sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Casos terrenos...

Leram bem, Caros Leitores, embora este post tenha mesmo a ver com terrenos "terrenos" mas seja de "bradar aos céus"!
Há quase três décadas, a Cooperativa de Habitação Económica "Nova Morada", adquiriu à Câmara Municipal de Oeiras os terrenos localizados no Alto do Mocho, em Paço de Arcos, onde desenvolveu um programa de construção.
Até aqui, tudo bem (mesmo que pelo meio tivessem ocorrido necessárias cedências e permutas, designadamente para a construção do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários).
Mas, hoje, falo-vos apenas desta parcela de terreno "terreno" (assinalada a azul), junto à Extensão do Centro de Saúde.

De repente, no espaço assinalado na foto abaixo (a verde e com uma visível cruz encarnada), começou a "nascer" a construção de um dito Centro de Apoio a Idosos e Creche Infantil... que nem ao menos respeitou a distância legal entre a mesma e os balneários e apoios ao Polidesportivo da CHE Nova Morada.

Naturalmente, os "proprietários" (já explico o porquê das aspas), indagaram o dono da obra, a Polícia Municipal e a CMO sobre tal construção... recebendo como resposta que estava tudo dentro da Lei (???).
Descontente e inconformada com a resposta, a direcção da cooperativa decidiu mover uma providência cautelar para suspender (embargar ou o que lhe quiserem chamar...) a dita obra.
Nããããã... a obra continuou a crescer e já está praticamente concluída.
E sabem que mais? Essa parcela de terreno tem um novo "proprietário" que (consta) o comprou à mesmíssima CMO que havia vendido ao primeiro.
Ou seja, o mesmo terreno foi vendido duas vezes a "proprietários" diferentes!
Confusos? Também eu...
Consta também que, a partir de dado momento, o máximo responsável na direcção começou a "deixar cair o assunto" nas reuniões com os colegas...
Consta igualmente, que a razão do repentino silêncio se deve ao facto de estar envolvido "alguém" do PS Oeirense...
Consta ainda que, numa das últimas reuniões de direcção, alguns membros da mesma não gostaram da "brincadeira" e "encostaram à parede" o dito responsável...
Consta que a decisão foi mesmo avançar com o caso para Tribunal...
Estarei cá para ver!

Fica-me uma dúvida que, espero, me possam esclarecer:
Será apetência pelas "coisas terrenas" ou pelas "coisas de terrenos"?

5 comentários:

oeirense disse...

Curioso. En Cascais também se passa qualquer coisa de semelhante com um terreno vendido duas vezes,
Pois é, acabamos por concluir que o Centrão está por detrás de tudo. Não fora assim e já haveria legislação, como noutros países europeus, para evitar a especulação com terrenos urbanizáveis

Anónimo disse...

Terrenos, Terrenos Sr. Rui Freitas

Anónimo disse...

E uns bocados de terrenos de uns particulares que foram incluidos num alvará de um imóvel e a CMO aceitou como fossem dos donos do imóvel e assim parece que estes fizeram mais andares e o terreno que não era deles serve para envolvente... também aí mais ou menos ao pé do Quartel dos Bombeiros...

Linguinha de Prata

Anónimo disse...

Por este andar o que vai ser do "bugio"?

Rui Freitas disse...

Caro Anónimo (14 de Agosto de 2009 15:07), então não sabe?
Para o Bugio, está prevista a criação de uma "off-shore"...