Logo eu... que pago para o fisco a "doer mesmo"!!!
Limitei-me, isso sim, a dizer, com o muito que escrevi - mas, que quer, sou prolixo! - que aprecio a máxima que aconselha a viver e deixar viver, desde que quem se deixa viver não afecte, com a sua prática comportamental, uma vida em sociedade geralmente aceite em cada conjuntura, nem afronte as leis legítimas em vigor.
E, em minha opinião, das duas uma: ou adoptamos esse modo de vida ou entramos numa espiral de "dedagem", digamos assim, que, sem remédio, nos leva até ao afago da mais espúria das ditaduras.
Porque, não tenhamos dúvidas, as ditaduras - as espúrias, que são todas - nascem assim, dão os primeiros passos na "dedagem" - repisemos isto - que fazemos do nosso vizinho, do nosso primo, do nosso irmão, do nosso pai, do nosso filho.. que tem mais anéis do que nós e o desgraçado hábito de os exibir, de tal forma que até parece ser apenas para nos provocar pesadelos da mais danada das invídias!...
Quando o meu vizinho ganha mais do que eu, a única reacção que me acontece é ter vontade de algo fazer para a ele me igualar. Será, a partir daí e até que o consiga, mais do que um vizinho, um émulo a quem, mesmo que ele o não saiba, muito agradeço, pelo facto de me ter "obrigado a fazer pela vida" e, por conseguinte, a... melhorá-la.
A correcção das desigualdades materiais e a reposição da justiça e da equidade fazem-se legitimamente pela via fiscal. Como, aliás, acontece, por exemplo, na, chamada à colação, Suécia.
Não corresponde à verdade, como sabe, que "o americano" faça isso que diz, ou seja, compre a 6.35 e tudo o resto com que armou o ramalhete, caro José António. Mas, se o fosse, só diferia do português, porque este último não teria "balls" para fazer o mesmo, porque, a ter, protagonizaria filme semelhante, talvez um tanto mais avacalhado.
Não creio que o José António tenha estado mal, uma vez que defendeu os seus pontos de vista e isso nunca foi estar mal. Muito pelo contrário.
;-)
Live and let live!
Abraço
Ruben
Viva, Isabel!
Eu já calculava, pelo que de si julgo conhecer, que estaria de acordo comigo.
Quanto à reforma/incapacidade dos privados, não sei quem as decide.
Abraço, amiga.
Ruben
.
Caro Ruben,
Agradeço-lhe a delicadeza de responder ao meu comentário intempestivo. Em especial na forma como o fez.
Admito que eu possa ter interpretado mal as suas palavras.
A questão é que há certas afirmações e ideias que me fazem 'saltar a tampa'. É o meu temperamento.
Admito que o 'privado' tenha a liberdade de pagar como entender. Até porque tal advém em larga medida da capacidade financeira da empresa.
Mas tem que existir um mínimo de ética e equilíbrio para não agravar o fosso social.
É inadmissível que em funções iguais existam as diferenças abissais que tantas vezes constatamos. E não é por falta de empenho de quem trabalha.
É porque as empresas fazem o que querem e bem lhes apetece e ninguém se rala (os governos, os sindicatos, o patronato...), ou pelo menos, não se ralam o suficiente.
Repare no caso escandaloso dos recibos verdes. É pegar ou largar... Trabalhei numa grande empresa - Correio da Manhã - que com os maquetistas só funcionava nesse regime... entre muitas outras onde as imposições eram do mesmo tipo. E os ordenados... curtinhos, claro! "Queres, queres! não queres, há muito quem queira!"
Sei bem (ou mal...) do que falo porque sempre trabalhei em empresas privadas, nas quais sempre dei 'o litro', e hoje... estou a pagar isso bem caro. Mas o 'como' agora não interessa.
A questão é que o 'fazer por isso' - p.ex. um emprego melhor - não está ao alcance de todos como bem sabe.
Não basta trabalhar mais ou procurar um 'bom' emprego onde paguem mais.
Há muitos factores que condicionam que seja possível fazê-lo, nomeadamente em pé de igualdade com os outros candidatos.
Nem todos conseguem acesso a formação, e não é por não se esforçarem...
Nem todos têm as famigeradas cunhas, que não deviam existir numa sociedade justa...
Etc...
Em resumo, nem todos nascem em berço de oiro ou com o cu virado para a Lua.
Abraço
.
.
O sr. Mário Andrade conhece-me de algum lado ? É que não reconheço o seu nome de parte nenhuma.
Com que direito vem o sr. tecer essas considerações a meu respeito ?
Acaso conhece a minha vida para me mandar trabalhar ?!
O que eu disse do Amigo Ruben no meu primeiro comentário aplica-se agora a si: ESTEVE MAL !! MUITO MAL !!
