(...) no meu entender é tipo: “Crónica de um desastre anunciado”
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Não sei de onde partiu a estratégia da campanha do PSD. Nem sei mesmo, digo-o sem ironia, se haverá sequer uma estratégia .
Qual será o objectivo das recomendações feitas ao PS nos cartazes?
Exemplos: “prometam só o que podem fazer”, “olhem mais pelas pessoas”, etc.
Será um subliminar – “paciência, sabemos que vão continuar, mas vejam lá se são mais bonzinhos”?
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Macilenta na cor, seca de ideias e de propostas mas inundada de passados, a drª. Ferreira Leite faz bem o papel de zombie político.
A sua imagem reúne dois pontos negros: afasta os mais velhos, que se lembram dela e dos seus famosos pagamentos por conta, etc., e repele os mais novos, aos quais não diz nada. Surge aos dois grupos como uma espécie de madrasta.
Por este andar, e não havendo já tempo para encontrar o caminho, a dúvida estará em saber se Sócrates ganha com maioria absoluta, ou relativa.
Pelo que tenho visto, e cada dia fico disso mais convencido, o país vai eleger novamente o PS, e muito provavelmente com nova maioria absoluta.
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Isto, aliás, é mais uma evidência da agonia em que estrebucha o sistema político.
A pujança de alternativas e a capacidade de se gerarem movimentos reformadores, pura e simplesmente – morreram. Morreram juntamente com a sociedade civil que não chegou a nascer.
Não há líder na oposição. Só um imenso mais do mesmo, e pessimamente comunicado.
Boavida
7 de Agosto de 2009 8:00
1 comentário:
É pá, eu pensava o mesmo acerca das europeias e a mulher conseguiu fazer o partido ganhá-las... parece que neste país, quanto mais estúpida e vazia é a campanha dum partido, mais o povão vota nele.
É a velha máxima do funcionário público: se não fizer nada, não cometo erros e assim não sou penalizado na avaliação de desempenho...
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