terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

PORTUGAL SÉC. XXI

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Dela nada sei.
Não sei o seu nome nem a sua idade.
Desconheço onde nasceu, não lhe conheço pais ou irmãos, ou como vive.
Não conheço nada da sua existência.
Apenas sei que PORTUGAL está no SÉC. XXI, que ela é mulher e que sei onde ela MORA:

LISBOA - AV. 24 DE JULHO (CAIS DO SODRÉ) - 4 FEV 2008, 15:44

imagem: © josé antónio / comunicação visual - CLIQUE PARA AMPLIAR
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10 comentários:

M.A.R. disse...

ONDE "MORA"? MAIS PROPRIAMENTE ONDE O SEU CORPO SE DOBROU E FICOU SOBRE A CALÇADA PARA UM SONO BREVE. DEPOIS, RETOMARÁ O SEU CAMINHO, SABEMOS LÁ ATÉ ONDE E QUANDO?

DISSE UM DIA UM POETA:

QUANDO EU MORRER, ROSAS BRANCAS
PARA MIM NINGUÉM AS CORTE.
QUEM AS NÃO TEVE NA VIDA,
PARA QUE AS QUER NA MORTE?

M.A.R.

Fernando Lopes disse...

Até quando a nossa (!) indiferença?

Unknown disse...

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Até NUNCA...??!!

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Isabel Magalhães disse...

J.;

Faltam-me as palavras na revolta...!


M.A.R.;

Um poema belissimamente oportuno.


[]

I.

Fernando Lopes disse...

A mim parece-me que uma sociedade organizada poderia ajudar a mitigar este problema. Não sei se a solidariedade por si só ajudaria. Quantos de nós pegariamos num ser andrajoso,como provavelmente este é, e o levaríamos para casa, dando-lhe banho e deitando-o na nossa melhor cama. Santos já o fizeram...mas pelos vistos até disso ha escassez.
Então só a sociedade organizada ...qualquer que ela seja (Estado, Serviços de Apoio, etc.). Dirão alguns...mas eles não querem. Não acredito.
Enfim..não sei se dá para filosofar...

M.A.R. disse...

Isabel:
Sinceramente, foi aquela quadra que logo me me veio à ideia!

Conheci uma pobre mulher, Rosa, que deambulava por aqui,demonstrando uma certa perturbação mental e cujo aspecto era, na verdade, pouco convidativo. Soube um dia que havia falecido. Uma amiga minha disse que iria providenciar no sentido de ser rezada uma missa de sufrágio.A minha sugestão foi que empregasse o dinheiro da missa em auxílio de outro infeliz, porque ela, pelo que terá sofrido
neste mundo entraria direinha no céu sem necessidade de mais nada...
m.a.r.

Isabel Magalhães disse...

Fernando;

Acredite que há os que não querem porque para receber ajuda das instituições, por exemplo um quarto pago pela acção social da Misericordia de Oeiras implica aceitar algumas regras...

Sei-o porque já estive envolvida numa tentativa de ajuda a uma toxicodependente que dorme debaixo de uma varanda perto da minha casa e recusou porque quer continuar a fazer o que faz.

Não sei se a medida é justa, obrigar a aceitar regras, não estou aqui a fazer julgamentos, estou apenas a contribuir com uma informação que muitos saberão ser verídica.

Isabel Magalhães disse...

M.A.R.

Louvo-lhe o espirito prático. É uma questão de boa gestão do orçamento.

Anónimo disse...

Este blogue é frequentado por pessoas da SCMO que podem dar mais informações sobre a acção social.

Fernando Lopes disse...

Então a CMO sempre vai tomando conhecimento do que se fala no blog. Ainda bem...Porque não esclarecerem quando há dúvidas...?