Para sua informação - ISTO NÃO É PARA TEREM 'PENINHA' DE MIM ! - após 20 anos a trabalhar, há 12 anos atrás sofri um AVC, durante uma intervenção clínica num hospital público, de que resultou 2 meses de internamento e ter ficado deficiente motor e visual ( hemiparesia direita e hemianopsia homónima ), em consequência do que me reformei e recebo ca. 250 € de pensão de invalidez ( com um grau de 79% de invalidez ); mas como sou um homem que gosta MESMO de trabalhar, a pensão é 'curta' e não gosto de viver à custa de ninguém, faço um part-time num jornal, que devia ser de 4 h. mas onde chego a trabalhar 8 h., gasto 3 h. em transportes públicos ida e volta, para além de em transportes e comida gastar ca. 1/2 do que recebo... para part-time não está mal, full seriam 16 h..., nele recebo 300 € por mês a recibo verde, sujeitos a impostos que tenho que pagar é claro. Entre outras dificuldades que nem vou mencionar para não fazer chorar as pedrinhas da calçada, mas quem priva comigo conhece bem o meu ordálio.
n.b., já agora: Como Designer Gráfico e Ilustrador que sou profissionalmente, sou considerado um Quadro Altamente Qualificado, segundo a classificação que me foi atribuída pelo SQTD. Olha se não fosse...
.
Sr Mário Andrade, Oeiras;
Se o sr tivesse usado da 'receita' que 'prescreveu' a terceiros, - "Respeito e bom senso são essenciais num tema delicado como este..." - não teria feito a triste figura supra.
E se for uma pessoa de bem, estou certa que não deixará de apresentar ao visado um pedido de desculpas.
Amigo J Baptista;
Um grande abraço.
I.
Claro que cada privado paga o que quere, mas se quizer ser respeitado deve - a bem da moral e da ética, etc - que haja equilibrio com os ordenados de todos os seus colaboradores. As empresas têm, também, uma função social: é com a mão de obra dos seus colaboradores que faz a riqueza que muitas vezes só é para alguns. Bem... MAS AFINAL QUAL É A DOENÇA DO TAL SENHOR, NOVO AINDA QUE ATÉ JÁ ESTÁ A TRABALHAR E QUE EU SAIBA NÃO É EM VOLUNTARIADO??
Viva, José António!
Tudo bem.
Quando escrevi, referi-me à generalidade dos casos, não a qualquer em particular que, aliás, nem conheço.
Ora, todos bem sabemos - e ingénuos não somos - como o português tem esse terrível defeito da inveja, já de si tremendamente desprestigiante, mas que, ao fim e ao cabo, ainda poderia ser causa de avanço, quanto mais não fosse para causa de inveja de outros; mas não, muito pelo contrário, a inveja portuguesa apenas tem um pretexto, que, afinal, é um fim: o de nivelar... por baixo. "Se eu não posso ser/ter, tu também não tens esse direito"!... Ora, isto parece-me uma visão profundamente distorcida e errada do que deve ser o mundo, do que devem ser as relações entre os seres humanos, principalmente em sociedade civilizada e democrática.
É contra esta visão pequena, estreita e tortuosa que me rebelo, porque apreciaria muito que não fôssemos assim. Mas somos. Trata-se de uma evidência absolutamente indisfarçável.
Para terminar, compreendo o desabafo contido no comentário de Mário Andrade. Por vezes, estamos com pouca paciência para ouvir ou ler certas coisas. O que é humano, porque, sim, se queremos ser entendidos e aceites, temos primeiro que entender e aceitar.
A vida é isto mesmo. Por isso tomo para mim como bom o lema a que me referi no comentário anterior. E tomo-o no pressuposto de que estão reunidas e garantidas as condições para que a acção de alguém não lese intencionalmente outrem, isto é, vive e deixa viver, se queres ser livre e respeitado.
Abraço
Ruben
Viva, José António!
Tudo bem.
Quando escrevi, referi-me à generalidade dos casos, não a qualquer em particular que, aliás, nem conheço.
Ora, todos bem sabemos - e ingénuos não somos - como o português tem esse terrível defeito da inveja, já de si tremendamente desprestigiante, mas que, ao fim e ao cabo, ainda poderia ser causa de avanço, quanto mais não fosse para causa de inveja de outros; mas não, muito pelo contrário, a inveja portuguesa apenas tem um pretexto, que, afinal, é um fim: o de nivelar... por baixo. "Se eu não posso ser/ter, tu também não tens esse direito"!... Ora, isto parece-me uma visão profundamente distorcida e errada do que deve ser o mundo, do que devem ser as relações entre os seres humanos, principalmente em sociedade civilizada e democrática.
É contra esta visão pequena, estreita e tortuosa que me rebelo, porque apreciaria muito que não fôssemos assim. Mas somos. Trata-se de uma evidência absolutamente indisfarçável.
Para terminar, compreendo o desabafo contido no comentário de Mário Andrade. Por vezes, estamos com pouca paciência para ouvir ou ler certas coisas. O que é humano, porque, sim, se queremos ser entendidos e aceites, temos primeiro que entender e aceitar.
A vida é isto mesmo. Por isso tomo para mim como bom o lema a que me referi no comentário anterior. E tomo-o no pressuposto de que estão reunidas e garantidas as condições para que a acção de alguém não lese intencionalmente outrem, isto é, vive e deixa viver, se queres ser livre e respeitado.
Abraço
Ruben
Paulo T. Pinto, aposentado por insuficiência paga pelo erário
público, além da colaboração com o grupo Champalimaud no Brasil, que
iniciou depois de ter abandonado o BCP, vai trabalhar com a Eurogroup, em consultoria de estratégia e organização de empresas; vai também integrar o
Conselho Geral do Grupo Lena e vai ainda assumir o cargo de consultor de um grande escritório de advogados - Abreu Advogados.
Nada teriamos a opor a esta actividade técnica-profissional mas! como aceitar que tenha sido considerado inapto e como aceitar que sejam empregues fundos públicos para pagar aquilo que se afigura uma benesse fraudulenta?
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