segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

A TORTURA NÃO É ARTE NEM CULTURA


4 comentários:

Ruvasa disse...

Viva, Isabel!

Absolutamente de acordo.

Isto é apenas inadmissível crueldade para com animais.

O alegar-se que os homens também arriscam a vida, não passa de hipocrisia, porque, se o fazem, respeitam o seu livre arbítrio. Estão lá porque querem, porque assim o determinaram. Portanto, isso é só com eles...

Quanto a arte e cultura. Quando é que a degradação humana - não é a animal que está em jogo - foi arte ou cultura?

Abraço

Ruben

antonio manuel bento disse...

A tourada é de facto uma ARTRE. Haja respeito.

António Manuel Bento, um cidadão ao serviço da comunidade.

Anónimo disse...

que tal porem o cidadão bento frente à «ARTRE» de um pelotão de execução? também há muita «ARTRE» na «ARTRE» do tiro ao alvo.

Unknown disse...

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É boa ideia antes de emitir opiniões, motivadas apenas passionalmente, reflectir um pouco no conceito de 'tortura' e não fazer GENERALIZAÇÕES.

A noção de 'tortura' não é universal. Nem a de 'cultura'. Não existe uma Cultura Universal...
A noção de 'tortura' não pode ser universalizada/generalizada.

Na diversidade de culturas humanas, crenças e valores, o que numas é 'tortura' noutras é apenas um acto quotidiano cristaliado no tempo e enraizado nos hábitos.

É por isto que é tão difícil acabar com a pena de morte em países como a China.
Eles, por razões CULTURAIS, pura e simplesmente não compreendem que para nós, europeus, tal constitua um atentado à dignidade humana e aos direitos humanos.

Cortar com uma faca afiada o pescoço a uma galinha e sangrá-la para dentro dum alguidar até finalmente ela morrer, persupuesto, e depois depená-la enquanto ainda está quente é tortura ?
Fica a pergunta para reflexão.

Pensar as culturas a partir das nossas matrizes pessoais é um erro grosseiro.
Para compreender as culturas e os seus aspectos particulares e peculiares, por muito que estes choquem a nossa sensibilidade, é necessário abdicar dos nossos valores, fazer uma suspensão do juízo (em termos filosóficos) e avançar de espírito liberto de grilhetas para a análise.

Lidar um animal na praça, para um ribatejano ou um alentejano, não é tortura. Ponto Final.

Nada do que expus, é claro, pretende diminuir a justa sensibilidade de cada um. Também eu não gosto de muita coisa como, por exemplo, as técnicas de caça às focas bebés feita à paulada pelos esquimós. Incomodam-me. Mas porque faço o que disse acima, consigo compreender a razão de ser e existirem. E não os interpreto (esquimós) como irracionais, menos humanos que eu, torturadores ou mentecaptos.

Cumps

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