Acabámos de assistir a mais uma sessão do Ciclo de Estudos Oeirenses, no Auditório da Biblioteca de Oeiras. O número de pessoas presentes traduz o interesse desta iniciativa. Antes da apresentação do conferencista, o Dr Jorge Miranda agradeceu aos Órgãos de Comunicação Locais e ao Blog Oeiras Local a colaboração na divulgação do evento. Caberia ao Dr. Luís Raposo, Director do Museu Nacional de Arqueologia, desenvolver o tema
“Viagens à Finisterra: Os Construtores de uma Nova Identidade”
De acordo com o orador “…Ao longo dos milénios o território português sempre constituiu uma espécie de ´fim do mundo´ (finisterra) da Europa, um local onde as mais variadas culturas e povos chegaram e viveram até tarde, para depois se cruzarem entre si”. Aproveitando um vídeo que integra uma exposição neste momento a decorrer no Brasil, destinada a mostrar que somos europeus que juntaram o Mediterrâneo ao Atlântico, sugerindo assim uma Europa de Finisterra, o Dr. Luís Raposo fez connosco uma viagem de cerca de um milhão de anos – a começar no Paleolítico Inferior. Falou-se do processo lento de ocupação da Península Ibérica por parte de caçadores-recolectores oriundos de África, que se fixaram no litoral, muito diferente do que é hoje ,por via das glaciações, para depois penetrarem rios acima. A seguir, referiu o homem de Neandertal como o primeiro tipicamente europeu, que sobreviveria na Península até há cerca de 28.000 anos, sendo substituído pelo “Homem Moderno” (sapiens). É aqui que entra a criança do Lapedo, homo-sapiens com traços Neandertais. Mais tarde, a produção de excedentes, durante a revolução neolítica, viria a permitir a construção dos megalitos. Com a chegada da idade dos metais desenvolve-se o comércio com o mediterrânico. Finalmente, na passagem para a época histórica (período romano)...
“Viagens à Finisterra: Os Construtores de uma Nova Identidade”
De acordo com o orador “…Ao longo dos milénios o território português sempre constituiu uma espécie de ´fim do mundo´ (finisterra) da Europa, um local onde as mais variadas culturas e povos chegaram e viveram até tarde, para depois se cruzarem entre si”. Aproveitando um vídeo que integra uma exposição neste momento a decorrer no Brasil, destinada a mostrar que somos europeus que juntaram o Mediterrâneo ao Atlântico, sugerindo assim uma Europa de Finisterra, o Dr. Luís Raposo fez connosco uma viagem de cerca de um milhão de anos – a começar no Paleolítico Inferior. Falou-se do processo lento de ocupação da Península Ibérica por parte de caçadores-recolectores oriundos de África, que se fixaram no litoral, muito diferente do que é hoje ,por via das glaciações, para depois penetrarem rios acima. A seguir, referiu o homem de Neandertal como o primeiro tipicamente europeu, que sobreviveria na Península até há cerca de 28.000 anos, sendo substituído pelo “Homem Moderno” (sapiens). É aqui que entra a criança do Lapedo, homo-sapiens com traços Neandertais. Mais tarde, a produção de excedentes, durante a revolução neolítica, viria a permitir a construção dos megalitos. Com a chegada da idade dos metais desenvolve-se o comércio com o mediterrânico. Finalmente, na passagem para a época histórica (período romano)...
“…a Finisterra europeia ibérica, apresentava-se como um local de cruzamento de culturas e povos, com acentuada ligação ao mundo mediterrânico.”


Biface de quartzito Milharós Alcobaça (Paleolítico)

Esqueleto Humano Cabeço das Amoreiras Alcácer do Sal (Mesolítico)
Vaso de Boca Oval Gruta do Escoural Montemor-o-Novo (Neolítico)
Com os agradecimentos ao Museu Nacional de Arqueologia
3 comentários:
Cabe-me a mim agradecer ao Fernando Lopes que, com esta divulgação, também contribuiu para que o 'Oeiras Local' fosse mencionado na Bibilioteca de Oeiras.
Muito grata. Sinceramente. :)
IM.
É sempre de louvar quem promove sessões destas e também quem as divulga, depois, num blogue como faz neste momento F.Lopes. Será, quanto a mim, a forma correcta de ir criando nas pessoas apetência para gostarem de mais alguma coisa para além do futebol, por exemplo.
Parabéns uma vez mais ao O.Local.
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Caro Fernando Lopes,
Bom trabalho de divulgação, importante para quem como eu está impossibilitado de assistir às sessões.
Obrigado e fica um Abraço !
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